quarta-feira, 22 de julho de 2020

Saduceus e mundo Andaluz de lá e cá!

Se diz em hebraico “Sefardi” plural “Sefardim”, entre os falantes árabes, espanhóis e portugueses se diz também “Lusos-israelitas”,” Espano-israelitas” e “Andaluzi” pois têm o seu nome derivado de Sefarad que é Espanha em hebraico e al-Andaluz na língua Árabe. 
Nota:     
    1-Nem todo Judeu é hebreu ou bnei Israel.
    2-Judá, no qual deriva o nome judeu, era um Bnei Israel; um israelita, não tinha nada a ver com a religião dos mestres fariseus.
Existe um folclore criado para acalmar os ânimos do anti-farisaísmo-judaísmo, por causa da suposta culpa de sangue por escolher Barabba Jesus (Mateus 27:17) ao invés do Barabba Jesus (1 Jo 5:5), que os “Judeus” já viviam na Península Ibérica deste os tempos do al Malik Sulayman. 

Bar=filho e Abba = pai

Se especula que a cidade da Tarshishe ou Társis, mencionada nos ketubim (I Reis 10:22 e II Crônicas 9:21), como o local onde as naus de almalik Sulayman iam buscar prata, ficava na Espanha , segundo uns, ou na Sardenha, segundo outros...pura especulação.  

O número de hebreus na Ibéria realmente é apreciável com a chegada dos “escravos de Jerusalém” (Nabi Abdias 1:20) trazidos pelos romanos quando da destruição do Beit sheni em 70 EC e depois por Adriano – Imperador Romano, que era de Espanha (os missionários e zelotas rabinos chegaram depois)  e, principalmente a partir do Século 7º EC com a invasão das hordas dos Mouros e Sarracenos advindos do al Maghrebi e Bilad el Sudan em suas al Jihad islâmicas. 

Na Espanha medieval os hebreus espanhóis falavam o mesmo linguajar ibérico que as populações cristãs da Península. Nos Séculos XI e XII, época do al hakim (hakham) Karaita (saduceu) Said Ibn AlTaras, formaram uma grande civilização (a Época de Ouro Hebreu-Espanhola). A partir de então passaram a adotar também sobrenomes espanhóis e portugueses, principalmente em função dos batismos na marra (forçados) durante a Inquisição para os cristãos novos. 

Com a expulsão dos “Judeus” e “Hebreus” da Espanha e 1492 de Portugal em 1497 e dos mouros em 1609, levaram consigo, onde foram empurrados para o al Maghrebi, Bilad el Sudan, Cabo Verde, Angola, Guiné e Bissau, Nordeste do Brasil, Bizâncio, Amsterdã, Salônica, a sua linguagem latina que tomada do seu berço de origem, assumiria novo rumo evolutivo, mantendo , de um lado, formas estruturalmente arcaicas, e de outro, acrescentando palavras portuguesas, árabes, gregas, turcas, hebraicas ou aramaicas, além de neologismos próprios, e usando para a escrita o alfabeto arameu(Sírio)-hebraico. 

Conservou, todavia, estreita identidade com sua co-irmãs espanhol, português de Andaluzia, seja pela etiologia, morfologia, sintaxe, fonética, semântica e gramática. A evolução do romance pelos Judeus emigrados iria dar origem ao Ladino, também chamado língua dos hebreus portugueses entre os hebreus da Grécia, Turquia, Romênia, Bulgária, sul da Iuguslavia, Albânia e até da Hungria , enquanto no norte do Marrocos uma variante seria chamada Haquitia, com mais influência do Árabe.

O Minhag (costume) saduceu andaluz ou sefaradita segue as tradições da Península Ibérica e do al Maghrebi, com a nova leva de escravos mulatos forçados África Ocidental (*)  para as Américas (vide Slave Trade) principalmente, com seu canto triste (aboio) e variados pratos doces e salgados ricos em temperos e aromas, alem de misturar carne e leite que só se encontra entre nossa gente, de ascendência hebreu-saduceu da Ibéria e da África.
* "Outra controvérsia diz respeito a se houve ou não racismo dos sefarditas em relação aos mulatos e negros. Mark e Horta tendem a confirmar a opinião de Jonathan Schorsch, em Jews and Blacks in the Early Modern World (2004), para quem é possível verificar preconceitos raciais contra os negros desde o início do século XVII. Schorsch rejeita, com razão, a ideia de que o racismo, no sentido moderno, seja resultado da Ilustração no século XVIII. Nossos autores sugerem, porém, que as atitudes dos judeus em face dos negros, em especial aos mestiços ou mulatos integrantes da comunidade judaica, eram amiúde contraditórias, ora preconceituosas, ora tolerantes. Os sefarditas que retornaram de Petite Côte para Amsterdã, segundo os autores, exprimiam uma opinião bastante positiva em relação aos judeus de "pele escura", ao menos na primeira metade do século XVII. Interpretação similar foi sustentada por Tobias Green em "Amsterdam and the African Atlantic" (2008), que descreveu os sefarditas da Petite Côte como uma "comunidade aberta", que floresceu na África subsaariana e manteve forte ligação com seus anfitriões africanos." 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0002-05912013000100010 

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Seriam os israelitas portugueses de 1497 majoritariamente Saduceus?


Seriam os israelitas portugueses majoritariamente saduceus e caraítas no período da expulsão?

"D. João III de Portugal - O piedoso (Hassidi)
João III, apelidado de "o Piedoso", foi o Rei de Portugal e Algarves de 1521 até sua morte. Era o filho mais velho do rei Manuel I e sua segunda esposa a infanta Maria de Aragão e Castela, tendo ascendido ao trono apenas contando dezenove anos de idade."

Seria por esta causa que muitos do Nordeste Setentrional do Brasil tem costumes saduceus e caraítas?

Veja a carta apresentada pelo Instituto Camões e tire suas próprias conclusões!!! Eu mesmo já publiquei muito sobre isto.

www.cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/biblioteca-digital-camoes/volume-i-gavetas-i-e-ii/496-496/file.html
Carta em pdf, link abaixo: 




quinta-feira, 18 de junho de 2020

Xacxuca ou cabeça de galo?




Meu avô, que era um vaqueiro do de'sertão do RN, me dizia repetidas vezes: "Me diga o que você come que eu te digo quem tú é!." Quem come comida fraca é fraco também. Para um cabra sarará "esquentar a natureza", nada como uma boa cabeça-de-galo.

Os ingredientes principais são: ovos, tomatecebola e pimentão fritos em óleo, colorau e pimenta do reino.Para engrossar poe um pouco de farinha.

Cabeça de Galo de'Sertão Nordestino (Brasil)

Veja aqui um vídeo com a receita de cebeça-de-galo.

https://www.youtube.com/watch?v=7iH9fkqERDs

Muitos dizem que esta receita veio com os colonos, e como por aqui ficaram os que aparentemente tinham costumes comuns aos berberes, maleses e aos israelitas ibéricos(cristãos novos), eu fico tendente a acreditar, pois ví, comi e gostei desta iguaria tão comum por aqui.

