sábado, 23 de novembro de 2019

Filho de Israel? Qual DNA padrão?

Nestes dias estive assistindo um curioso filme na Netflix, chamado "FREE STATE of Jones", segundo o que se diz no material audiovisual, este é baseado em fatos reais e conta a saga de um bravo e idealista agricultor do Mississípi, chamado Newt Knight que se junta a outros desertores sulistas da guerra da secessão americana, escravos fugitivos e fazendeiros oprimidos para criar um estado inter-racial no sul dos Estados Unidos.
 
"Os negros foram escravizados nos EUA de 1619, abduzidos da África por traficantes de humanos e vendidos a colonos ingleses, até 1863, com o fim da Guerra Civil, a Proclamação de Emancipação e o início da Reconstrução Americana. A escravidão foi a base do "bem estar" dos brancos e da economia dos estados do Sul, e marcou profundamente as relações sociais nessa região.

Todavia, a situação legal dos negros permaneceu por longo tempo inferior à dos demais cidadãos, com as leis Jim Crow, a segregação racial, a doutrina "separados, mas iguais" e a atuação da Ku Klux Klan. Embora a Constituição americana garantisse direitos fundamentais a todos os cidadãos desde 1787, os negros tinham prerrogativas legais negadas por legislações estaduais, com base no princípio dos direitos dos estados.


A doutrina da incorporação, a partir de 1873, levou à gradual extensão dos direitos constitucionais fundamentais para todos os cidadãos. Na virada do século, ativistas como W. E. B. Du Bois criaram a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, em defesa da igualdade racial e do progresso da comunidade negra. A decisão do caso Brown v. Board of Education na Suprema Corte americana, em 1954, foi o fundamento legal para o fim da segregação racial. Rosa Parks liderou, no ano seguinte, o boicote aos ônibus de Montgomery.

Na década de 1960, Malcolm X, com um discurso mais virulento, e Martin Luther King Jr., um pacifista, reclamaram o fim da discriminação institucional. A marcha sobre Washington e a concessão do Prêmio Nobel da Paz a King em 1964 trouxeram atenção mundial para a causa afro-americana. A Lei de Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos ao Voto de 1965, ambas promovidas pelo presidente Lyndon B. Johnson, do Partido Democrata, codificaram as conquistas dos negros. Elas asseguraram o fim da segregação racial em espaços públicos, ainda que sejam propriedade privada, e o voto universal, independentemente de nível educacional ou condição social". 

Isso é um fato, não dá para fugir, procure nas páginas da Wikipedia; e estará lá!

Atravessando o mar; ali na península ibérica, ser israelita (erroneamente judeu) e pobre era sinônimo de ser preto, mas se era cristão ; era braco. Peço atenção para não confundir "preto" com "Sudan".

Preto era qualquer um que recebesse "downgrade", virasse servo, ou escravo e Sudão; negro eram os habitantes do Bilad al Sudan.


Há um conto brasileiro chamado "A Escrava Isaura" escrito por Bernardo Guimarães em 1875 e publicado no mesmo ano pela B.L.Garnier, Rio de Janeiro.O livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso.Bernardo Guimarães faz questão de ressaltar exaustivamente a beleza branca e pura de Isaura, que não denunciava a sua condição de escrava porque não portava nenhum traço africano, era educada e nada havia nela que "denunciasse a abjeção do escravo". O que parece uma escolha preconceituosa e contraditória — contar as agruras da escravidão criando uma escrava branca.
Paralelo a isto, existe um curioso grupo americano chamados de Israelitas Negros dos Estado Unidos, e deles se escreveu: "
Em 2008,o Southern Poverty Law Center (SPLC) descreveu como supremacista negro aquilo que chamou de "a fronteira extremista do movimento hebreu israelita". Ele escreveu que os membros desses grupos "crêem que os judeus são impostores malignos e ... condenam abertamente os brancos como a personificação do Mal, merecedores somente da morte ou da escravidão". O SPLC disse também que "a maior parte dos israelitas hebreus não é explicitamente racista nem anti-semita e não advoga a violência".Alguns dos grupos hebreus negros caracterizados como supremacistas negros pelo SPLC são Nation of Yaweh e Israelite Church of God in Jesus Christ. A Anti-Defamation League (ADL) escreveu que o website "12 Tribes of Israel" (12 tribos de Israel), administrado por um grupo hebreu negro, promove a supremacia negra".
Não tomamos partido nem dos anglo saxões judeus, nem dos eslavos judeus, nem dos black judeus, pois todos podem e defendem bem o seu ponto de vista, e todos tem a verdade relativa ao seu lado de acordo com sua ótica.

