sábado, 30 de novembro de 2019

La Carotte et le Bâton (A cenoura e a vara)

A imagem vem de uma história curiosa, cuja origem é difícil determinar. Conta-se que há duas maneiras de se fazer um "jumento" andar. A primeira é pendurar uma cenoura na ponta de uma vara e deixá-la balançar um pouco adiante da cabeça do animal e a segunda, se a primeira falhar, é usar a vara para surrá-lo.

Esse conto, já diziam nossos avoengos que já tinham sofrido muitos revezes e contado o fracasso para a próxima geração. Ora, se descontar o translado do Rei de Roma (imperador) Adriano, com a catividade da elite intelectual de Jerusalém, para "Land Galut"(alAndaluz), de   alhambra em 1492 e despois em Portugalut, em 1497 e outros idos do degredo, são 20 gerações e muito já se aprendeu.

A Cenoura:
As vezes caminhando, com certa dificuldade já que não sou mais um jovenzinho, passo em frente a diversos templos dos assim considerados "ahl ul-ḏimmah"(أهل الذمة), povos do livro;( que para nós praticam avodah zará) aliás; dos novos livros se considerar-mos que os wa-ha-nozirim em suas milhares de facções tem uma nova torá oral(ברית החדשה), que eles chamam de novo testamento, por outro lado os servos dos rabinos são aficionados pelo Zohar, Talmude e outros livros de piloto automático, que não são a Torá Escrita(miqra'ot) de Musa ha Nabi, nem contém a fórmula "disse YHVH". 

Nessas andanças encontrei a muitos que esperam um grande prêmio depois que virarem cadáveres, segundo eles alcançados com boas ações  pois eles acreditam que podem negociar uma suposta nova vida com YHVH.
Neste caso, noto uma total falta de amor para com a divindade deles, pois eles comercializam o suposto amor deles pela divindade em troca do suposto Mundo Vindouro, que uns chamam de Céu e outros chamam de Olam Rabá.

Nós "hereges saduceus", como nos acusam em seus diatribes, amamos a YHVH, sem esperar recompensa. A recompensa é de YHVH, e só Ele pode dar a quem Ele quiser.
O saduq Antígono ish Sochó, discípulo de Shimon ha Sadiq (O Justo). Ele costumava dizer: Não sejam como os servos que servem a seu amo apenas com o intuito de receber a recompensa; mas sim, sejam como os servos que servem a seu amo sem o intuito de serem recompensados; e que o temor do[que habita no]s Céus paire sobre vocês. Pirkê Abot 1:3
Mas que garantia há, para este suposto pagamento? se é assim porque de tal modo os rabinos, pastores e padres vivem uma vida regalada se é que o prêmio será no além túmulo? Ao contrário dos fiéis que quase todos vivem miseravelmente ?

Aparentemente há alguma coisa de muito errado nisto, mas felizmente não sou eu que terei que resolver este imbróglio.

Dessa milagrosa promessa, não há fiador, não há provas factuais do contrário, por exemplo: um ressuscitado depois de três ou mais dias de defunto, que reviveu e ainda está em carne, sangue e ossos em nosso meio, seria muito bom. (por favor, não me venha com lendas da carochinha, que tal fulano, ou sicrano está sentado em glória, que isto é léria de novela romana).

Meu pai de abençoada memória dizia: " pedra que vai ao fundo não volta mais", e os defuntos não tem recompensa alguma, tudo se foi para eles e só Deus pode resolver, se quiser!".

Túmulo abandonado


No dia em que YHVH, decidir fazer algo por alguém, Ele fará; mas não por comércio humano. 

Al malik Sulayman(Rei Salomão) disse em Qohelet:
"Disse também no meu coração: É para o benefício dos homens que Deus os põe à prova, para que vejam que, em si mesmos, são como animais,  pois é a mesma a sorte dos homens e dos animais; tanto morre um como o outro; todos têm o mesmo alento. O homem, pois, não leva vantagem sobre os animais, porque tudo é ilusão. Todos vão para o mesmo lugar:
Todos vêm do pó,
e ao pó todos retornam.
Quem pode saber se o alento do homem sobe para o alto e o alento do animal baixa à terra? 22 E concluí que nada de melhor havia para o homem do que desfrutar de suas obras, por ser essa sua sorte. Pois quem poderia fazê-lo experimentar o que só acontecerá depois dele?
Mas a despeito da realidade dura da vida eles te oferecem um sonho. ( Uau !!!)


Céu Imaginado pelos populachos


Μορφεύς - A droga morfina tem seu nome derivado de Morfeu, visto que ela propicia ao usuário sonolência e efeitos análogos aos sonhos. Morfeu é comumente confundido com seu irmão Hipnos, sendo este o deus do sono, e Morfeu, um dos deuses dos sonhos.Quando uma pessoa augura: vá para os braços de Morfeu, sugere "ter um sono tranquilo, com bons sonhos", como se estivesse envolvido por este deus.

E se você não corre atras de " La Carotte", eles te metem "le Bâton" - Ou seja, se você não está embalado nos sonhos deles, eles te metem a vara. 

A Vara: 

Terás o inferno.(prêmio da desobediência)

"Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Mateus 25:41
Você passará a vida toda no letárgico abraço de Morfeu, e no dia em que não servir mais e despertar, verá "le Bâton"..ameaças e mais ameaças, com fogo do inferno e outras mandraquices.

Veja na torá escrita de Musa ha nabi, a parca referência que muitos tomam por ressurreição?

Se presumiu a ressurreição, quando se lê na Torá quando YHVH diz: “Eu faço morrer e faço viver” (Deuteronômio 32:39), mas não está falando que vai ressuscitar alguém, mas diz que Ele; bendito seja, é o dominador de todos as criaturas viventes.