Lá no al Magrebi, também existe um prato que guarda semelhança com a nossa "cabeça-de -galo".  No deserto de lá deram o nome a este prato de xacxuca ou shakshuka, (شكشوكة‎), que ficou popular em Israel é um prato da culinária do Oriente Médio.

Xacxuca do Magrebi
O xacxuca é uma espécie de sopa grossa, normalmente coberta com ovos, considerada o prato nacional das ilhas do Mazghanna (Argélia), embora seja popular também nos países vizinhos, enquanto que os judeus que saíram do al Magreb para Medinat Israel fizeram desta iguaria um prato muito popular para lanche. 

Os ingredientes principais são: ovos, tomate, cebola e pimentão fritos em azeite de oliva.

Será que temos algo em comum? vai negar?

Boa noite.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Vivemos em uma "distopia"!


Imaginem se uma seita evangélica do teteté dijá [somente um exemplo], tivesse chegado a Israel há 70 anos atrás e tivesse se declarado os judeus autênticos e Israel de Deus. Hoje eles seriam os oficialmente aceitos e nós os bnei Israel no exílio, juntamente com os atuais donos de Israel que impedem nosso retorno, os judeus ortodoxos e demais seitas, seríamos os filhos da abominação. Uma segunda distopia, já que os fariseus fizeram a primeira distopia.

Para esta distopia envolvendo como exemplo os fiéis do teteté dijá, há garantias textuais em seu livro santo, o chamado novo testamento; veja:
"Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo."

Apocalipse 3:9
"E a todos quantos andarem conforme esta regra(evangelho de Paulo), paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus.
Gálatas 6:16
Algum adestrado, diz assim: " Os fariseus salvaram Israel!" Melhor seria se Balaão ben B'Or tivesse nos salvado; talvez, mas brando seria conosco.

Isto os fariseus fizeram: Em 70 e 135 EC, derribando o templo, destruído o sacerdócio saduceu, implantando um nova lei e....para depois serem expulsos pelos seus camaradas romanos.

Porém a sanha dos fariseus em obscurecer os bnei Israel e o sacerdócio de Zadoki não esmaeceu nos séculos depois. No post anterior vemos que o célebre convertido ao cristianismo e convertido ao islamismo e depois revertido ao farisaísmo (alguns dizem)  sem um certificado de conversão, o homem de Abendanana fez duros diatribes aos nada menos que os descendentes dos kohanim de al Zirbi, no norte d'África, chamando de ignorantes e até de burros.

Alguém pode aparecer e ensaboar dizendo que ele estava falando de alguma seita de musilim, mas a história diz que os fariseus morrem de medo dos musilim, ademais em suas próprias terras e está documentado que Abendanana nutria o ódio clássico que os fariseus tem pelos saduceus.

Voltando a distopia:

Então se um judeu quisesse subir como olim para maorar em Israel (nesta distopia), ele deveria primeiro cumprir a halakah de  Israel:

"Deve ser considerado Israel de Deus, ou judeu verdadeiro: Aquele que vem de família e tem mãe crente em Jesus, ou tenha se convertido e batizado nas águas por algum pastor reconhecido por Israel."

Não foi isso que os fariseus fizeram e infelizmente alguns que se dizem caraítas seguem?

Daí por diante, penso que não seria dizer mais nada, pois os fariseus e os nozimim, tem crenças parecidas e podem muito bem ser intercambiáveis, essa seria a 2ª distopia, sendo a primeira, a que vivemos nesses 1950 anos, debaixo do pesadelo criado pelos fariseus.

E onde estão os saduceus? Em perpétua fuga, num exílio sem fim!
"Como dente podre...
ou pé desmentido...
é a confiança no hipócrita... 
na hora da dificuldade."  
Provérbios 25:19

Boa quarta feira!

 

terça-feira, 16 de junho de 2020

Em Djerba há esperança?


Por ora em lockdown, ou semi-lockdown por causa do bichinho que adoeceu muita gente no meu estado do RN e derredores, nos concentramos em pesquisar sobre os caminhos que traçaram os sadiqim depois das caídas de Jerusalém, e me deparei com Djerba, a cidade dos kohanim. 

O convertido/anusi (segundo alguns), Abū ʿImran Mūsā ibn Maymūn ibn 'Ubayd Allāh Al-Qurtubi (1138-1204) nos deixou a sua impressão ou um retrato da comunidade de Djerba: é o único testemunho da cultura desses israelitas na Idade Média. Dirigindo-se ao filho, ele diz::
"Esteja avisado sobre certas pessoas que vivem na região do al Magrebi chamada al-Zirbi, nas terras da Berberia, porque são estúpidas e rudes [...] Deus é minha testemunha e julgo que elas me parecem semelhantes aos karaítas(saduceus) que contestam a lei oral. Lhes falta clareza de espírito, seja lidando com a miqra'ot e o Talmude ou expondo as aggadot e halakhot. Alguns deles são juízes(shofetim), mas suas crenças e atos em matéria de impureza ritual são como as dos filhos da abominação(saduceus), que são uma nação entre as nações que peregrinam nas terras dos ismaelitas. Recusam-se a ver a mulher ritualmente impura, não olham para o rosto nem para as roupas, não falam com ela e não pisam no chão em que pisou. Eles não comem a parte traseira do animais abatidos. " [ fonte site: tunisie-geneologie.com- les juifes de Djerba]
Que maravilha!(iofi) saduceus em pleno século 12, e ainda por cima descendentes dos antigos kohanim sadoquitas. Isto me fez ter arrepios e ficar muito contente.

Segundo se diz; há uma tradição que a minoria(saduceus) israelita de Djerba diz que, no ano 586 aEC, alguns dos sacerdotes israelitas do templo que conseguiram escapar da destruição de Jerusalém e do templo de lá se estabeleceram em Djerba; até hoje, uma porcentagem incomumente alta de judeus na ilha mantém o status familiar da casta sacerdotal e um vínculo genético foi confirmado por testes de DNA.

Essa comunidade é única na diáspora judaica por sua porcentagem incomumente alta de quhanim (hebraico; a casta sacerdotal judaica), descendentes "PATRILINEARES" diretos de Arão, o primeiro sumo sacerdote dos tempos mosaicos.

Os judeus foram assentados em duas comunidades principais: o Hara Kabira; "o grande bairro" identificado com Sefarad e Marrocos e o Hara Saghira, "o pequeno bairro", identificado com Israel. 

domingo, 14 de junho de 2020

Baobás no RN, quem plantou?


Estes dias estive, passeando virtualmente; já que no RN, há muitas cidades que o povo está em prisão domiciliar; digo; confinamento, nome bonito para lockdown, tudo por culpa do descontrole de um certo "bichinho", que por infelicidade se soltou no oriente e fez várias vítimas no ocidente e ainda vai causar muita confusão por estas bandas.

Mas, não quero tratar disto. Quero trazer a vocês que descobri, que há no meu estado uma localidade, que para minha surpresa e alegria histórica, tem uns poucos pés de Baobás que segundo alguns foram plantados no século 17, em pleno funcionamento do "slave trade", que segundo alguns autores, cambou para cá, mais de cinco milhões(5.000.000) de abduzidos do oeste da África; quase se igualando ao número do shoá.

