quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Os "b´nei Qaréos gharb al Andaluz no NE setentrional" existem?


Um B'nei Qará ou Qaréo da Hégira Gharb Al Andaluz, é um descendente físico (étnico - blood line) dos antigos israelitas andaluzes medievais, que foram exilados no Brasil, mas precisamente para a região do Nordeste setentrional( partes do estados do Ce, RN, Pb e Pe), durante as emigrações para posse da terra brasileira promovidas pelo império português e também durante a empreitada da West-Indische Compagnie(Holandêses).
Depois destas emigrações forçadas, os israelitas reshaim, meshumadim, anusim e marranos que aqui ficaram, com o passar do tempo ficaram conhecidos como os "sertanejos do nordeste", fadados a fome, analfabetismo, idolatria imposta, manipulação política e religiosa das elites dominantes que trabalham para manter estes homens, mulheres, anciãos e crianças no obscurantismo, chegando ao ponto de até os supostos irmãos "judeus oficias", não os reconhecerem (não irão reconhecer nunca!) e os tratarem com desdém, obrigando-os a se converterem como goi(gringo). 
Seranejo do Nordeste - Um Cabra

Curiosamente; temos um relato no miqra'ot, em que uns irmãos não reconheceram o outro irmão, que ao final acabou sendo(este) o salvador de toda a sua família.
Esta região do nordeste era identificada por Ariano Suassuna (z'l), como Republica do Couro, onde costumes como o de comer carne de sol com queijo de coalho e queijo de manteiga, bolachas de água e sal, rapadura, temperos de cominho, coentro, colorau (para retornar a cor da carne que foi tirada pelo sal), jerimum, coalhada seca, coalhada, cuscuz, chá de hortelã, fava, maxixe, o linguajar arcaico do povo que ainda usa o "b" invés do "v", para bassoura e o canto dos vaqueiros chamando o gado, que segundo alguns nos remete as canções dos "mouriscos" de al Andaluz medieval, pelas semelhanças entre o aboio do vaqueiro nordestino e o canto tradicional Árabe.

Muitos dos anusim contemporâneos temem serem rotulados com o termo “filhos dos saduceus, b'nei tzaduquim, b'nei saddiqim”, apresentando-se sempre como anusim bnei perushim, filhos dos judeus rabínicos e etc, para conseguir tirar vantagem dos rabinos que por ora mandam e desmandam na terra de Israel e retornar para a terra de Israel como Olim(imigrante legal).

No Talmud da Babilônia nos catalogam juntamente com os imbecis:
"Se alguém envia seu erub através de um surdo-mudo, de um imbecil, ou um infanto, ou através de alguém que não aceita a nossa regra do erub, [tais como  o Cutita ou um saduceu ], o erub é inválido. (Mishnah Eruvin 3: 2")
Nós, os sadiqim(saduceus) nestes tempos, não temos nenhum problema quanto a isto, pois em al Andaluz (Espanha e Algarve) durante a idade média além da perseguição cristã, formos perseguidos pelos nossos irmãos rabínicos e rotulados como “hereges saduceus”, vermes, doentes e outras diatribes. Mantemos nossa crença na Torá al kitab e em YHVH.  

Além do mais, os usos e costumes de abate, regras da parturiente, mistura de leite e carne denuncia a nossa origem saduceia, e é por isto que por vezes penso que os rabinos  estão dando chiliques e passamentos. Querem, porque querem, converter os anusim do Nordeste como se eles não fossem israelitas e sim gringos, goy ou zerá Israel, afim de apagar nossa origem como filhos legítimos de Abraão, Isaque e Jacó.
Por outro lado, há um grande problema "criado" pelos Europeus do Leste, Norte Americanos e Egípcios para aceitar quem é Qara´ím em certas "novas" comunidades neste al Gharv; e de nossa parte, pelo desconhecimento da maioria anusim do esplendor dos qaréos al andaluz e de quão importantes são eles.
"Se o jumento soubesse a força que tem, não puxava uma carroça!."
Outro fator preponderante é a falta de credibilidade e desorganização das alJamas(congregações), grupos e pessoas que se definem como karaítas e envergonham por suas ações nefastas, as sarandalhas nestas terras.



“Anu amecha v'atah Elokeinu"

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