quarta-feira, 29 de abril de 2020

Rastros de nossos algozes por aqui...


No litoral de Touros-RN, há um marco português da época dos descobrimentos, enquanto o decreto de alAmbra (الحمراء; "a Vermelha"), que tratava de enxotar os "judeus" da Espanha, Sefarade ou al Andaluz, ainda estava fresquinho, pois o dito cujo, foi selado por Zabel em 1492 e o descobrimento cabralino foi na Páscoa  de 1500.

É de conhecimento público e notório, que houve a expulsão dos não católicos da Espanha em decorrência das guerras de reconquista, vitimando os mouros, israelitas que oram parecendo mouros e  também judeus rabínicos;

Que os degredados, se espalharam para os 4 ventos, indo para os países do norte, Norte d'Africa, leste (Turquia e Egito) e também para as terras do oeste; leia-se Portugal e depois Brasil;

Também é de conhecimento público e notório, que muitos israelitas, judeus (principalmente pobres e trabalhadores) e mouros foram convertidos  a fé cristã para não serem expulsos de Espanha;

Sabemos depois, que a inquisição foi instalada na Ibéria para reprimir as ressurgências às velhas práticas atacando principalmente israelitas, judeus e moiriscos; em Portugal a Santa Inquisição, que de santa não teve nada, levava o nome de Santo  Ofício e fez as suas vítimas na fogueira e outras crueldades a mais;

Que muitos escravizados vieram d'Africa para o Brasil, dos portos de Guiné Bissau, Angola e Moçambique; e que muitos eram mestiços islamizados, tanto o é, que por aqui tivemos a revolta dos Malê na Bahia;

Que muitos dos nordestinos, descendem destes povos que aqui aportaram. Pseudo portugueses; pseudo espanhóis; pseudo holandeses, pseudo negros, negros e por último os aborígenes Tupi; é tanto que segundo alguns o DNA dos nordestinos é 80% compatível com os povos ibéricos.  

Que temos costumes que nos aproximam, dos assim nomeados hereges Saduceus de Espanha (karaitas espanhóis); os israelitas que comiam carne com lactíneos e só criam no Torá escrita de Moisés, desprezando o talmude dos rabinos;

Que os rabinos, "as sereias cantoras" da atualidade (segundo o paraibano Alexandre Ashyb), que querem levar para o fundo do mar do esquecimento e morte do movimento de retorno, todos os marranos do nordeste, convertendo-os como se fora gringos (estranhos a Israel), sendo que os marranos do nordeste são israelitas e para a teshubah não é necessário nenhuma conversão, mesmo porque os rabinos não tem o poder de converter ninguém a verdadeira religião de Israel, por serem eles mesmos estranhos residentes.
"[...]Ninguém quer cair sozinho, pois sempre intenciona levar outros para o buraco. Com relação a isso, eu dou uma dica aos marranos: resistam ao canto das sereias (rabinos)." -  Alexandre Ashyb
Curiosamente, esta semana, estive lembrando de um livro que outrora passou pelas minhas mãos: este livro era bem conhecido entre os nordestinos; mais uma prova dos laços com as terras da Íbéria e do contato com os nossos algozes fariseus.

"Falo do livro al-manākh Perpétuo do rabino Judeu sefárdico, astrónomo, matemático e historiador cabalista Abraham bar Samuel Abraham Zacut de 1496!"
O rabino Zacuto nasceu na Espanha em Salamanca, em cerca de 1450. Estudou astrologia e astronomia e tornou-se professor destas disciplinas na Universidade de Salamanca, e mais tarde nas de Saragoça e Cartagena. Também se formou em lei judaica e tornou-se rabino. Ainda em Espanha, escreveu e publicou em 1491 um tratado de astronomia em hebreu, com o título Ha- Hibbur ha-Gadol.

O célebre Almanach Perpetum foi escrito entre os anos de 1473 e 1478, data que é referida pelo seu autor na sua introdução. O livro foi reeditado e impresso tipograficamente em Leiria em 1496, tendo sido traduzido do hebreu para o latim e do latim para o castelhano por Mestre José Vizinho, médico da corte de D. João II e astrônomo, que foi discípulo do rabino Zacuto.

Quando da expulsão dos judeus de Espanha em 1492, Zacuto refugiou-se em Lisboa, Portugal. Foi chamado à corte portuguesa e nomeado Astrónomo e Historiador Real por João II, cargo que exerceu até ao reinado de Manuel I.

O Rabino Zacuto viveu em Portugal apenas 6 anos, porque em 1496 Manuel I seguiu o exemplo dos Reis Católicos de Espanha e decretou a expulsão do país de todos os judeus que recusassem a conversão ao catolicismo através dos batismo. 
"O rabino Zacuto foi um dos poucos a conseguir fugir de Portugal após as conversões à força e as proibições de emigração que Manuel I impôs aos judeus portugueses.
O rabino Zacuto refugiou-se em Tunes, no Norte de África, tendo depois ido para a Turquia, vindo a morrer na cidade de Damasco (Império Otomano) depois do ano de 1522.

Em 1504, em Tunes, rabino Zacuto escreveu uma História dos Judeus, Sefer ha-Yuasin, desde a Criação do Mundo até 1500, e ainda vários tratados astronômicos. 

Foi este mesmo rabino Zacuto, que desejou, que os ossos de nosso querido caraíta de Espanha; Aben Al Taras fossem quinados no inferno. Quando as chamas do inferno da inquisição bateram em sua porta ele rapidinho fugiu. De fato, quando a coisa aperta eles sempre  fogem para aparecerem depois como salvadores. 

 Boa quarta feira!

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