Adiante nos profetas se entendeu esse levantar de maneira mais explícita nas palavras do profeta:
“Os teus mortos tornarão a viver, os teus cadáveres ressurgirão. Despertai e cantai, vós que habitais o pó.” (Isaías 26:19) 
E ainda o escrito aparece no sefer Daniel (12:2): 
“E muitos dos que dormem no solo poeirento acordarão, uns para a vida eterna e outros para o opróbrio, para o horror eterno.”

No miqra'ot não diz que você deve obedecer aos mandamentos de rabinos ou outros homens, nem tão pouco garante uma forma de negociar tal redenção. Então, qualquer um que se junta a congregação dos justos esperando uma recompensa na base da especulação humana, pode se decepcionar.



Shabuah Tob


sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Fizeram a "Tfuzaca" e pagamos o pato!

Festa popular dos filhos do Novo Mundo

Fuzaca: Adjetivo popular, coloquial, que indica desordem, bagunça.

No nordeste setentrional(terra do queijo com carne de sol) dos ibn qaréos (Brasil) popularmente se diz:
" Ish homi, isto aqui tá uma fuzaca".
" Tô de espinhela caída de tanto lutar nessa zona,para acabar com a fuzaca".
Borscht
Tefuzah, significa dispersão, um termo muito usado pelos netos de Noakh, comedores de sopa doce(borscht); que falam pirkê ovos, ao invés de pirkê abot, usam raposas na cabeça, chambres de laquê com meias engraçadas e umas trancinhas de vikings conhecidos popularmente como Ashkenasi. Tire suas próprias conclusões, lendo o livro: http://www.fantompowa.info/13th%20Tribe.pdf
A historiografia israelita não fala de "dispersão", tefuzah, mas de "galut"(גָּלוּת), que literalmente significa exílio e refere-se à apartação dos "israelitas" ou "bnei iehudáh"(exclua aqui os judeus de Esav, que não são filhos do patriarca Judá) fora de sua terra natal ancestral (Arêz-Israel ) e seu subsequente assentamento forçado em outras partes das terras dos ibn Nuh(نوح) ibn Lumik ibn Mutushalkh( filhos de Noé).
No livro de John M.Efron "Judeus alemães e o fascínio dos sefarditas" vemos claramente o que aconteceu e acontece tanto no meio do khazal quanto no meio miqra'ot, ambos dominados pelos netos de Noé, que por mais que se queira "forçar a barra", não são da semente de Jacó.

Efron diz no seu livro (e não eu), que nos séculos XVIII e XIX, enquanto os judeus alemães(ashkenazi) lutavam pela emancipação legal e aceitação social, eles também iniciaram um programa de renovação cultural, cujas duas dimensões principais estavam se distanciando de seus companheiros asquenazitas na Polônia e dando um lugar especial aos sefarditas da Espanha medieval(ual!!!). 

De onde eles viam os judeus asquenazes como isolados e atrasados, resultado da perseguição cristã luterana, e descreviam os sefarditas como produtos "mundanos, moral e intelectualmente superiores e belos do ambiente muçulmano"(notem isso) tolerante em que viviam.

Neste livro elegantemente escrito, John Efron analisa em profundidade o fascínio especial da estética sefardita realizada pelos judeus alemães.

Efron examina como os judeus alemães idealizaram o som do hebraico sefardita(ual!!!) e a beleza física e moral dos sefarditas e mostra como o fascínio dos sefarditas encontrou expressão na arquitetura da sinagoga neo-moura, romances históricos e representações romantizadas da história sefardita.


Efron argumenta que os criadores da cultura judaica-alemã imaginavam o judaísmo ibérico medieval como uma comunidade judaica exemplar, vinculada à tradição e ainda totalmente à vontade na cultura dominante da Espanha( alAndaluz) muçulmana.


Efron argumenta que o mito da superioridade sefardita era na verdade uma expressão de autocrítica enfraquecida por judeus alemães que, ao tentarem transformar a cultura asquenazica e conquistar a aceitação da sociedade alemã, esperavam entrar em sua própria era de ouro.

Estimulante e provocador, este livro demonstra como o objetivo dessa auto-remodelação estética não era a assimilação, mas a criação de uma nova forma de identidade judeu-alemã inspirada na beleza sefardita. 

Resumo:

Os bnei noakh ( judeus ashkenazi) nos julgavam:

a)mundanos;

b)Moral e intelectualmente superiores;

c)Belos, físico e moralmente;

d)Bonita forma de falar;

e) Arquitetura linda...e

Como é de costume, criaram a teologia da substituição, alegando que os filhos dos sefarditas do novo mundo já não seriam mais filhos de Jacó não importando se estes fossem do credo fariseu ou saduceu , e precisariam supostamente passar por um processo de conversão comandado por eles mesmos os ben Noakh(ashkenaz), que por ora reinam em todas as partes do mundo.

Para o leitor entender melhor; Teologia da substituição (ou supersessionismo) é uma interpretação cristã do Novo Testamento que vê a relação de Deus com os cristãos como sendo ou a "substituição" ou a "realização" da promessa feita aos os israelitas.

A expressão bíblica desta relação de Deus com as pessoas é chamada de aliança, o que torna o ponto de disputa da teologia da substituição a ideia de que uma Nova Aliança com os cristãos e a Igreja cristã teria substituído ou completado a Aliança Mosaica (ou a Torá) com os israelitas.

Uma questão central na teologia da substituição é como e em que medida a ética da Aliança Mosaica foi colocada de lado ou mesmo completamente abolida pela Nova Aliança.

Isto fizeram também os filhos de Noé (Ben Noakh); vestindo nossas roupagem intelectual, nossos anéis de família, colocando novas capas em nossos livros escritos em árabe e hebraico espanhol, e depois mentindo disseram que foram escritos em suas terras, tomando nossa terra que é a herança ancestral dada por YHVH a Abrahão nosso pai, e por último, por cúmulo e empáfia descarada, ainda tentam nos converter como se fossemos alheios a nós mesmos.

Veja o Exemplo, do livro acima , Edom derribando Israel!