Muito rashá foi feliz com o infortúnio dos "outros (acher)", e não teve nenhuma piedade dos forçados naqueles idos e aparenta ainda não ter.

Para ver um comentário "ensaboado" sobre "rasha", veja no link abaixo
 
Os baobás:
O gênero agrupa nove espécies validamente descritas, das quais seis têm distribuição natural restrita à ilha de Madagascar, uma ao continente africano e Médio Oriente e outra à Austrália. 
Também Leo Africanus, que entre 1511 e 1517 viajou pelo Norte de África conheceu e descreveu a árvore; aquele que escreveu sobre israelitas no Bilad el Sudan.

Leia aqui para compreender melhor:

A Adansonia digitata, conhecida por imbondeiro ou baobá, é a única espécie de Adansonia que ocorre no continente Africano.

Pode ser encontrada nas savanas quentes e secas da África subsariana. Aparece também em zonas de cultivo e em áreas povoadas. O limite norte da sua distribuição no continente africano está associada aos padrões da chuva, restrita ao litoral Atlântico. No Sudão, ocorre naturalmente no Sael, mas a sua ocorrência é muito limitada no resto da região saheliana da África Central. Na África oriental as árvores crescem em aglomerados e também no litoral. Em Angola, os imbondeiros crescem em florestas e nas regiões costeiras e são comuns nas savanas, como também é o caso na Namíbia e no Botsuana e o resto da África Austral. Também se encontra em Dofar na região de Omã e no Iêmen na Península Arábica. O nome digitata, surge do formato da folha que se parece com os cinco dedos da mão.

Baobás aqui no RN-Brasil
Confira no link da Prefeitura do Assú-RN

Como temos dito por aqui e acolá em alguns palimpsestos de um velho, sem apoio quaisquer, pois os homens e mulheres que são descendentes dos israelitas leitores, não tem forças para levantar a cabeça e jogar a cangalha dos rabinos e pastores fora...contudo não se pode negar que:

Comemos carne com leite;
Que israelitas de Sefarad foram para cá enviados;
Que judeus de Amisterdam estiveram por aqui;
Que temos costumes e culinária próxima ao árabes e islâmicos;
Que houveram cripto Caraítas em Castela;
Que sempre houve brutal perseguição com os nossos acherim;
e...Baobás, será que foram plantados por pessoas jupiterianas? (Os da África trouxeram sementes e aqui plantaram, é óbvio)Digo isto, porquê se provar-mos 100%, nossa origem como bnei Israel ainda aparecerá um "filho duma égua" para tentar desacreditar o nosso esforço e ainda oferece um certificado de conversão para a religião deles.. Nós somos israelitas e não queremos nenhuma conversão para a religião de Edom.

Abaixo segue uma esquema para você analisar e pensar se tudo isto ainda tem uma solução.


Boa semana!

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Vai negar nossas origens? Vai dizer que somos de Marte!

Homenagem a Ezz el Menoufy - Rei do Fest Food Egípcio

Estes dias estive num sítio de um amigo saduceu que mora na região do  "al Magribe do RN" (Região Oeste do RN), nas adjacências da cidade de "Vem-chaver", ou seja Venhaver-RN, e passando o dia de shabat, ele resolveu nos agraciar com refeição de criação, que ele cria em seu próprio sítio. 
Venhaver-RN
Leia mais sobre Venhaver  links abaixo:


Ele escolheu uma ovelha, cevada, não prenhe (não temos costume de matar animais prenhe), malhou a ovelha, pois as orelhas do animal por sobre os olhos, levantou o queixo e mas que rapidamente desferiu um golpe certeiro com sua afiada quicé de 12 polegadas, sua companheira que vive presa nos seus quartos, enfiada numa bainha.  

De repente o animal esmoreceu, vertendo o sangue sobre a terra, que logo em seguida foi enterrado ( o sangue).

Uns minutos mais ele esfolou o animal, abriu e retirou as vísceras. Examinou o coração, fígados, pulmão e intestinos a caça de "coisas", que nos impedisse de comer o animal.

Neste domingo comemos de tudo.

Carne assada;
Fressura cozida com arroz da terra;
Buchada;

Tripa recheada com arroz, bem temperada com alho e cominho;

Cérebro, e cabaça cozida...

Por estas bandas do Norte se aproveita tudo do animal, até o estrume que vira adubo. Não comemos o sangue nem o sebo.

Para não negar nossas origens e nossa proximidade com nossos irmãos de língua e costumes árabes, deixo abaixo um link de um vídeo de uma senhora brasileira que é casada com um egípcio e vive em Mitzaim. Ele fala de uns pratos que para ela são intragáveis e estranhos, mas para nós, os descendentes dos Israelitas Qaraítas do al Andaluz; literalmente não. Estes pratos não são nem de longe estranhos.

Link:

Boa semana a todos.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Shabuot, sempre será num domingo!



Feijão de corda nordestino

(Haj ha-Bikkurim)

Mantemos nosso testemunho e fé em YHVH, através de princípios antigos expressos na Torá al Kitab, dada ao profeta Moshé como uma característica distintiva entre "nós" os bnei Israili no exílio e "eles" os fariseus convertidos de Edom que adoram muitos poderes nos céus. De acordo com a religião israelita dos tempos do beit sheni (II templo), este festival não está relacionado a nenhum evento histórico, pois ninguém contesta que não havia nenhum evento naquela época. Não há razão para inventar um significado já que YHVH não disse. 

Este festival é uma recordação da Aliança que YHVH Deus jurou por Abraão, Isaac e Jacó, e com todo o Israili. É também um festival que nos torna extremamente conscientes de que todo ser vivo pertence a YHVH. Observá-lo dessa maneira tem o efeito que YHVH, nosso Deus, pretendia - ver nosso verdadeiro lugar no esquema das coisas, que dependemos de YHVH para nos prover, mesmo que não vivamos em Eretz Yisra'il (Israel Beitenu).

O haj das Primícias (haj ha-Bikkurim) também é conhecido como haj ha-Shabuot, a Festa das Semanas, e Chag ha-Qatsir , a Festa da Colheita (das Primeiras Frutas do nosso trabalho). 

O farisaísmo(Edom) moderno e os messiânicos que os seguem no erro, celebram 50 dias após a Páscoa, mas a maioria dos israelitas nos tempos antigos festejava o haj de acordo com os saduceus, que entendiam conforme Levítico 23:15-16, "no dia seguinte ao sétimo sábado após a Páscoa. Sete semanas completas serão! Para nós saduceus, karaitas e samaritanos, o Festival das Primeiros Frutos / Semanas é, e sempre será no domingo.

Novamente, o farisaísmo (Edom) moderno o comemora como um memorial da entrega da Torá no Har Sinai , mas esse é o significado que os rabinos só inventaram depois que o beit sheni foi destruído juntamente com os saduceus e sacerdotes, defensores da torá escrita e defensores de shabuot num domingo.

No Israel antigo , houve três grandes festivais, três festivais que os israelitas concordaram em celebrar como parte da nossa aliança eterna com YHVH. 

