quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Ao Qohen Zaduq Israili, ou ao Edom Fariseu?

"Os cães latem e a caravana está andando"


Começo aqui, meus caros amigos com uma pergunta: O que é uma confusão sem fim? pois até o rabino dos nazarenos diz, que eles os separatistas no meio do povo de Israel, tem uma nova lei a cada momento, ao gosto do vereador deles que está no poder naquele tempo? Há tantas leis inventadas que o próprio rabino de Nazaré que nunca foi do nosso partido saduceu diz:
"Então falou Ieshua ha Natazaratim à multidão, e aos seus discípulos, dizendo:
Na cadeira de Musa ha Nabi estão assentados escribas (os que escrevem novos posseq - "halakhic decisors") e fariseus (separatistas).
Todas as coisas, pois, que vos disserem (de Musa ha Nabi) que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem;
Pois atam fardos pesados (mandamentos derabanan) e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos ben Adam; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los;
E fazem todas as mitzvotim a fim de serem vistos pelos ben Adam; pois trazem largos tefilin, e alargam as franjas de seus talites,
E amam os primeiros lugares nas seud'ot e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi.
Mateus 23:1-7
é curioso, não?

No livro de Deuteronômio 17.9-11 está escrito e é claramente declarado que os Qohanim da tribo de Levi (ibn Isreaili), serão os líderes e os juízes do povo de Israel, e não os rabinos.
"E virás aos sacerdotes levitas, e ao juiz (qohem) que houver naqueles dias, e inquirirás, e te anunciarão a sentença do juízo.
E farás conforme ao mandado da palavra que te anunciarem no lugar que escolher YHVH; e terás cuidado de fazer conforme a tudo o que te ensinarem.
Conforme ao mandado da Torá que te ensinarem, e conforme ao juízo que te disserem, farás; da palavra que te anunciarem te não desviarás, nem para a direita nem para a esquerda.
O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao Senhor teu Deus, nem ao juiz (qohen), esse homem morrerá; e tirarás o mal de Israel;
Para que todo o povo o ouça, e tema, e nunca mais se ensoberbeça.
Deuteronômio 17:9-13


Eles devem tomar decisões sobre a lei da Torá de Musa ha Nabi e suas decisões serão finais(não da lei de boca dos rabinos). De fato, é declarado no versículo 12:

"O homem pois que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir a YHVH teu Deus, nem ao juiz, o tal homem morrerá: e tirarás o mal de Israel:"
Então, o poder absoluto era o poder dos qohanim como definido nas leis escritas do Livro de Deuteronômio.

É ainda mais enfatizado em Dt. 17: 14-20, nas leis relativas a um maliq de Israili, que indicam claramente que o poder do monarca será limitado. Lá, depois de listar os elementos dos privilégios de um rei que deveriam ser restringidos, declara que após sua coroação, ele deve escrever uma cópia da Torá Shebiktav na presença dos qohanim , para que ele não se sinta superior ao seu povo!!!.
Dt. 17:18

"Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si um traslado desta lei num livro, do original que está diante dos sacerdotes levitas."

Esta é somente uma parte dos atributos dos qohanim, há mais leis que indicam o poder superior dos qohanim na comunidade do povo de Israili. 

No capítulo 21 está claro que todas as decisões que afetam o povo de Israili serão feitas pelos qohanim, “Porque o Senhor teu Deus os escolheu para servi-Lo.”, não menciona nada sobre supostos superpoderosos ravs fariseus, que hoje se arrogam donos do pensamento de todo israili, e alardeiam que a Torá al kitab de Musa ha Nabi, é incompleta e só o pensamento destes ravs separatistas pode corrigi-la, no mínimo não tem nenhum agradecimento com nosso profeta Moisés, para não dizer mais..

Capítulo 24 se reitera que devemos estar em guarda para aderir estritamente a obedecer a tudo que os qohanim nos digam.

E em Dt. 31, lemos que Moisés escreveu:
 “Esta Torá (al kitab) e entregou aos qohanim, os filhos de Levi, na presença de todos os zaqenim(זקנה בישראל) de Israili."

Aqui não menciona nada a rabinos fari'ZEUS.....humm, porque será , hein?

Mas não há afirmação mais poderosa da autoridade divinamente ordenada do sacerdócio saduceu do que a declarada no livro do profeta Ezequiel.