Não canso de dizer e repito aqui a profecia de Nabi Abdias (عوبديا) : Os andaluzes(sefardim) voltarão a sua terra natal (Eretz Israel) e herdarão as cidades do Negeb! Não como goi, convertidos por gentios que por ora vestem as nossas roupas, mas como cidadãos de Israel e proprietários autênticos daquelas terras.

Nosso querido profeta Abdias(עֹבַדְיָה)especialmente impetuoso em relação aos edomitas - inimigos permanentes de Israel que cooperaram com os invasores babilônicos, com romanos e em suma, com qualquer um que queira nos destruir. Abdias pede o julgamento divino sobre os edomitas e prediz o último dia de retorno do exílio e da vitória sobre Edom.
"ישראל ביתנו" "Israel é Nosso Lar".
Nós retornaremos como filhos, queira você ou não; emissor de alforrias (الإعتاق) kahalakha! É o profeta de YHVH quem diz.

آمِينَ
Amém

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Outros judaísmos...outros sofridos

(uma sugestão de leitura para os ibn Qaréos)
Para não dizer que estamos sozinhos, quando estavamos sob a tutela dos islâmicos como qaréos em al andaluz Islâmica.

Mundo afora, os islâmicos assim como os cristãos e rabinos medievais, também fizeram as suas.

O islamismo toma diversas de suas doutrinas do judaísmo, sendo que as duas religiões mantêm seu intercâmbio religioso desde a época de Maomé, com períodos de tolerância e intolerância de ambas as partes. É especialmente significativo o período conhecido como Idade de Ouro da cultura judaica, entre 900 a 1200 na Espanha muçulmana. Na China imperial os judeus eram contados juntos com os muçulmanos sob a designação de Hui-hui e tanto as sinagogas e mesquitas chamadas pelo mesmo nome, Tsing-chin sze. Em algumas instâncias, grupos judeus adotaram o islão, como ocorreu entre os jehudi al-islami na pérsia.

O recente conflito palestino-israelense, o que envolve entre parte da população muçulmana e dos judeus devido à questão do controle de Jerusalém e outros pontos políticos, históricos e culturais fomentou ainda mais a divergência entre judaísmo e islão.

O islão reconhece os judeus como um dos povos do Livro, apesar de acreditarem que os judeus sigam uma Torá corrompida. Já o judaísmo rabínico não crê em Maomé como profeta e não aceitam diversos mandamentos do islão

Existem pequenas comunidades judaicas que aceitam a Maomé e o Alcorão, mas retêm a identidade judaica, como é caso dos chalah de Bucara, do Juhidi Al-Islami do Irã e os Judeus de Timbuktu, no Mali.



Os Chalah de Bucara
Judeus Bucara

Chala é um termo uzbqeque que significa "nem uma coisa nem outra", referindo-se aos judeus bukharan que foram supostamente convertidos à força ao islamismo a partir do final do século XVIII.

Em resposta, esses judeus chala praticaram exteriormente o islamismo, mas mantiveram secretamente suas tradições judaicas. Esses cripto-judeus se casaram e moravam em seus próprios bairros que faziam fronteira com bairros judaicos existentes.

Os judeus de Chala contam uma história muito parecida com os Dönmeh e os Marranos da Espanha.
Os judeus chala não conseguiram retornar à sua verdadeira fé judaica [khazal]devido às conseqüências fatais associadas ao abandono da fé islâmica . O governo islâmico durante esse período impôs uma pena de morte contra aqueles que renunciavam à sua fé islâmica. Portanto, não foi até o surgimento da Rússia Imperial e do governo soviético que os judeus chala foram capazes de voltar à sua fé original [do khazal].

No século 19, surgiram comunidades Chala nas cidades de: Samarcanda , Khiva , Kokand , Margilan e Shahrisabz. Muitas vezes, não era até duas a três gerações que os judeus chala começavam a se casar com a população muçulmana local e abandonavam as tradições judaicas restantes.

O retorno do Chala ao judaísmo rabínico começou com a conquista russa da Ásia Central em 1867. Enquanto os khanates de Khiva e Kokand foram incorporados à província do Turquestão , o Khanate de Bukhara permaneceu autônomo e continuou a aplicar a pena de morte contra aqueles que abandonavam o Islã. Como resultado, muitos judeus chala imigraram ilegalmente para áreas controladas pela Rússia, para escapar da certa ameaça de morte. 

Embora a lei russa exigisse que esses recém-chegados fossem deportados de volta para Bukhara e enfrentassem uma morte iminente, as ordens de deportação eram continuamente adiadas e, portanto, muitas permaneceram como não-cidadãos permanentes da região do Turquestão da Rússia. Alguns judeus chala também se uniram a guildas de comerciantes para provar seu uso econômico ao império. Como a lei muçulmana foi mantida em Bukhara por um período mais longo do que nas cidades vizinhas, quando o domínio soviético comunista chegou a Bukhara, muitos membros do Chala local não se identificavam mais como judeus e foram totalmente assimilados à população muçulmana.



Jadid Al-Islami -  الله‌داد
Popular do islã
O Allahdad em persi (الله‌داد )foi um tumulto violento de 1839 matando 36 deles e forçando a conversão forçada contra os demais judeus de Mashhad , Khorasan , Qajar , Irã . Após a conversão forçada dos judeus mashhadis ao islã, enquanto alguns conseguiram escapar através da fronteira afegã, e outros se transformaram em verdadeiros muçulmanos crentes, a maioria adotou o Islã apenas externamente, enquanto seguia secretamente sua fé judaica como cripto judeu.

A enciclopédia judaica diz:"JADĪD AL-ISLĀM" , um termo que significa "novos muçulmanos", aplicava-se principalmente na * Pérsia a judeus que foram convertidos à força no * Islã, mas que, em muitos casos, aderiram secretamente à sua antiga religião (Anusim ). O termo é associado principalmente com a comunidade cripto-judaica de Meshed sob a dinastia Kajar de 1839 em diante, mas também com as vítimas de conversões forçadas em massa em Persia na 17 ª e 18 ª séculos, sob Abbas i e Abbas ii , e em Bukhara. 