O maior e comumente o mais ruidoso foi o haj de Sukkot, o haj das cabanas em setembro- outubro. Depois, hamasot - Pão Asmo , em março- abril. O terceiro era Shabuot . 

Depois que o beit sheni foi destruído, os dois primeiros ainda tiveram significado, mas houve um problema com Shabuot , pois nenhum significado é realmente atribuído abertamente ao festival na Torá.

O farisaísmo de Edom moderno vê o festival como a entrega da Torá no Sinai. Os mestres de Edom que se juntaram em Yavneh no século I EC decidiram que baseariam seu novo significado em Êx 19: 1, que diz: 

"No terceiro mês depois que os israelitas deixaram o Egito - no mesmo dia - chegaram ao deserto de Sinai"

A passagem prossegue dizendo que foi nesse ponto que a revelação de YHVH no Har Sinai ocorreu.

A Revelação do Sinai poderia ter coincidido com Shabuot?

Vamos ver se qualquer um dos métodos pode fazer a revelação do Sinai coincidir com Shabuot - seja da maneira israelita ou rabínica de Edom. 

Os israelitas deixaram o Egito no dia seguinte ao sacrifício da Páscoa - 15 de Nisan (Êx 12:51). Se Ex 19: 1 significa que eles chegaram ao Sinai durante o terceiro mês, no mesmo dia do mês em que deixaram o Egito, isso significa que a data da revelação e da entrega da Torá teria sido o 15º Sivan. No entanto, o intervalo de datas para Shabuot é sempre do 7º ao 13º Sivan - o que significa que, por este acerto de contas, a entrega da Torá é tarde demais para Shabuot, e mesmo esse cálculo supõe que a Lua Nova seja vista pontualmente todos os meses.

Mesmo se você seguir a prática rabínica de calcular Shabuot 50 dias após a própria Pesakh, então você só chegará ao 4º de Sivan - ou ao 6º no máximo - o que significa que a revelação do Sinai era muito cedo para Shabuot. 

Portanto, a revelação do Sinai não pode ter ocorrido em Shabu'ot. Qual era então o significado bíblico original do festival pretendido por YHVH?

O verdadeiro significado bíblico do festival:

A nossa alJama,  lê a Torá em um ciclo de 3 anos, em vez de 1 ano. O ciclo é tão ordenado e dividido, que cada festival se alinha com uma leitura apropriada na Torá.

Se você observar as três leituras dadas para Shabuot, isso deve nos dar uma idéia do que o festival significou para o povo judeu na época do beit sheni e e dos saduceus, antes da traição dos convertidos de Edom.

Portanto, estas são as 3 partes para cada ano do ciclo:

Gênesis 12: 1 - 13:18 (Deus jura uma aliança com Abraão)

Êxodo 24: 1-18 (a Aliança com Israel é afirmada;

o festival também é mencionado anteriormente em 23:16)

Números 17:16 - 18:24 / Núm 17: 1-18: 24 nas Bíblias Comuns


(As primícias e as ofertas aos levitas)

Das três partes lidas em Shabuot, pode-se concluir ( pesquise você mesmo, não confie em minha opinião) que o tema geral é realmente a Aliança juramentada entre Deus e a Assembléia (Aljama) de todos os Bnei Israili . A parte do 1º ano refere-se ao juramento original da aliança, a parte do 2º ano narra a afirmação da Aliança, e a leitura do 3 º ano refere-se aos primeiros frutos dessa Aliança, uma vez na estando na Terra de Israili. ( Nosso antigo lar)

Durante os tempos do templo, não houve nenhuma tentativa de conectar o festival a nenhum evento histórico. O quadro geral nos ajuda a perceber que isso ocorre porque o juramento da Aliança entre Deus e Israel não está conectado a um único evento.

Em termos práticos, como sadiqim, nós o observamos como um festival de Primícias - os frutos da Aliança que Deus jurou com nossos antepassados sadiqim. O nome alternativo do festival nos diz que este é o nosso próprio festival de ação de graças, de lembrar que tudo o que criamos, produzimos, crescemos e comemos pertence a YHVH.

Neste momento, somos extremamente lembrados de que tudo neste planeta inteiro pertence a YHVH - toda planta, todo animal, todo pedaço de terra e todo ben Adam. Em certo sentido, somos inquilinos neste mundo e pagamos a Deus "aluguel" por tudo que nós usamos. Portanto, no Festival das Primícias, nos tempos antigos, o primeiro de tudo o que chegava até nós era oferecido no Templo. Das nossas colheitas, os antigos israelitas deram as primeiras roldanas de trigo, bem como as primeiras maturas de todos os seus frutos. Algumas das coisas mencionadas no Miqra como sendo oferecidas foram: grãos, pão, vinho, frutas, mel, lã, óleo e assim por diante. Dos animais qasher (halal), os cordeiros primogênitos, bezerros etc. foram oferecidos no templo.

No entanto, a Torá nos lembra que os primogênitos de animais, mesmo que não sejam "halal" pertencem a Deus, e a Aliança nos lembra que mesmo o primogênito que abre o útero (seja homem ou mulher), também pertence a Deus.

Alguns costumes sadiqim no haj:

Não temos mais um Santo Templo para oferecer ofertas a YHVH Deus, mas ainda podemos dar graças por nossas primícias. Podemos agradecer por nossos filhos mais velhos, o primogênito de nossos animais de estimação, até o primeiro salário de nosso ano ou os primeiros produtos de nossos preciosos dons intelectuais - os primeiros frutos da criatividade humana deste ano; quando usamos nossa imaginação humana, a oportunidade de agradecer a Deus é interminável.

Shabuot foi proclamado como um dia de descanso. Como o dia anterior sempre foi um sábado, as pessoas acabavam tendo um período de descanso de dois dias - Shabat , imediatamente seguido por Shabuot . Algumas pessoas em nossa comunidade gostam de comemorar decorando suas casas com vegetação e flores de jardim, e fazendo uma tabela mostrando a generosidade de seus alimentos. Dois pequenos pães são simbolicamente acenados em graças a Deus e deixados em uma cesta (veja Lev 23:17; originalmente os pães eram assados ​​a partir dos grãos das primeiras espigas de trigo).

Em Deuteronômio 16:10, somos instados a dar uma oferta voluntária na proporção das bênçãos que Deus nos deu. O templo não está mais de pé( Edom derribou), então temos que olhar para isso de uma maneira diferente. Por metáfora, podemos examinar e lembrar de todas as nossas bênçãos no ano passado e fazer algo para retribuir às comunidades em que vivemos. Algumas pessoas gostam de fazer sedaqá neste dia ou dar um presente de forma anônima.

É acima de tudo um festival suprema da Presença de Deus. Israelitas antigos foram lembrados naquele tempo que tudo - plantas, animais e o ben Adam - pertenciam a Deus. No Festival das Primícias, lembramos das bênçãos que recebemos de Deus e agradecemos.

Haj Sameakh!




terça-feira, 12 de maio de 2020

Dom, donos, I'udum...Edom.