Ezequiel, que viveu em Babel após a destruição do I Templo pelos babilônios, tem muitas visões fascinantes que induzem citações proféticas com entusiasmo e inspiração. Várias de suas profecias falam da restauração de Jerusalém e da reconstrução do Templo, em algumas das quais ele fornece especificações detalhadas do novo edifício.

Em Ez.43:19 e 44: 15-31, ele afirma categoricamente que os qohanim, os sacerdotes levitas, serão os líderes do povo de Israel e tomarão as decisões assertivas que afetam a nação.

No altar, nos recintos do templo, ele diz que: 

19 Aos sacerdotes levitas, que são da descendência de Zadoque, que se chegam a mim, diz YHVH Deus, para me servirem, darás um novilho para oferta pelo pecado. 
Em Ez. 44:15,16 que temos a declaração mais poderosa sobre a legitimidade do sacerdócio zadoquita.

Lemos o seguinte: 

"15 Mas os sacerdotes levitas, os filhos de Zadoque, que cumpriram as prescrições do meu santuário, quando os filhos de Israel se extraviaram de mim, eles se chegarão a mim, para me servirem, e estarão diante de mim, para me oferecerem a gordura e o sangue, diz o YHVH Deus.16 Eles entrarão no meu santuário, e se chegarão à minha mesa, para me servirem, e cumprirão as minhas prescrições."
 Não fala nada de rabinos fariseus, os separatistas... 


Em seguida dos detalhes das vestes que os qohanim devem usar no serviço e outros detalhes que dizem respeito apenas aos sacerdotes, ele prossegue declarando sua autoridade sobre o povo. 

44.23 "A meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano e o farão discernir entre o imundo e o limpo."

44:24. “Eles devem julgar (juízes) qualquer disputa e julgar de acordo com as minhas leis. E os meus ensinamentos e a minha lei, e todos os "moedim" determinados guardarão, e santificarão os meus sábados."

Fica obvio que essas declarações na Torá al kitab e nas palavras de Ezequiel ha Nabi, que estabelecem a supremacia do sacerdócio dos descendentes de Zadoq e hoje nos vemos que os rabinos fariseus usurparam tal poder, não se sabe autorizado por quem; talvez por haNakhsh, o leviatã. 

Ai aparecem os usurpadores separatistas husky e  fazem uma balbúria e depois nos culpam, dizendo que os seguidores da Torá al Kitab de Musa Ha Nabi, é que são um partido de "uma confusão sem fim".


***
Esses são os fundamentos no miqra'ot para a legalidade do sacerdócio zadoquita e a manutenção de sua posição como os Qohanim Gadolim v'Israili. 



Além dessas declarações divinas inspiradas por Musa ha Nabi e Ezequiel, há mais um elemento na pretensão zadokita, e esse é o precedente de terem mantido o sacerdócio por 350 anos. 



Apesar do fato de terem sido expulsos pelos os zelotes (huskys bravios) e terem perdido o Templo em 70 E.C. Os Saduceus ainda são, na verdade, os únicos qohanim legítimos líderes Qhal Israili, o resto são fábulas de La Fontaine, e barulhos de cães siberianos. 
( Gravura de Antioco Epifânio)
Os Zadoqim, sem dúvida, lamentam o período obscuro que foram submetidos aos ditames de Antíoco IV Epifânio, mas os Asmoneus apareceram e  o tempo passou e novamente voltaram, e desapareceram em seguida, para em um momento em que aprouver YHVH ressurgirão, para novamente guiarem Am Israili e sua teshubá às tradições da Torá al kitab (Escrita), como elas as entendiam e foi revelada por YHVH no Har Sinai..

Uma ótima semana a todos.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Série: Nossos Tzadiqim queridos! Shamai Ha Zaken

 "Escute ao Velho"
No miqra'ot está escrito no livro de Crônicas que Roboão procurou conselho com os anciãos, que estiveram perante Salomão ha Melekh seu pai, enquanto viveu, dizendo: 

Shamai - o velho - Nosso querido sadiq, nasceu em 50 antes da E.C. e nos deixou em 30 da E.C – 3810 no ano da Criação. Foi um al hakim do  1º século da E.C. e uma figura importante,  um sábio remanescente da antiga halaqá dos justos. Ele era oposto do judaísmo fariseu dos Hilelitas, tanto é, que ele aparece no talmud como antítese dos rabinos. Sendo incluído na literatura rabínica, a "Mixená" como um fariseu odioso, para evitar que gerações posteriores o descobrissem como o líder da oposição ao judaísmo dos rabinos.
*agrimensor. 