Muitos Jadīd al-Islām fugiram para o Afeganistão, outros se estabeleceram em Ereẓ Israel em 1929–30. Cerca de 70 se converteram à fé Bahai na cidade de Torbat, mas depois de pouco tempo, 67 deles retornaram ao judaísmo.

Alguns membros da família Hakimi se converteram ao Islã e abandonaram a comunidade de Jadīd al-Islām. No final do 19 º século, a Jadīd al-Islam em Meshed viveram como judeus, quase abertamente, e sob o governo de Riza Shah (1925-1941) que se sentiam mais protegidos, mas ainda manteve o status de muçulmanos e foram reconhecidos como Jadīd al-Islām. 

Em 1936, cerca de 550 famílias Jadīd al-Islām moravam em Meshed, com 12 sinagogas (em prédios particulares) e quatro escolas. Em 1954, Oẓar ha-Torá estabeleceu em Meshed uma escola judaica para o Jadīd al-Islām. 

Esses judeus sofreram com as multidões em 1946. O rabino chefe sefardita,Ben-Zion Meir Hai * Ouziel , decidiu que o Jadīd al-Islām não tinha nenhum problema de mamzerut. O Jadīd al-Islām tinha muitos meusgim especiais em certas áreas da vida, especialmente no casamento infantil. 

Eles tinham suas próprias canções e seus mortos foram enterrados em um cemitério comprado pelos Jadīd al-Islām. A partir do final do 19 º século até os anos 1940 a maioria dos membros desta comunidade voltou ao judaísmo. Em 1973, apenas três famílias judias viviam em Meshed e, em 1995, 12 famílias.

Judeu Oriental

O incidente foi importante no aspecto que uma comunidade inteira foi forçada a se converter e foi uma das primeiras vezes que os judeus europeus intervieram em nome dos judeus iranianos.
Jadid al-Islam é a fascinante história de como essa comunidade conseguiu sobreviver, sob o risco de suas vidas, como cripto-judeus em um ambiente muçulmano xiita inimigo. 
Judeus de Timbuktu


Bibliotecário Malês
Segundo a Shavei israel, existem aproximadamente 1.000 pessoas com supostas raízes judaicas em Timbuktu, Mali. Eles chegaram no século 14 fugindo da perseguição na Espanha e migraram para o sul para a área de Timbuktu, na época parte do Império Songhai. Entre eles estava a família Kehath (Ka'ti), descendente de Ismael Jan Kot Al-yahudi, de Scheida, Marrocos. Filhos dessa família proeminente fundaram três aldeias que ainda existem perto de Timbuktu - Kirshamba, Haybomo e Kongougara. 

Em 1492, Askia Muhammed chegou ao poder na região anteriormente tolerante de Timbuktu e decretou que os judeus deveriam se converter ao islamismo ou partir; O judaísmo tornou-se ilegal no Mali, como na Espanha no mesmo ano. 

A família Kehath veio do sul de Marrocos em 1492 e se converteu junto com o restante da população não muçulmana. Outros judeus proeminentes do Mali incluem os Cohens, descendentes do comerciante judeu marroquino islâmico El-Hadj Abd-al-Salam al Kuhin, que chegou à área de Timbuktu no século 18, e a família Abana, que veio ainda mais tarde, no primeira metade do século XIX.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Anás aben David

Sinagoga Karaita, Anan ben David
O Nasi Anás aben David ben Haniná (ענן בן דוד) era um político fariseu de Babel, que viveu supostamente lá pelos idos de 715 a 795 EC. Ele é considerado o fundador do movimento que inicialmente foi chamado de al Anannya (Ananitas), e muito tempo depois o movimento foi chamado de Caraíta.
Anás Ibn Dawid
Segundo seus detratores; os fariseus iraquianos e seus sucessores os rabinos modernos, acusam Anás de traidor do movimento fariseu, pelo vil motivo de querer ser o líder supremo dos Judeus no exílio das localidades de Sura e Pumbedita no Iraque.
"Sura era uma cidade na parte sul da área chamada por antigas fontes judaicas de Babilônia , localizada a leste do rio Eufrates . Era conhecida por seus produtos agrícolas , que incluíam uvas , trigo e cevada . Era também um importante centro de estudos da Torá Oral e lar de uma importante Ieshiba - a Sura Ieshiba - que, juntamente com as Ieshibas de Pumbedita e Nehardea , deu origem ao Talmude de Babel"

O Khazal diz que Anás reuniu em torno dele os israelitas remanescentes de 14 seitas Saduceu (Isawites, o Yudganites, o Shadganites, o Malakites, o Mishawaites, e outros) que estavam na Pérsia e na Babilônia 700 anos depois da queda do Templo de jerusalém.( veja aqui meu caríssimo leitor, que ao contrário do que se prega por aí, os saduceus literalmente não foram extintos com a queda do 2 Templo em 70 EC!!!) A partir deste grupo ele agrupou a nova seita, houve protestos e diatribes dos rabinos que eram Dihimis(pagadores de imposto), o que mais tarde levou as autoridades de Babel a aprisioná-lo e condena-lo a morte.
Ele foi preso pelas autoridades islâmicas em um domingo em 767 EC, e jogado na masmorra, para ser executado na sexta-feira que se seguia, como culpado de alta traição.

Abu Hanifa
Felizmente para Anás, nas masmorras ele conheceu um companheiro de cela importante no mundo islâmico,nada menos que o fundador da escola muçulmana dos Hanifim, Abu Hanifa al-Nu'man ibn Thabit (النعمان بن ثابت).

Ele deu Anás aben David um conselho que salvou sua vida: "Você deve definir-se para expor todos os preceitos ambíguos da Torá de uma maneira oposta à interpretação tradicional, e fazer deste princípio a fundação de uma nova seita religiosa."