9 6 1 12 454 25 22 1 11 238 11 99 6524444
Meus amigos, nós os descendentes dos israelitas no exílio além do grande mar, temos sido perseguidos por Esaú, desde a antiguidade e em todas as eras, contando-se do beit sheni, onde era-mos agrupados como o partido dos Justos (sadiqim), e depois de nossa nova queda renomeados por nossos agressores pelo nome execrado de saduceus(desolados).

Temos sofrido bastante nas mãos dos nossos "irmãos" Y'u-dum, temos sido escravos em Sefarad, depois lives e depois escravos, e depois deportados a outras terras, temos sido vendidos, decapitados, queimados em fogueiras, torturados, entregues, negociados e depois, nossos algozes se apresentam como se houvessem sofrido nossa dor e pedindo reparações em dinheiro se apesentam com nossas roupas, costumes, nomes e tradições. Seus templos e associações, levam o nome de nossa grande família, mas nós mesmos não estamos lá. Se lá estamos, estamos como servos do serviço de sábado, ou como "convertidos". Tanto para Edom, tanto para Roma, nosso nome ou do nosso Deus, repousa fora do recinto. No altar, um nome de deus estranho. Suas glorias são para um certo bar Nashá de Edom, ou para um deus chamado En-Ke-lo-heino.

No texto escrito diz:
Lembra, Ó YHVH Deus, do que os edomitas fizeram no dia em que Jerusalém foi conquistada! Lembra de como diziam: “Arrasem Jerusalém até o chão!” - Sl.137:7
Isto, também não se repetiu nos dias do segundo Templo? Lembram do herói "deles" o filho de Zakai? que fugiu de Jerusalém se fingindo de defunto, em um caixão com uma multidão de servos para se ajuntar ao acampamento dos romanos (os invasores), e de lá esperar a nossa queda, para depois nos subjugar?

Penso, ser importante saber que: no interior do povo Judeu há pressões e tensões sociais de povos não-bnei-Iehudah(Judeus), que foram convertidos ao Judaísmo antigo.

De acordo com Josefo, em "Antiguidades Judaicas", por volta de 100 AC, O rei e sacerdote do estado Judeu-Asmoneu, João Hircano converteu os Edomitas ao Judaísmo. Os Edomitas eram a prole de Esaú. YHVH avisou que os Judeus não se misturassem com os Edomitas. Uma vez que Hircano converteu os Edomitas (a partir daquele momento; anusim de Edom), e se tornaram gente de Judá e Israel, eles buscaram e tornaram-se influentes em Jerusalém entre os escribas, fariseus e o Governo Romano. A mistura dos Romanos e Edom é descrita no Livro de Iasher, e a mistura entre os Judeus e os Edomitas é documentada na edição de 1925 da Enciclopédia Judaica.

Josefo também lembrou que muitos Fariseus e homens  influentes em Israel eram Edomitas. O rei Herodes, que derribou os saduceus -asmoneus era um Edomita. Eles usurparam as posições mais elevadas na tribo de Judá, e secretamente desejavam exterminar o verdadeiro povo Judeu-israelita, os bnei Israel.

No texto escrito diz: 

Ez.35:10-15
10 “Uma vez que você disse: ‘Estas duas nações (Judá e Israel) e povos serão nossos e nos apossaremos deles’, sendo que eu, YHVH, estava ali, 11 juro pela minha existência , palavra do Soberano, Adonai, que tratarei você (Edom) de acordo com a ira e o ciúme que você mostrou em seu ódio para com eles(Judá-Israel), e me farei conhecido entre eles quando eu julgar você(Edom). 12 Então você saberá que eu, YHVH, ouvi todas as coisas desprezíveis que você disse contra os montes de Israel. Você disse: ‘Eles foram arrasados e nos foram entregues para que os devoremos’. 13 Você encheu-se de orgulho contra mim e falou contra mim sem se conter, e eu o ouvi. 14 Pois assim diz o Soberano, YHVH: Enquanto a terra toda se regozija, eu o arrasarei. 15 Como você se regozijou quando a herança da nação de Israel foi arrasada, é assim que eu o tratarei. Você ficará arrasado, ó monte Seir, você e todo o Edom. Então saberão que eu sou o YHVH.
Eles querem que sejamos desertores de nossa benção da primogenitura, da nossa terra, dos nossos livros, do nossos antepassados e de todas as bençãos que por  torpeza eles perderam.
Jacó respondeu-lhe: "Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura.""Morro de fome, que me importa o meu direito de primogenitura?""Jura-mo, pois, agora mesmo", tornou Jacó.
Esaú jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó. Este deu-lhe pão e um prato de lentilhas. Esaú comeu, bebeu, depois se levantou e partiu. Foi assim que Esaú desprezou o seu direito de primogenitura. - Gn 25:31-34
 
Agora, uma coisa te digo: " Você quer seguir Edom? espera alguma vantagem? ou que tenha grande amor por Edom? Isto é uma decisão tua...não minha.

Só posso te desejar; sorte em tua jornada, rumo à Edom.

Boa semana.
 

sábado, 9 de maio de 2020

Os saduceus vindos de Portugal; IOFI!



Passado o dia de descanso, depois do abdalah, comecei a escrever sobre uma das possíveis causas que os nossos seridoenses, sabugienses, oestanos, caririenses dos rincões da nossa Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará, comem carne de gado, ovinos e caprinos com lacticínios. (Eu mesmo gosto de uma carne de sol assada na brasa com um queijo de coalho  derretido por cima; e ainda com uma manteiga-de-garrafa!) E muitos do povo do meu sertão se dizem "israelitas e outros; judeus anusim "; como pode isso? 

Inclusive quero abrir um parênteses que muitos dos nossos conterrâneos, idosos mulheres e crianças, já foram convertidos recentemente por rabinos missionários, que fazem proselitismo entre os nossos. Não preciso falar aqui que se engana aquele que se converte, pois o "teudat giyur" não atesta que ele é um israelita, mas um convertido para a religião dos rabinos, aliás ficando claro que nem judeu ele era, e ficará gravado para sempre em seu prontuário, o rótulo "convertido".  Mas podem tentar enganar dizendo que não pode dizer que uma pessoa é convertida, tem que tratar como iguais...será mesmo?

um precedente:

No site da Chabad (judeu ortodoxo), temos uma lista...além de Maimonides, tem o profeta Obadias(tinham que incluir Obadias), Rabi Yochanan Ben Torta, Ben Bag Bag e Ben Hay Hay e até Shemayah e Avtalyon! Curioso é que deviam serem esquecidos que foram convertidos, segundo eles dizem. Ou seja, convertido sempre será um convertido.

Link Chabad.org
18 Impressionantes Convertidos ao Judaísmo que Você Deveria Conhecer

O curioso é, que, segundo o Talmud, Obadias é considerado um convertido ao "judaísmo de Edom". Justamente o profeta que traz duras profecias conta Edom.

Voltando ao assunto, da carne com leite, não dá para ocultar que é tradição por aqui, comer carne com leite ou derivados, e aquelas bocas dessa região que disseram que não praticavam esta tradição estiveram por violar o 8º mandamento, e ainda deram testemunho (por inferência) por toda a região, que come carne com leite, para suposta vantagem no processo.   

Na Torá al kitab, em Shemot 23:19 está escrito:

"לא תבשל גדי בחלב אמו"

"não cozerás o cabrito no leite de sua mãe."