Alem disso o R. Yaakov Medan, chefe da Yeshiva Har Etzion em Gush Etzion, segundo uma série de artigos publicados no jornal Makor Rishon, disse que "há hipótese" de que houve extensos laços entre os saduceus, betusianos e a Casa de Shamai. Para mim, não foi nenhuma novidade, pois sempre foi querido no partido dos sadiqim.
R.Medan
Desta forma se pode se explicar a excomunhão do rabino Eliezer ben Hur'qanus que sustentou uma opinião de Shamai.

Shamai al hakim, foi o mais eminente contemporâneo e o oponente aalakhico do rabino fariseu Hillel, e quase sempre é mencionado junto  dele. Embora fossem contemporâneos, Hillel tinha quase 60 anos no momento do nascimento de Shamai em ~ 50 a.E.C.

Shamai fundou uma escola própria, conhecida como a Casa de Shamai, ( os fariseus chamam de escola do ódio) que diferia fundamentalmente da de Hillel(que os fariseus chamam de escola do shalom); e muitos dos ditos diretos de Shamai são incorporados naqueles transmitidos em nome de sua  escola.

A escola de pensamento de Shamai tornou-se conhecida como a Casa de Shamai. Depois de Menahem, o Saduceu-Beit-issim, foi excomungado pelos 60 rabinos fariseus do cargo de Av Beit Din (ou vice-presidente) do Sinédrio, Shamai foi empossado.

Quando que Hillel morreu, cerca de 20 E.C., Shamai tomou seu lugar como presidente, e nenhum vice-presidente da minoria da torá oral que foi eleito teve impeto de derribar Shamai, e  a escola de Shamai alcançou ascendência completa, durante a qual Shamai editou as "18 ordenanças" de acordo com suas idéias e de acordo com a Torá al kitab de Musā ha Nabi.

O Talmud afirma que quando o grupo de rabinos pró torá oral (de boca), tomou conhecimento de uma das ordenanças, contrariamente à opinião de Hillel, o dia "foi tão terrível" para os rabinos quanto o dia em que o bezerro dourado foi feito por Israel. Shabat -17a (literalmente eles rasgaram as sedas, tiveram um xilique).

O conteúdo exato das ordenanças não é conhecido [tudo foi ocultado em Iavneh], mas eles parecem ter sido pensadas para fortalecer a identidade israelita, insistindo na severa separação entre israelitas e goim(edomitas); sendo esta uma abordagem considerada divisiva e misantropa, pelos mestres fariseus edomitas oponentes de Shamai. Só podia ser assim; não é?


Nota: Misantropia é a aversão ao ser humano e à natureza humana no geral. Também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas ou um determinado grupo de pessoas. Um misantropo é alguém que desconfia da humanidade de uma forma generalizada.

Legado:
O neto de Hillel Gam'Liel conseguiu chegar ao cargo de presidente após Shamai al hakim no ano 30 EC, mas o Sinédrio permaneceria dominado pela filosofia da casa de Shamai até cerca de 70, durante a queda do Templo. Ai, os saduceus saem de cena literalmente, e temos a ascensão dos rabinos por mais de 2.000 anos, até a corrente data, com seus preceitos por cima de preceitos e virulenta oposição contra o remanescente dos justos no exílio.

No Conselho de Jamnia, segundo os rabinos fariseus, uma "voz do  céu- Bat Qol” - disse que anulou a legalidade das decisões da casa de Shamai em Yerushalmi Berakhot ,1:4. 

Até parece conto da carochinha, pois como uma voz do céu ia anular a justiça para impor a impiedade? Só se fosse um djnin malvado, daqueles dos filmes de W.Disney..mas não sei se isto existe.

É por isso que o judaísmo rabínico segue Hillel, que foi chefe dos fariseus e opositor dos saduceus.  No entanto, dada a grande diferença em suas idades (Hillel com 60 anos de idade do que Shamai), é mais provável que o sinédrio farisaico nascente estivesse mais familiarizado e tivesse mais respeito pelo trabalho de Hillel que era fariseu e não com um saduceu. É óbvio.