Recentemente lí uma curiosa e louvável (em parte) "jurisprudência" que foi ventilada por um estimado judeu leitor; vejamos:   

Hakham "(Melech Ben Ya'aqov 17 de novembro às 12:55)" disse:
[...] Embora pareça provável que alguns judeus originais tenham ido do norte da África para a África subsaariana e misturados com a população local, adquirindo, portanto, alguns aspectos da aparência física deste último, ou seja, pele negra, os números provavelmente são bem pequenos. Além disso, dos principais grupos da África que reivindicaram descendência judaica, ou seja, o Beta Israel da Etiópia, o Igbo da Nigéria e o Lemba da África do Sul, nenhum mostra evidência de DNA paterno judeu, com apenas o Lemba mostrando alguma evidência de uma pequena minoria tendo DNA paterno no Oriente Médio (mas não israelita). Embora eu ache maravilhoso que outros povos e nações se voltem para a Torá, a evidência de qualquer coisa além de um número minúsculo de judeus originais (não convertidos) na região subsaariana é inexistente, e o número daqueles que se converteram ao judaísmo não é muito maior. Se alguém com características da África subsaariana, como a pele negra, pode provar sua descendência israelita através da linha paterna, por testes de DNA ou de outra forma, certamente o darei boas-vindas como um irmão israelita, mas, infelizmente, esse não é o caso há mais 99% dos envolvidos nos vários movimentos do hebraico negro e do judaísmo africano."
Comentário de um usuário do facebook(meio tosco)Ohne Grenze [...] All these arrogant Hamite impostors should be deported from Israel for having the arrogance to claim that they are true Israel and saying the actual Israelites are the impostors. Total slanderous blasphemy.
Tradução em Português abaixo:"Todos esses impostores hamitas (filhos de Ham) arrogantes devem ser deportados de Israel por terem a arrogância de afirmar que são o verdadeiro Israel e por dizer que os israelitas reais são os impostores. Blasfêmia caluniosa total."
Talvez o autor deste comentário devesse assistir o filme Free State, algumas vêzes... 

Mas, como comparar com o DNA?

Muito tenho escutado sobre que é judeu ou quem não é judeu, e de fato não me preocupo com isso, mas devo dar minha contribuição para uma discussão controvertida, que imagino só será resolvida nos dias em que os sacerdotes da linhagem de Sadoque, recuperarem o que é seu por direito e o templo, bem como o serviço e o sinédrio estiverem instalados e funcionando regularmente.

Judeu:
Hoje se fala muito em judeu, mas judeu pode ser qualquer um, basta ser do clã askenazi ou que tenha uma carta de alforria(giur) dada por eles atestando, que você era um goi, mas se converteu a religião deles.
Semita:
Semita pode ser cristão, judeu, islâmico( negro ou branco) ou um autêntico filho de Jacó (que todos eles reinam em dizer que já não existem).
Israelita(bney Israel):
São todos os descendentes físicos do nosso Jaco Abinu, que foram espalhados pelos quatro ventos da terra, e seus descendentes podem ter qualquer tom de cor de pele( pretos, negros, brancos, amarelos e até marcianos), porem um mesmo ADN mitocondrial, de linhagem paterna. Estes são o Zerá Yaakob (esperma de Jacó).

Agora uma verdade deve ser dita, como atestar se um homem preto é´descendente de Jacó, comparando com um "pseudo master askenazi", ou eslavo? que segundo Arthur Koestler no seu livro "The Thirteenth Tribe: The Khazar Empire and its Heritage", levanta curiosos e aterradores dados [...] "o padrão" judeu usado (o homem branco) se não for israelita, o resultado será negativo, o que aos olhos dos sofistas de Edom, reprovaria o homem negro, mas estaria se reprovando em base de uma falsidade.

Afinal, ninguém pode medir um DNA de um filho, procurando no vizinho ao lado; antes tem que procurar o suposto pai.
Leiam!
Agora; se houver um "padrão israelita não viciado"(doadores de DNA com atestados falsos de casamento da idade média, ou convertido ao judaísmo não tem valor algum, que quiser-mos o ADN) na base patrilinear usando a base sefardita(a mais confiável), tomando o cuidado de separar o trigo da cevada, pois nem todo sefardita é israelita, e pode muito bem o "pseudo padrão" ser descendente de um africano não israelita ou de um branco ariano que fora convertido a religião dos judeus sefarditas nos séculos anteriores na Espanha, Portugal, Turquia, Egito, Marrocos e etc. Então se houver uma base de DNA fidedigna, pode haver algum resultado positivo. Agora, onde está o padrão fidedigno que atesta que alguém é bnei Israel( descendente dos 12 filhos do patriarca Jacó) com 99,63% de acerto?

Religioso Judeu, qualquer um pode ser; agora ser filho de Israel(blood line), são outros 500!

Encerro, escrevendo uma frase lapidar que encontrei nos escritos de John Ronald Reuel Tolkien, na qual julguei ser muito apropriada:
"Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes a vida? Então não seja tão apressado para julgar e condenar alguém a morte. Pois mesmo muitos sábios não conseguem ver os dois lados." 
Personagem Gandalf O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (2001).

Shabua Tob!


  

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