 No talmude da confusão, em Shabat 130a: 11, o "saduceu Yose Ha Gelili, [desdenha] sobre o excesso da escola de Edom dizendo:
"Vocês dizem que não se pode comer aves de capoeira com leite, pois na Torá escrita diz que não se deve cozinhar o cabrito no leite de sua mãe, mas as galinhas não produzem leite! ( risos aqui)
Os karaitas acreditam na separação de carne e leite?

Não! A maioria dos karaitas adota uma abordagem direta dos versículos que são interpretados pelos rabinos como exigindo uma separação entre carne e leite, ou seja, Êxodo 23:19, Êxodo 34:26 e Deuteronômio 14:21.

Os karaitas interpretam esses versículos como significando que nenhum mamífero deve ser cozido no leite de sua própria mãe, seja por causa da torpeza moral do ato, na medida em que demonstra um grande desrespeito pela instituição sagrada da maternidade, ou porque cozinhar um animal no leite de sua mãe era um ritual comum entre as seitas que adoram ídolos do antigo Oriente Próximo.

Portanto, certos karaitas comem carne e leite juntos (por exemplo, um cheeseburger usando carne kosher e queijo kasher), embora outros se abstenham devido à influência (medo) do movimento rabínico.
Link do original abaixo:

Então, por inferência, entendemos que os saduceus de Espanha e Portugal, também comiam carne com leite e trouxeram o costume nos seus palatos bucais.

IOFI! Existiam esses tais de saduceus entre os portugueses ou holandeses, pois sabemos que os portugueses descobriram o Brasil , e depois os holandeses invadiram o nordeste do Brasil e .... muita gente de lá ficou cá! Óbvio.

Um pormenor escrito:

[O Rabino] Menasseh [ben Israel]  escreveu que o principal objetivo do tratado - sua contribuição para uma longa tradição de escrita rabínica sobre o tema da ressurreição e que ele provavelmente começou a escrever em 1633 - como refutar os "saduceus" do dia da carta ... uma seita abominávelmente perversa negou que os corpos dos defuntos fossem ressuscitados e reunidos com suas almas no final dos tempos; o subtítulo do livro enfatizou que também contém uma prova da imortalidade da alma. Com o renascimento do antigo termo "saduceus", ele estava claramente se referindo a indivíduos heterodoxos contemporâneos, incluindo alguns membros da comunidade sefardita de Amisterdã ( israelitas portugueses que eram adeptos do karaísmo), que estavam agitando contra um leque de doutrinas pelo menos uma das quais Maimonides (Abu Omran Maimonides bin Abeid Allah) havia feito (a ressurreição do corpo). em um dos treze preceitos essenciais do judaísmo [rabínico]. Uma pessoa em particular se destaca - Uriel da Costa, um ex-converso nascido e educado em Portugal e morando em Amistedam, ficou desiludido com o judaísmo que considerava praticado e pregado no bairro de Vlooienburg.

[ ] grifo nosso
Link do texto original

Parece que nos temos um mar de Nordestinos descendentes dos saduceus-karaitas de Sefarade ( al Andaluz) por aqui, e os rabinos não suportam isso. 

Levante sua cabeça!
Seus ancestrais sofreram muito por causa da crença em YHVH e em sua Torá al Kitab.
Você também é um dos tais! 

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Ouvi ao profeta Obadias, um paralelo.


Abdallah al Nabi - Paralelo com Flávio Josefo e algumas anotações nossas entre [].

VISÃO de Obadias: Assim diz o Senhor YHVH a respeito de Edom [fariseus, descendentes dos convertidos no período de Hircano]: Temos ouvido a pregação de YHVH, e foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra.

Eis que te fiz [Fariseu] pequeno entre as nações; tu és mui desprezado.

A soberba [lei oral] do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em terra?

Se te elevares como águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas [entre os países poderosos: Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra e etc], dali te derribarei, diz YHVH.

Se viessem a ti ladrões, ou roubadores de noite (como estás destruído![2ª Guerra]), não furtariam o que lhes bastasse? se a ti viessem os vindimadores, não deixariam alguns cachos?

Como foram buscados os bens de Esaú! como foram esquadrinhados os seus esconderijos![2ª Guerra]

Todos os teus confederados te levaram para fora dos teus limites[Espanha 1492 - Alhambra-Expulsão]: os que gozam da tua paz te enganaram, prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão [ouro dos banqueiros] puseram debaixo de ti uma armadilha: não há em Edom entendimento.

E não acontecerá naquele dia, diz YHVH, que farei perecer os sábios (חֲכָמִים) de Edom, e o entendimento na montanha de Esaú?

E os teus valentes, ó Temã, estarão atemorizados, para que da montanha de Esaú seja cada um exterminado pela matança.

Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre.

No dia em que estiveste em frente dele, no dia em que os forasteiros [Pompeu, Tito] levavam cativo o seu exército, e os estranhos entravam pelas suas portas, e lançavam sortes sobre Jerusalém, tu mesmo [fariseu] eras um deles.

No dia [mês de Av;70 EC] em que [tu, fariseu edomita] estiveste em frente dele [Israel], no dia em que os forasteiros [romanos] levavam cativo o seu exército[ os bnei Israel], e os estranhos [romanos] entravam pelas suas portas, e lançavam sortes sobre Jerusalém, tu mesmo [fariseu] eras um deles.

Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão [saduceu], no dia do seu desterro[vendidos para Sefarad]; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia[queda do beit sheni];

Nem entrar pela porta do meu povo[Israel], no dia da sua calamidade; sim, tu não devias olhar, satisfeito, para o seu mal, no dia da sua calamidade; nem estender as tuas mãos contra o seu exército, no dia da sua calamidade;Nem parar nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem: nem entregar os que lhe restassem, no dia da angústia.
Um trecho de vídeo curioso
Porque o dia de YHVH está perto, sobre todas as nações: como tu fizeste, assim se fará contigo: a tua maldade cairá sobre a tua cabeça[ olho por olho; regra dos saduceus].

Porque, como vós bebestes no monte da minha santidade[Santo Templo], assim beberão de contínuo todas as nações: beberão, e engolirão, e serão como se nunca tivessem sido.

Mas no Har Sião haverá livramento; e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.

E a casa de Jacó será fogo, e a casa de José chama, e a casa de Esaú palha; e se acenderão contra eles, e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o SENHOR o disse.

E os do sul possuirão a montanha de Esaú, e os das planícies os filisteus; possuirão também os campos de Efraim, e os campos de Samaria; e Benjamim e Gileade.

E os cativos deste exército dos bnei Israel, que estão entre os cananitas, possuirão até Zarefate; e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarade [al Andaluz - Descendentes de portugueses, espanhóis e africanos do Magrebi e Bilad el Sudan ], possuirão as cidades do Negev.

E levantar-se-ão salvadores no monte Sião, para julgarem a montanha de Esaú; e o reino será de YHVH.

Shabbat shalom!

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Ser karaita? Uma opinião.