Al Hakim Shamai, participou ativamente das complicações políticas da guerra contra os romanos e edomitas, e também das disputas religiosas pelo poder e estabelecimento da lei de boca pelos fariseus de sua terra natal durante o cerco da cidade e a destruição do beit sheni,... durante a guerra civil criada pelos fariseus, que levou os "outros" de Jerusalém para o exilio em Sefarad; e com quase 100% de certeza, estes eram os saduceus de Jerusalém. O serviço contra os saduceus foi completado depois por Adriano, imperador romano, e  Espanhol de nascimento.

"Os fariseus nos transformaram em um vale de ossos secos"(tiraram nossa cidadania, nos deram escravidão e exílio).

Eles dizem que nosso hakim, tinha um temperamento severo, com a característica de firmeza e rigor na lei escrita de Moisés (torá al kitab). 

Conta uma galhofa farisaica, que certa vez, quando um goi veio até ele e pediu para ser transmutado em israelita sob a condição de extrema brevidade ("em um pé"), Shamai considerou impossível, e o expulsou, taxando-o de descarado.

Hillel acolheu o descarado suavemente dizendo: "O que é odioso para você, não faça com seus companheiros. Esta é toda a Torá ; o resto é a explicação. Vá e aprenda ser judeu como eu." Esse goi posteriormente foi  convertido na Beit Hillel - Shabat, 31a.

Visão religiosa:

Contrariando a malidicência dos fariseus, Shamai al hakim, recomendou uma abordagem  amigável em relação a todos os ben Adam. 

Seu lema era:

"Faça o estudo da Torá (al kitab) sua principal ocupação, fale pouco, mas realize muito, e receba todos os ben Adam com um semblante amigável".

Ademais, ele era humilde e temperado  mesmo em direção a seus alunos.

Nas suas visões religiosas, pela lente dos fariseus, Shamai al hakim era conhecido por ser rigoroso(shomer Torá al kitab). Segundo eles contam "Ele queria que seu filho, jejuasse enquanto ainda era criança", conforme com a lei em relação ao jejum em Yom Kippur (o dia da expiação); Ele foi dissuadido de seu propósito apenas pela insistência de seus amigos ( Yoma , 77b). Ele dizem também que uma vez, quando sua nora deu à luz um menino em Sukkot (a Festa dos Tabernáculos), ele abriu o telhado da câmara em que se deitava para fazer uma sukah , para que seu neto recém-nascido cumprisse a obrigação do haj ( Sukkah , 28a).

Só faltou dizer "ele não" e que ele bebia sangue de criancinhas...é uma jocória atras de outra.Bah!

Fontes de Pesquisa: Talmud Bavli e Enciclopédia Judaica.

Quem me dera, ter sido discípulo de Shamai al Hakim naqueles tempos, e poder me sentar aos seus pés !!!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Esaú - O conselheiro para assuntos estratégicos dos anusim !

(foto meramente ilustrativa)
Alguns dos anusim são homens e mulheres instintivos, acostumados a agir afim de alcançar o objetivo de sobreviver em tempos de crise e quando bons ventos soprarem a favor, serem re-conhecidos pelos judeus do leste europeu - askenazim ou ainda pelos sefardim, que não tiveram que se converter, e já chegaram no Brasil em melhores condições do que os exilados de Al-Andaluz.

Estes novos conversos, certamente jamais pararam, para avaliar  e se nalgum tempo fizeram, caiu no esquecimento  o que significava ser filho legítimo (de sangue) de seu pai Israel, que por sua vez é o legítimo herdeiro da promessa que Elohim fizera a Abraão, promessa que um dia seria passada a eles, os b'nei Israel. 

Na mente gentilizada pela violação contumaz da igreja e um tanto obscurecida pelo sofrimento de 20 gerações, aberta e atraída para a vida e a expressão dos seus instintos humanos, livre como a dos animais na liberdade da natureza do campo; alguns não lembram ou tem nenhuma reverência ou senso de valor da promessa que Elohim fizera ao velho patriarca de Ur, nem tão pouco aos escritos dos nabi'im do Qará.

O fato é que muitos anusim aceitam a proposta de seu irmão "expertíssimo", que diz: " Giyur é só um processo!!!" e vendem sua primogenitura por um pedaço de papelão e umas míseras rubricas. 

