domingo, 10 de fevereiro de 2019

Hakham Al Taras

درهم
Dirrã de Saladin sec 11

Hakham Sid aben Al Taras
Qaréo Al Andaluz

Viveu no final do século 11, era um estudioso biblista  qaréo de al-Andaluz. De acordo com Abraham aben Daud e Joseph b. Ẓaddik, Al Taras foi em sua juventude de al Andaluz (Castela) para Eretẓ Israel, onde se tornou talmid do qaraíta Abu al-Faraj (provavelmente Yeshua aben Judá - Josué filho de Judá). 
Quando este retornou à Andaluzia, trouxe de volta um livro  dos ensinamentos de seu rabino e não apenas tentou circulá- lo entre os qaréos de Al Andaluz [Entende-se aqui que já havia judeus não rabínicos em Andaluzia], mas também tentou ganhar adeptos para o qaraím entre os judeus rabínicos sefarditas.
Foto meramente ilustrativa *
Para corroborar que já havia judeus não rabínicos em Al Andaluz, W. Rule escreve que: "Se foi Al Taras convertido dessa forma de pensar quando esteve em Jerusalém por um qaraita chamado em árabe Abul Faradg; Aben al Taras voltou de Jerusalém para a al Andaluz no ano 1109 ou 1110, e se isso que ele diz é verdade, seria que até então, não havia qaréos em Al Andaluz, o que é inconsistente com muitos fatos da história e palpáveis em contradição com o registro de Abraham Ben Simchah 123 anos, pelo menos antes do retorno de Aben Al Taras com os escritos de Abul Faradg."

Altaras - meramente ilustrativo

Após a morte de Al-Taras (assasinato; talvez dado a situação na Espanha), sua esposa, que é referida pelos qaréos de Al Andaluz como al-Muallima ("a professora") e foi considerada por eles uma autoridade na prática religiosa, continuou a difundir os ensinamentos e práticas do qaraísmo, até que os Qaréos fossem expulsos da Espanha. [...]



Abraão aben Daud dá indicações que a pregação de aben Al Taras, levou os líderes dos fariseus de Sefarad a uma ação virulenta e Joseph Ferrizuel "Cidellus" (Alkabri), um judeu rabínico favorito do el Rei Afonso VI; deste obteve autoridade para expulsar os israelitas não rabínicos de todas as cidades de Al Andaluz, exceto segundo mito; de uma(talvez o kahal Burgáh).

No livro "The Myth of the Andalusian Paradise" de Darío Fernández-Morera diz que o r. Nagrela vangloriou-se do fato que os rabinos de al Andaluz tiveram grande sucesso em explulsar os qaréos de Andaluz para as terras dos islamicos (Maghrebi). No período islâmico, considerada a idade muito elogiada da “tolerância” dos Omíadas(الأمويون) foi caracterizada por perseguição, decapitação e crucificação. No verdadeiro estilo colonialista, os conquistadores muçulmanos fizeram o possível para apagar nomes e idiomas locais.

No livro da Cabala, Aben Al Taras é tratado desdenhosamente como “velho malvado e ímpio” e R. Abrão Zacuto no fim do livro Juchasin, em que também fez menção dele, diz que os “seus ossos são pisados no inferno”.
Pág. de rosto de Juchasin - Abrão Zacuto

Fontes:
Steinschneider, em: jqr, 11 (1899), 624, n.755; Mann, Texts, 2 (1935), 3, 39; L. Nemoy (ed.), Karaite Anthology (1952), xxi (introdução), 124; Z. Ankori, Karaites em Bizâncio (1959), 359n .; Ibn Daud, Tradição, xlvi, 94-95, 164-5; J. Rosenthal, Meḥkarim u-Mekorot (1967), 238; Baer, ​​Espanha, 1 (1966), 65, 390-1.


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