Disse Abu Hanifa a Anás:
"Convoque seus partidários para garantir a presença do próprio califa no julgamento - e a presença do povo tornará seu processo incomum, como processos de pessoas mais importantes no reino."
Então Anás foi, e declarou que a sua religião era diferente do judaísmo rabínico(Khazal), e que seus seguidores concordavam totalmente com ele em matéria de doutrina religiosa; e isto era uma questão fácil para Anás falar, porque a maioria deles ( os saduceus e desertores fariseus) se opunham aos rabinos. Atendendo ao conselho de Abul Hanifa, Anás defendeu-se na presença do califa Al-Mansur (754-775), que concedeu ganho de causa contra os rabinos do Khazal.
" Porque ele alegou ao sultão que estava liderando uma nova religião, diferente do judaísmo rabínico. Ramificação judaica que aceita somente a Torá escrita, opondo-se ao judaísmo rabínico que também aceita uma Torá oral compilada no Talmude e no Midrash."
"Alguns" dizem (incerto) que ele, referindo-se ao rabino fariseu Ieshua de Natzarat disse; "Rabi Ieshua haNatzarati (Jesus Nazareno), foi um homem sadiq, porém, não concorreu ao título de Deus, antes procurou reformar a crença judaica dos fariseus que há muito tempo se corrompera!"

Uma série de ensinamentos de Anás diferem dos judeus rabínicos e para seu conhecimento, da maioria dos Karaitas modernas.


Anás rejeitou as leis e mandamentos instituídas pela rabinos (shi'urim); e, ele era ortodoxo ao ponto de não aceitar qualquer mínima impureza permitida para as coisas que o Talmud admite, como, por exemplo shishim, uma parte em sessenta ou ke-zait, "do tamanho de uma azeitona", etc., ele insistiu que mesmo o menor átomo de qualquer coisa proibida, misturando-se com uma infinitamente grande quantidade de uma coisa permitida, era suficiente para tornar todo o último proibida, tal qual o princípio usado hoje na homeopatia.
Homeopatia: método terapêutico que consiste em prescrever a um doente, sob uma forma diluída e em pequeníssimas doses, uma substância que, em doses elevadas, é capaz de produzir num indivíduo sadio sinais e sintomas semelhantes aos da doença que se pretende combater [Este método foi criado, no fim do século XVIII, pelo médico alemão Samuel Hahnemann 1755-1843.].
livreto homeopatia
Além disso, disseram dele que afirmava:"enquanto Israel está na galut a carne de animais, com exceção do cervo, o pombo e a rola, eram proibidas de ser comida (embora animais permitidos podem ser comidos com leite)."

Dentro do judaísmo, as restrições ao consumo de carnes e aves que se estendem além do conceito rabínico de kashrut não são exclusivos do Ananismo, o Talmude relata que, após a destruição da certos ascetas do Segundo Templo, parecidos como Abu Isa que tentou proibir carne e vinho porque que tinha sido empregado no ritual do Templo, e que o rabino Joshua ben Ananias reprimiu o movimento.

Abu 'Isa também conhecido como Abdiah , Ishaq ibn Ya'qub al-Isfahani , Isaac ibn Jacob al-Isfahani , segundo eles dizem foi um auto-proclamado profeta judeu em algum momento do século 8º no Iraque e o líder de uma curta revolta. 

Nos tempos modernos, o rabino Abraham Isaac Kook , o primeiro rabino-chefe Ashkenazi dos britânicos durante o Mandato para a Palestina , argumentou que o vegetarianismo é indicado no Tanakh como um ideal para os judeus.

A tradição diz que Anás (z'l) morreu aos 96 anos de idade em 811 EC, e foi sepultado em Jerusalém nas encostas do Har Moria(מוריה), em frente à tumba de Zacarias ha nabi(o profeta).
túmulo de Zacarias ben Joiada

Boa segunda feira.


sábado, 23 de novembro de 2019

Filho de Israel? Qual DNA padrão?

Nestes dias estive assistindo um curioso filme na Netflix, chamado "FREE STATE of Jones", segundo o que se diz no material audiovisual, este é baseado em fatos reais e conta a saga de um bravo e idealista agricultor do Mississípi, chamado Newt Knight que se junta a outros desertores sulistas da guerra da secessão americana, escravos fugitivos e fazendeiros oprimidos para criar um estado inter-racial no sul dos Estados Unidos.
 
"Os negros foram escravizados nos EUA de 1619, abduzidos da África por traficantes de humanos e vendidos a colonos ingleses, até 1863, com o fim da Guerra Civil, a Proclamação de Emancipação e o início da Reconstrução Americana. A escravidão foi a base do "bem estar" dos brancos e da economia dos estados do Sul, e marcou profundamente as relações sociais nessa região.

Todavia, a situação legal dos negros permaneceu por longo tempo inferior à dos demais cidadãos, com as leis Jim Crow, a segregação racial, a doutrina "separados, mas iguais" e a atuação da Ku Klux Klan. Embora a Constituição americana garantisse direitos fundamentais a todos os cidadãos desde 1787, os negros tinham prerrogativas legais negadas por legislações estaduais, com base no princípio dos direitos dos estados.


A doutrina da incorporação, a partir de 1873, levou à gradual extensão dos direitos constitucionais fundamentais para todos os cidadãos. Na virada do século, ativistas como W. E. B. Du Bois criaram a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, em defesa da igualdade racial e do progresso da comunidade negra. A decisão do caso Brown v. Board of Education na Suprema Corte americana, em 1954, foi o fundamento legal para o fim da segregação racial. Rosa Parks liderou, no ano seguinte, o boicote aos ônibus de Montgomery.

Na década de 1960, Malcolm X, com um discurso mais virulento, e Martin Luther King Jr., um pacifista, reclamaram o fim da discriminação institucional. A marcha sobre Washington e a concessão do Prêmio Nobel da Paz a King em 1964 trouxeram atenção mundial para a causa afro-americana. A Lei de Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos ao Voto de 1965, ambas promovidas pelo presidente Lyndon B. Johnson, do Partido Democrata, codificaram as conquistas dos negros. Elas asseguraram o fim da segregação racial em espaços públicos, ainda que sejam propriedade privada, e o voto universal, independentemente de nível educacional ou condição social". 