Este anusi manda às favas (aliás, trocou por favas) a herança material e a berakhá de Israel, a herança material e benção de Abraão, a bênção dos patriarcas, o maior patrimônio que existe sobre a terra, desde o tempo em que Adão, o jardineiro que desastrosamente (e por tudo o que o fruto magnífico ao olhar representava por trás de sua aparente simplicidade de satisfação imediata) perdera a posse do Éden e da Árvore da Vida.
Vemos no Qará este lindo e poético diálogo, que para uns, é apenas escritos de velhos, sem importância.

Mas a frente temos e teremos o resultado:


Não quero dizer aqui, que não haja conversões, pois no retorno para casa, alguma conversão precisa, mas não se pode iludir pessoas esperançosas gentios ou não, que como um passe de abracadrabra, este se transforme em bnei Israel, já que o acordo entre YHVH e Abrãao , foi uma Berit ha Olam.- Aliança "Eterna",e homem algum , mágico ou não, jamais poderá muda-la.
Espero que este não seja o resultado, daqueles que trocam o seu direito de primogenitura, indagando em seus pensamentos que o Altíssimo de Israel os esqueceu.

Uma divagação, para pesquisa:

"Quando o Sanhedrim retornar, as normas e os decretos alheios(acréscimos) ao Qará/Torá shebiktav (torá escrita), giyurim e outros serão apenas palimpsestos de um tempo difícil. Mas a rejeição da primogenitura será real?"

Boa leitura. 

A Elite de Jerusalém em Al Andaluz?



Segundo fontes históricas dadas por Cícero, Flavio Josefo, Rei Agripa e Estrabão, bem antes do início da Era Comum, havia comunidades judaicas estabelecidas em todas as partes do Império Romano.

Isto incluiu as cidades gregas nas áreas do Mediterrâneo oriental e do Mar Egeu, as cidades gregas e romanas em todo o Norte de África, a Península de Al Andaluz, incluindo a Espanha e a Lusitânia (Portugal), assim como toda a Europa Ocidental, incluindo a Grã-Bretanha. Aliás, há evidências de que os judeus na Espanha estiveram lá por séculos antes da conquista romana. 

O nome judaico da Espanha é Sefarad " ספרד ". O nome que outros judeus do mundo árabe e islâmicos conhecem a Espanha é Al Andaluz. 

Os judeus são os únicos que se referem à Espanha como Sefarad; todo mundo conhecido, exceto os islâmicos (Al Andaluz) chama o lugar de Espanha. 

E Sefarad é uma designação muito antiga para uma parte do país que foi preservada apenas por seus habitantes judeus da antiguidade remota.

Comecemos pois, pela profecia que ainda parece-me não cumprida ainda. No sefer do nabi Obadias 1.20* lemos:


Mas quem são esses cativos de Jerusalém? Bem; se a mim fosse ser dado a escolha de fazer a seleção entre cativos de guerra ( não que eu seja a favor de catividades), deveria eu escolher entre os de menos saber, ou escolher entre aqueles mais nobres, para que pudesse me ajudar na árdua tarefa de desenvolver minha terra?

Vejamos um exemplo no Qará: 

Parece-nos que o rei de Mitzraim( Egito) escolheu um cativo que tinha capacidade, neste caso um dos nossos patriarcas; José ben Israel!

Continuemos pois a analogia rebuscando no que o historiador Flavio Josefo, díz-nos no seu sefer (livro) sobre a "História dos Judeus":

"Este partido foi identificado, por ele com o escalão social e econômico superior da sociedade judaica.E cumpria vários papéis políticos, sociais e religiosos, incluindo a manutenção do Templo." 


Os saduceus administravam o estado domesticamente, e mantinham embaixadas no exterior, participavam do sinédrio mesmo sob o comando dos fariseus (os separados de Israel) mesmo, dede a expulsão do  Sanhedrin  em 28 de tebet de 81 a.E.C.(3.680 ano da criação) por Shimon ben Shetakh, pois os saduceus rejeitavam a "inovação" da Torá Oral e a autoridade dos sábios fariseus que pretendiam dominar o Sanhedrin (Corte Suprema),e substituir os saduceus por leais discípulos da Torá Oral.
Veja aqui no link abaixo:

Os saduceus antes da derrocada, eram responsáveis pela receita do estado com coleta de impostos, inclusive na diáspora, chefiavam o exercito, e mantinham relação com outros países afim de manter a soberania nacional. Instituíram o sistema educacional e de justiça domestica amplo.