Os Qara'im na forma mais profunda do termo, ou partido dos justos(sadiqim) mais tarde transformados em desdém na forma de saduceus(desolados)foram, enquanto os sacerdotes sadiqim não aparecerem para ministrar no III Beit Hamiqdash, são e sempre serão independentes um do outro, seja na forma de grupos, comunidades ou congregações, ou até na forma de indivíduos que leem e pesquisam diferentes cânones das Escrituras Hebraicas (miqra'ot), podem comentar por retórica (arte do al-Calâm -  "teologia escolástica)  e na forma escrita, afim de ajudar outros a se esclarecerem, e viver suas vidas de acordo com seu próprio raciocínio e entendimento dos mandamentos e ordens de YHVH, sem precisar de rabinos ou pastores; senhores que em muitos casos vivem as custas da gordura alheia.  
Máquina de conversão

Ao falar sobre conversão, deve-se ter em mente que a verdadeira ideia qara'ita de conversão é simplesmente o ato pessoal de se juntar e viver em uma congregação liderada por um hakham eleito pela comunidade  ou hazan ( aquele que sabe rezar e conduzir as festividades), ou um karaita comum e que o conceito rabínico de “ giyur” É 100% farisaico. Além do mais os rabinos à luz da Torá al Kitab, não tem autoridade nenhuma de converter alguém a verdadeira religião de Israel. Hoje eles são intrusos que tomaram o poder dos asmoneus de forma pouco honesta, causando a desgraça para o povo de Israel, cuminado com a perda do beit sheni, morte, escravidão e exílio.

Quanto a lei de um estranho se juntar ao povo de Israel, está bem claro na Mikrá al Kitab, e lá não consta nenhuma interferência ou emissão de alforrias para os marranos, certificadas inspecionadas e homologadas, sejam elas de rabinos ou neo karaitas.
"E não fale o filho do gringo, que se houver unido a YHVH, dizendo: Certamente Adonai YHVH me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca." Isaías 56:3
Porque YHVH se compadecerá de Jacó, e ainda escolherá a Israel e os porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com eles os gringos, e se achegarão à casa de Jacó.-Isaías 14:1
Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. -Isaías 56:5
 Rute, que não era israelita disse somente:
 ''O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus (Rt 1.16).
Rute e a velha Noemi
O rito, que segundo o pensamento nosso, poderia ser utilizado, é o rito de "aboio" Nordestino, que guarda as nossas características e as mais profundas tradições ancestrais de nosso povo, que não deve ao nosso ver, ser substituída por ritos alienígenas. Onde "eles", os neo missionários já tentam se apropriar.

Segue um link, de um recorte, dum brilhante trecho cantado por um judeu marrano, do Seridó, um autêntico israelita, seguidor da filosofia dos rabinos; mas israelita. Tomamos a liberdade de preservar, pois quando nós for-mos ao sheol, as gerações futuras podem ouvir e saber que houveram homens e mulheres autênticos.


Boa noite!


terça-feira, 5 de maio de 2020

Eu tive um sonho...


Sonhei que estava vagueando pelos sertões afora (Nordeste do Brasil), e numa cidade pequena, na caída da noite, senti desejo de fazer minhas orações do erev shabbat. Então, me dirigi ao centro da cidade e para minha surpresa vi, um fluxo de pessoas se dirigindo para um recinto bem próximo da suntuosa igreja matriz daquela cidade.

Para meu espanto, aquelas pessoas se trajavam muito parecido com os crentes evangélicos, diferenciando-se apenas que todos usavam cobertura de cabeça, sendo alguns um kipá e outros um chapéu de massa preto, calças pretas e camisas brancas. Ainda notei que eles usavam franjas brancas em suas cinturas. Se eu não estivesse no sertão, juraria de pé junto, que eu estaria em Higienópolis-SP, bairro com muitos judeus.
Eu não estava vestido assim, minha roupa era típica dos tiozinhos do sertão: apragata nos pés, calça de brim marrom e uma camisa surrada, comprada na pedra do mercado, de cor marrom, solta por fora das calças. A única coisa que me aproximaria, ainda que de longe daquela turba, era um kipá branco, daqueles mais parecido com o dos islâmicos e escondido sob minhas roupas, quatro franjas cor de alho poró, ou cor de grama, ou cor do mar(tekhelet).
Sem pensar em ser defenestrado pela turba, segui em direção a sinagoga, enquanto eu passava por debaixo de um alpendre,  alguém me segurou pelo braço, e com uma voz gentil, me disse: " Vamos rezar conosco, já é quase shabbat". Eu me virei e era um senhorzinho, de uns 70 anos, magro, vestido similar a mim, tinha uma barba branca e comprida, com um olhar amistoso. Até parece um amigo que tempos atrás eu conheci em Pernambuco, da família Araújo, que era Shomer Torá al Kitab; karaíta, no sentido mais puro da palavra. Infelizmente apareceu um rabino missionário e o converteu como um estranho, para religião estranha dos rabinos.

Então eu me dirigi ao recinto que aquele senhor queria que eu fosse...

Era bem próximo do largo da cidade, onde estava a sinagoga dos crentes judeus e onde estava a igreja dos também crentes católicos, sem falar que de lá ouvi uma pregação que se fazia na rua...eram os crentes cristãos protestantes.

Subi então uma calçada desgastada, de cimento queimado e me deparei com uma casa de parapeito quadrado, com alpendre na frente, com forquilhas de aroeira, e caibros de pau-branco, a parede era branca , daquelas rebocada com cal, e pintadas com hidro tinta de cal.  Tinha também com uma barra chapiscada de cor verde. A porta estava aberta e havia luz no recinto, passando por um corredor, na sala do meio da casa estava um grupo de sertanejos homens mulheres e crianças começando a rezar, vi um senhor de idade se prostrar e balbuciar umas palavras, que só consegui ouvir "Yerushalaim"....foi a melhor reza que eu já participei.
A pena que me faz, é que foi um sonho, e quando acordei, vi a realidade e o mal que fazem as conversões de nosso povo Israel, para as religiões estranhas a Torá al Kitab, sejam elas judaicas, islâmicas ou crentes cristã.  

Eu tenho medo de me denominar judeu caraíta, pois a logomarca ou termo "judeu" para nós os filhos dos israelitas do al Andaluz, é uma marca que notoriamente possui "donos" e supostamente "direitos comerciais", que obviamente demandariam "royalties", para os seus proprietários banqueiros, empresários e toda sorte de comerciantes, que segundo o renomado professor Castanheira, Nelson Pereira : " Quem empresta, tem o direito de receber o montante emprestado acrescido de juros compostos". Não se iludam achando que alguém te cede um nome, sem te cobrar nada.

A alJama significa  reunião de pessoas', eram comunidades autônomas (cahal em hebraico) nas quais as comunidades israelitas e judaicas durante a Idade Média na península Ibérica eram agrupadas e que governavam a vida de seus membros, garantindo que seus costumes e moral estejam em conformidade com o que é estabelecido pela religião israelita ou judaica. Entre outras coisas mundanas, ajudava os pobres e fornecia escola para os ensinar os filhos de famílias humildes.