Isso é um fato, não dá para fugir, procure nas páginas da Wikipedia; e estará lá!

Atravessando o mar; ali na península ibérica, ser israelita (erroneamente judeu) e pobre era sinônimo de ser preto, mas se era cristão ; era braco. Peço atenção para não confundir "preto" com "Sudan".

Preto era qualquer um que recebesse "downgrade", virasse servo, ou escravo e Sudão; negro eram os habitantes do Bilad al Sudan.


Há um conto brasileiro chamado "A Escrava Isaura" escrito por Bernardo Guimarães em 1875 e publicado no mesmo ano pela B.L.Garnier, Rio de Janeiro.O livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso.Bernardo Guimarães faz questão de ressaltar exaustivamente a beleza branca e pura de Isaura, que não denunciava a sua condição de escrava porque não portava nenhum traço africano, era educada e nada havia nela que "denunciasse a abjeção do escravo". O que parece uma escolha preconceituosa e contraditória — contar as agruras da escravidão criando uma escrava branca.
Paralelo a isto, existe um curioso grupo americano chamados de Israelitas Negros dos Estado Unidos, e deles se escreveu: "
Em 2008,o Southern Poverty Law Center (SPLC) descreveu como supremacista negro aquilo que chamou de "a fronteira extremista do movimento hebreu israelita". Ele escreveu que os membros desses grupos "crêem que os judeus são impostores malignos e ... condenam abertamente os brancos como a personificação do Mal, merecedores somente da morte ou da escravidão". O SPLC disse também que "a maior parte dos israelitas hebreus não é explicitamente racista nem anti-semita e não advoga a violência".Alguns dos grupos hebreus negros caracterizados como supremacistas negros pelo SPLC são Nation of Yaweh e Israelite Church of God in Jesus Christ. A Anti-Defamation League (ADL) escreveu que o website "12 Tribes of Israel" (12 tribos de Israel), administrado por um grupo hebreu negro, promove a supremacia negra".
Não tomamos partido nem dos anglo saxões judeus, nem dos eslavos judeus, nem dos black judeus, pois todos podem e defendem bem o seu ponto de vista, e todos tem a verdade relativa ao seu lado de acordo com sua ótica.

Recentemente lí uma curiosa e louvável (em parte) "jurisprudência" que foi ventilada por um estimado judeu leitor; vejamos:   

Hakham "(Melech Ben Ya'aqov 17 de novembro às 12:55)" disse:
[...] Embora pareça provável que alguns judeus originais tenham ido do norte da África para a África subsaariana e misturados com a população local, adquirindo, portanto, alguns aspectos da aparência física deste último, ou seja, pele negra, os números provavelmente são bem pequenos. Além disso, dos principais grupos da África que reivindicaram descendência judaica, ou seja, o Beta Israel da Etiópia, o Igbo da Nigéria e o Lemba da África do Sul, nenhum mostra evidência de DNA paterno judeu, com apenas o Lemba mostrando alguma evidência de uma pequena minoria tendo DNA paterno no Oriente Médio (mas não israelita). Embora eu ache maravilhoso que outros povos e nações se voltem para a Torá, a evidência de qualquer coisa além de um número minúsculo de judeus originais (não convertidos) na região subsaariana é inexistente, e o número daqueles que se converteram ao judaísmo não é muito maior. Se alguém com características da África subsaariana, como a pele negra, pode provar sua descendência israelita através da linha paterna, por testes de DNA ou de outra forma, certamente o darei boas-vindas como um irmão israelita, mas, infelizmente, esse não é o caso há mais 99% dos envolvidos nos vários movimentos do hebraico negro e do judaísmo africano."
Comentário de um usuário do facebook(meio tosco)Ohne Grenze [...] All these arrogant Hamite impostors should be deported from Israel for having the arrogance to claim that they are true Israel and saying the actual Israelites are the impostors. Total slanderous blasphemy.
Tradução em Português abaixo:"Todos esses impostores hamitas (filhos de Ham) arrogantes devem ser deportados de Israel por terem a arrogância de afirmar que são o verdadeiro Israel e por dizer que os israelitas reais são os impostores. Blasfêmia caluniosa total."
Talvez o autor deste comentário devesse assistir o filme Free State, algumas vêzes... 

Mas, como comparar com o DNA?

Muito tenho escutado sobre que é judeu ou quem não é judeu, e de fato não me preocupo com isso, mas devo dar minha contribuição para uma discussão controvertida, que imagino só será resolvida nos dias em que os sacerdotes da linhagem de Sadoque, recuperarem o que é seu por direito e o templo, bem como o serviço e o sinédrio estiverem instalados e funcionando regularmente.

Judeu:
Hoje se fala muito em judeu, mas judeu pode ser qualquer um, basta ser do clã askenazi ou que tenha uma carta de alforria(giur) dada por eles atestando, que você era um goi, mas se converteu a religião deles.
Semita:
Semita pode ser cristão, judeu, islâmico( negro ou branco) ou um autêntico filho de Jacó (que todos eles reinam em dizer que já não existem).
Israelita(bney Israel):
São todos os descendentes físicos do nosso Jaco Abinu, que foram espalhados pelos quatro ventos da terra, e seus descendentes podem ter qualquer tom de cor de pele( pretos, negros, brancos, amarelos e até marcianos), porem um mesmo ADN mitocondrial, de linhagem paterna. Estes são o Zerá Yaakob (esperma de Jacó).

Agora uma verdade deve ser dita, como atestar se um homem preto é´descendente de Jacó, comparando com um "pseudo master askenazi", ou eslavo? que segundo Arthur Koestler no seu livro "The Thirteenth Tribe: The Khazar Empire and its Heritage", levanta curiosos e aterradores dados [...] "o padrão" judeu usado (o homem branco) se não for israelita, o resultado será negativo, o que aos olhos dos sofistas de Edom, reprovaria o homem negro, mas estaria se reprovando em base de uma falsidade.

Afinal, ninguém pode medir um DNA de um filho, procurando no vizinho ao lado; antes tem que procurar o suposto pai.
Leiam!
Agora; se houver um "padrão israelita não viciado"(doadores de DNA com atestados falsos de casamento da idade média, ou convertido ao judaísmo não tem valor algum, que quiser-mos o ADN) na base patrilinear usando a base sefardita(a mais confiável), tomando o cuidado de separar o trigo da cevada, pois nem todo sefardita é israelita, e pode muito bem o "pseudo padrão" ser descendente de um africano não israelita ou de um branco ariano que fora convertido a religião dos judeus sefarditas nos séculos anteriores na Espanha, Portugal, Turquia, Egito, Marrocos e etc. Então se houver uma base de DNA fidedigna, pode haver algum resultado positivo. Agora, onde está o padrão fidedigno que atesta que alguém é bnei Israel( descendente dos 12 filhos do patriarca Jacó) com 99,63% de acerto?

Religioso Judeu, qualquer um pode ser; agora ser filho de Israel(blood line), são outros 500!

Encerro, escrevendo uma frase lapidar que encontrei nos escritos de John Ronald Reuel Tolkien, na qual julguei ser muito apropriada:
"Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes a vida? Então não seja tão apressado para julgar e condenar alguém a morte. Pois mesmo muitos sábios não conseguem ver os dois lados." 
Personagem Gandalf O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (2001).

Shabua Tob!


  

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Hanuká II - nos tempos dos saduceus


Já que hanuká era uma celebração da vitória dos Asmoneus i.e.dos saduceus, originalmente não era popular entre os fariseus que viam os descendentes da família asmoneia como corruptos, demônios, hereges e vários termos bocórios. Assim sobre hanauká, pouco foi dito sobre a revolta asmonéia ou sobre o próprio Hanuká nos primeiros escritos do khazal (farisaicos). 



No entanto, parece ter permanecido um festival nacional popular entre as pessoas comuns em Erets Israel(إِسْرَائِيلُ).

Nós os ibn karéos al Andaluz o observamos, não como uma glorificação aos feitos dos asmoneus, mas como um memorial de como YHVH permitiu que a fé dos filhos de israel sobrevivesse. 

As lâmparinas 

Há uma reza chamada Al haNissim (עַל הַנִסִּים) -Agradecemos pelos milagres, que é recitada por alguns israelitas durante o haj de hanuká. 
"[Agradecemos a Vós, YHVH,] pelos milagres, pela redenção,os atos poderosos, os atos salvadores e pelas maravilhas que fizestes para nossos pais naqueles dias, nessa época."
Ela diz como, enquanto o Templo estava sendo dedicado novamente, as lâmpadas foram acesas e colocadas ao redor do Templo. Se essa musica é verdadeira, mui bela visão deve ter sido! 

Nos tempos antigos, a tradição de acender lâmpadas durante o festival não parece ter sido relacionada de nenhum modo com a menorá do templo (a história do milagre do frasco de óleo com duração de 8 dias é uma invenção rabínica posterior). 

No período do final do segundo templo, a tradição de acender luzes ou lâmpadas não era muito difundida (considere como, por exemplo, Josefo não sabia por que era chamado de Festival das Lâmpadas). No entanto, a prática existia. 




Os arqueólogos encontraram lâmpadas especiais de argila e pedra do período. No entanto, eles não têm nada a ver com a menorá, nem se parecem com a menorá do templo. As lâmpadas são de design longo e retangular, com oito depressões paralelas para óleo e mechas - uma lâmpada antiga também foi encontrada com 8 orifícios para mechas. E não há "Shamash" ou luz escrava. 

Parece-nos, que no Iraque e na Pérsia até o início do século 20, os judeus ainda usavam esses tipos de lâmpadas (uma simples fileira de 8 luzes sem shamash). A prática de ter um chanukiyah em forma de menorá é um costume dos Askenazi europeus (13ª tribo) e é relativamente nova. A única consideração, se seguirmos o costume antigo dos saduceus, é que haja uma fileira de oito luzes; pode ser qualquer formato.

"OCHO KANDELIKAS"
(MUSICA SEFARDITA PARA CHANUKAH EM LADINO)
Hanuka linda esta aki, ocho kandelas para mi (x2)
Una kandelika, dos kandelikas, tres kandelikas, kuatro kandelikas, sinko kandelikas, seish kandelikas, siete kandelikas.. ocho kandelas para mi.
Muchas fiestas voy fazer, con alegrias y placer. (x2)
Una kandelika, dos kandelikas, tres kandelikas, kuatro kandelikas, sinko kandelikas, seish kandelikas, siete kandelikas... ocho kandelas para mi.
Los pasteles voy komer kon almendrikas y la miel (x2)
Una kandelika, dos kandelikas, tres kandelikas, kuatro kandelikas, sinko kandelikas, seish kandelikas, siete kandelikas...ocho candelas para mi.
II Macabeus descreve como as pessoas comuns procediam:
"Foi assim que, levando ramalhetes, ramos verdejantes e palmas, cantavam hinos àquele que lhes havia concedido a dita de purificar o seu templo."II Macabeus, 10:7
Josefo diz que no 1º Hanuka, quando o altar do templo sagrado estava sendo dedicado novamente, as pessoas "celebraram o festival da restauração das ofertas no templo por 8 dias e não omitiram nenhum tipo de prazer nele, mas ele [Judas Macabeu] os banqueteava [seus soldados e o povo] com ofertas muito ricas e esplêndidas ".(Antiguidades, livro XII, capítulo VII, passagem 7 ). 