O fato, de os israelitas serem derrotados na Grande Revolta Judaica em 70 d.C., a primeira das Guerra saduceu-romana, e na Revolta rabínica de Bar Qoquiba em 135 contribuiu para os números e a geografia da diáspora, pois uma grande parte da população israelita da Terra de Israel foi exilada e muitas pessoas foram vendidas como escravos por todo o Império Romano.

Desde então, os israelitas começaram a viver espalhados em quase todo os países do mundo, principalmente ao derredor do mar mediterrâneo e nas terras dos sarracenos(Arábia), sofrendo com a escravidão, discriminação, preconceito, opressão, pobreza e até genocídio.

Houve períodos, todavia, de prosperidade cultural, econômica e individual em vários locais, como em Alandalus (Sefarad), até serem novamente perseguidos, convertidos a força, expulsos, degredados, escravizados, pela Berbéria, Bilad el Sudan, ilhas do atlântico, por fim enviados como "colonizadores na marra" para o novo mundo.

Muitos pensam erroneamente, que os autênticos filhos dos israelitas, desejam ser reconhecidos como judeus do judaísmo dos rabinos, muito pelo contrário, Deus nos livre disto.

"Para nós, este suposto reconhecimento, seria nossa assimilação final e estaríamos vinculados a outras tribos dos ben Adam, excluídos da aliança que YHVH fez com nossos pais. "

A nós, pertencem os profetas, as alianças e a esperança de uma dia, quem sabe?"no próximo ano?" voltar para nosso antigo lar, assim como profetizou o nosso querido profeta Abdullah 1.20 (Obadias)
Israel Beitenu! ( Israel é nosso lar!)
"Os exilados de Jerusalém que estão em Sefarad, retornarão!".

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Rastros de nossos algozes por aqui...


No litoral de Touros-RN, há um marco português da época dos descobrimentos, enquanto o decreto de alAmbra (الحمراء; "a Vermelha"), que tratava de enxotar os "judeus" da Espanha, Sefarade ou al Andaluz, ainda estava fresquinho, pois o dito cujo, foi selado por Zabel em 1492 e o descobrimento cabralino foi na Páscoa  de 1500.

É de conhecimento público e notório, que houve a expulsão dos não católicos da Espanha em decorrência das guerras de reconquista, vitimando os mouros, israelitas que oram parecendo mouros e  também judeus rabínicos;

Que os degredados, se espalharam para os 4 ventos, indo para os países do norte, Norte d'Africa, leste (Turquia e Egito) e também para as terras do oeste; leia-se Portugal e depois Brasil;

Também é de conhecimento público e notório, que muitos israelitas, judeus (principalmente pobres e trabalhadores) e mouros foram convertidos  a fé cristã para não serem expulsos de Espanha;

Sabemos depois, que a inquisição foi instalada na Ibéria para reprimir as ressurgências às velhas práticas atacando principalmente israelitas, judeus e moiriscos; em Portugal a Santa Inquisição, que de santa não teve nada, levava o nome de Santo  Ofício e fez as suas vítimas na fogueira e outras crueldades a mais;

Que muitos escravizados vieram d'Africa para o Brasil, dos portos de Guiné Bissau, Angola e Moçambique; e que muitos eram mestiços islamizados, tanto o é, que por aqui tivemos a revolta dos Malê na Bahia;

Que muitos dos nordestinos, descendem destes povos que aqui aportaram. Pseudo portugueses; pseudo espanhóis; pseudo holandeses, pseudo negros, negros e por último os aborígenes Tupi; é tanto que segundo alguns o DNA dos nordestinos é 80% compatível com os povos ibéricos.  

Que temos costumes que nos aproximam, dos assim nomeados hereges Saduceus de Espanha (karaitas espanhóis); os israelitas que comiam carne com lactíneos e só criam no Torá escrita de Moisés, desprezando o talmude dos rabinos;

Que os rabinos, "as sereias cantoras" da atualidade (segundo o paraibano Alexandre Ashyb), que querem levar para o fundo do mar do esquecimento e morte do movimento de retorno, todos os marranos do nordeste, convertendo-os como se fora gringos (estranhos a Israel), sendo que os marranos do nordeste são israelitas e para a teshubah não é necessário nenhuma conversão, mesmo porque os rabinos não tem o poder de converter ninguém a verdadeira religião de Israel, por serem eles mesmos estranhos residentes.
"[...]Ninguém quer cair sozinho, pois sempre intenciona levar outros para o buraco. Com relação a isso, eu dou uma dica aos marranos: resistam ao canto das sereias (rabinos)." -  Alexandre Ashyb
Curiosamente, esta semana, estive lembrando de um livro que outrora passou pelas minhas mãos: este livro era bem conhecido entre os nordestinos; mais uma prova dos laços com as terras da Íbéria e do contato com os nossos algozes fariseus.

"Falo do livro al-manākh Perpétuo do rabino Judeu sefárdico, astrónomo, matemático e historiador cabalista Abraham bar Samuel Abraham Zacut de 1496!"
O rabino Zacuto nasceu na Espanha em Salamanca, em cerca de 1450. Estudou astrologia e astronomia e tornou-se professor destas disciplinas na Universidade de Salamanca, e mais tarde nas de Saragoça e Cartagena. Também se formou em lei judaica e tornou-se rabino. Ainda em Espanha, escreveu e publicou em 1491 um tratado de astronomia em hebreu, com o título Ha- Hibbur ha-Gadol.

O célebre Almanach Perpetum foi escrito entre os anos de 1473 e 1478, data que é referida pelo seu autor na sua introdução. O livro foi reeditado e impresso tipograficamente em Leiria em 1496, tendo sido traduzido do hebreu para o latim e do latim para o castelhano por Mestre José Vizinho, médico da corte de D. João II e astrônomo, que foi discípulo do rabino Zacuto.

Quando da expulsão dos judeus de Espanha em 1492, Zacuto refugiou-se em Lisboa, Portugal. Foi chamado à corte portuguesa e nomeado Astrónomo e Historiador Real por João II, cargo que exerceu até ao reinado de Manuel I.

O Rabino Zacuto viveu em Portugal apenas 6 anos, porque em 1496 Manuel I seguiu o exemplo dos Reis Católicos de Espanha e decretou a expulsão do país de todos os judeus que recusassem a conversão ao catolicismo através dos batismo. 
"O rabino Zacuto foi um dos poucos a conseguir fugir de Portugal após as conversões à força e as proibições de emigração que Manuel I impôs aos judeus portugueses.
O rabino Zacuto refugiou-se em Tunes, no Norte de África, tendo depois ido para a Turquia, vindo a morrer na cidade de Damasco (Império Otomano) depois do ano de 1522.

Em 1504, em Tunes, rabino Zacuto escreveu uma História dos Judeus, Sefer ha-Yuasin, desde a Criação do Mundo até 1500, e ainda vários tratados astronômicos. 

Foi este mesmo rabino Zacuto, que desejou, que os ossos de nosso querido caraíta de Espanha; Aben Al Taras fossem quinados no inferno. Quando as chamas do inferno da inquisição bateram em sua porta ele rapidinho fugiu. De fato, quando a coisa aperta eles sempre  fogem para aparecerem depois como salvadores. 

 Boa quarta feira!