Nos dias de Josefo, era chamado de Festival das Luzes (hag ha-Neirot, ou mais estritamente, Festival das lâmpadas). Ele não conhecia por que tinha sido dado esse nome, no entanto. Ele escreve:
"Suponho que o motivo foi esse, porque essa liberdade [de oferecer sacrifícios] apareceu para nós além das nossas esperanças".( Ant, XII, VII, 7). 

É possível que as ' luzes' se referissem a milagres antigos, como quando Musa Rabbenu, Ebed HaYH, Aba haNebiim zya"a. dedicou Hārūn (هارون )  e seus filhos como qohanim no deserto(صَحْرَاء). 

No 8º e último dia da dedicação, um fogo desceu do céu e consumiu as ofertas no altar(Lv. 9: 1, 24). Esse milagre ocorreu novamente quando Malik Sulayman dedicou seu altar por 8 dias (2Cr 7: 1, 9). 

II Macabeus 1:18 também menciona o haj como uma oportunidade de recordar o milagre do fogo de Nəḥemyāh, quando a "naft" foi derramada no altar se incendiou repentinamente. 

O livro de II Macabeus dá esses eventos como razão para 8 dias de hannuka; a dedicação foi um processo de 8 dias, e a rededicação ('hanuká') do altar por Judá Macabeu, ocorreu no dia 25 de Kislev por 8 dias. 

Na época do Festival das Luzes pré-Macabeu, eis os 8 "milagres" de fogo que podemos recordar durante os dias do Festival das Luzes: 

A Coluna de fogo durante a peregrinação no Sinai - Êx.13: 21-22, 40: 34-38; Fogo sobre o altar de Eliahu - 1Rs 18; Fogo sobre o altar de Dawid - I Cr 21:26 ; Fogo de Yermiyahu - II Macabeus 2: 1-8; Fogo de Nəḥemyāh - II Macabeus 1:22; Fogo contra a dedicação de Musa ha Nabi ao Miskhan- Lv 9: 1, 22-24; Fogo na dedicação de Malik Suleyman ao Beit Hamikdash - 1 Rs.8:11; 2 Cr. 5:14; 2 Cr.7:1-9; O fogo na manifestação da glória de YHVH no Har Sinai - Êx.19:18, 24:15-18.

Uma segunda Sucote: 

A primeira razão para o festival ter 8 dias é que foram necessários 8 dias para dedicar o mizbeakh e o Beit Ha Mikdash. A segunda razão é que foi considerado um segundo Sucote. Há muitas características do festival que são semelhantes a Sucote; de fato, o autor de 2 Macabeus considerou o segundo Sucote. Eles carregavam ramos de tamareiras e cantavam salmos, como em Sucote. Certos minhagin de Sucote foram, portanto, transferidos para Hanuka. 

Um minhag durante o período do templo (rabbi Tarfon) era que menorás gigantes ou seja, da variedade normal de sete ramificações seriam acesas nas alas do templo, seus galhos terminando em enormes copos, nos quais o melhor azeite era abastecido. 

Quatro longas escadas foram colocadas contra cada menorá, para que os sacerdotes pudessem escalá-las para adicionar óleo continuamente para manter as lâmpadas acesas. Aparentemente, as mechas precisavam ser enormes, de modo que as roupas desgastadas dos sacerdotes eram torcidas e usadas como mechas!

Segundo Joseph Hochman, no cometário ' Festas do Templo de Jerusalém , a luz dessas lâmpadas atingiu tal magnitude, que grande parte de Jerusalém foi iluminada por eles. Depois, houve uma dança da tocha, onde jovens entraram nos tribunais centrais e acrobaticamente jogaram tochas no ar e as pegaram habilmente. E entre esses atiradores, havia dançarinos e cantores. Dizia-se que quem não testemunhara não tinha visto o que era uma verdadeira festa.

O melhor exemplo do processo de 8 dias de dedicação está no capítulo 8 de I Rs, onde o Malik Suleymani dedica o Primeiro Templo. A Arôn haberíth (ארון הברית) foi realizada em grande cerimônia e cortejo pelos qohanim ao Qoḏesh HaQodeshim, o edifício foi encetado com óleo e consagrado, orações solenes foram ditas e sacrifícios(qorban, le-ha qrub) foram feitos - não apenas de animais, mas também de grãos. 


No tempo de Zerubabel, quando o Segundo Templo foi dedicado (Nemias 12: 27-43), piyyutim de ação de graças foram entoados, havia grandes corais cantando salmos, tudo ao som de pratos, flautas, harpas e liras. Quaisquer costumes que restauramos com base neles podem ser realizados em um serviço final no último dia - como uma celebração da conclusão da re-dedicação do Templo. 

O verdadeiro "milagre" 

Se voltarmos à versão Macabeu do festival, o verdadeiro milagre não foi o frasco folclórico de azeite que manteve a menorá queimando por 8 dias, mas que YHVH conseguiu salvar a religião israelita da extinção . O objetivo principal da religião israelita é agir como uma testemunha eterna da existência e poder de YHVH . YHVH, é um Deus vivo que promete e faz, fala, e é cumprido. 


O Caminho de YHVH é o caminho eterno. Se os edomitas o extinguirem com suas leis derabanan  (שבע מצוות להרבנים), e se os vermezinhos de Israi'li em todos os lugares para onde foram exilados, pararem de segui-lo, então a extinção de YHVH é uma prova de que nosso YHVH não é santo (Chas vShalome que Ele é de fato o mesmo que qualquer deus pagão, de que Ele é falso, e que Suas profecias são vazias assim como as de Buda, Krishina e Jesus de Nazaré(Chas vShalom). 


A opressão dos sírios tentou o poder de YHVH e Sua promessa aos ibn Israe'ili. Os sírios eram mais fortes e muito mais numerosos que os macabeus e seus seguidores. Parece-nos que YHVH permitiu deste modo, para que os eventos da revolta macabéia pudesse ser uma manifestação inegável de Seu poder e glória. A minoria dos justos venceram a multidão malvada, mas somente por causa da divina providência de YHVH.