Especula-se que o partido tenha se extinguido algum tempo após a destruição do 2º Templo (de Hordus) em Jerusalém em 70 dC, mas há alguma literatura que diga que os karaítas possam ter absorvido uma parte da filosofia, ou mantém conexões com as visões dos saduceus.

Veja o que diz um site caraíta: 


Link original aqui:

As visões que os historiadores nos passam, é que os saduceus eram aristocratas e versados na lei e exímios tanaítas ( versados no Tanakh), muito embora os fariseus digam que eles liam, ensinavam e davam interpretações legais "Aalakha", não entendiam nada do que estavam fazendo, precisando assim da interpretação de um sábio fariseu, ou seja; segundo os rabinos os saduceus eram completamente ignorantes.

Mas parece-me que o Cezar de Roma, numa certa época era um por nome de Publius Aelius Traianus Hadrianus Augustus, Nasceu na Hispânia. Seu pai pertencia à Ordem Senatorial e era primo do imperador Trajano. Quando este faleceu, a imperatriz-viúva, Pompeia Plotina, alegou que em seu leito de morte seu marido havia adotado Adriano e o nomeado sucessor. 


Este sefardita estadista poderia ter transportado alguns saduceus, agora servos  do Império Romano para a Espanha e esta foi uma das causas da ignição da idade dourada de Al Andaluz; Sefarad; Espanha?

Eu, fico sempre pensando nisto.
reflita tu também!, e assim parafraseando o que disse Hanan Aben David. " Não acredite em minhas palavras, pesquise você mesmo"

Em YHVH, continuaremos.






sábado, 23 de fevereiro de 2019

Descendem os anusim nordestinos dos judeus rabínicos?

(anusim no Nordeste do Brasil)
No miqra'ot está escrito:


Os judeus etíopes " kessim", não cozinham leite e carne juntos, mas comem carne ou frango com laticínios. Tem importante elemento de vida monástica; vivem uma vida de santidade apartados do dia-a-dia da vida mundana, talvez seguindo a opinião de R. Y. HaGelili. Nas épocas das disputas das academias de Shamai ha Zaqen (do nosso partido) e Hillel (do partido dos rabinos) o hakham " R. Yossi ha Gelili disse:
"que a proibição de comer carne com leite (filho cozido no leite da mãe), não inclui as aves, pois essas não dão leite." - Shabbat 130a
Nordeste do Brasil:

Quem pode negar ou esconder que os sertanejos nordestinos comem carne com leite, frango com leite, sopa com leite, carne de sol com queijo, doce de leite com queijo e outras delícias da culinária, de grosso modo seguindo o costume do judeus etíopes, dos Karaítas e parece-me também dos "virtualmente desaparecidos" saduceus da Terra Santa.


Veja link de culinária nordestina aqui.


No momento, o nordeste do Brasil esta rebuscado por rabinos missionários itinerantes, tentando encontrar descendentes dos anusim (que eles chamam de zera Israel), para adestra-los na Lei Oral da Babilônia e depois converte-los como goim/gringo. 

Imagino que é um reflexo temporal e bizarro, pois conta-se que os rabinos no II século EC com a benção dos romanos, expulsaram todos os descendentes dos saduceus, transformando-os em hereges e gentios; inclusive ganhamos uma bênção especial em sua amidah, composta por Samuel haKatan, - birkhat ha minim - maldição para nós, os hereges saduceus. 


"E tú ainda vai querer negócio, com quem te amaldiçoa?"
Maldição rabínica para tú, b'nei Israili; saduceu: 
"Para os apóstatas[saduceus], não haja esperança. E que o governo arrogante [asmoneu-saduceu] seja rapidamente desarraigado em nossos dias. Que os "minim"[saduceus] sejam destruídos rapidamente. E sejam eles apagados do Livro da Vida e não sejam inscritos juntamente com os justos(rabinos). Bendito és, ó Adonai, que humilha o arrogante [saduceu] ".
Agora, querem converter os descendentes dos antigos saduceus israelitas, como gringo, para emfim ficar supostamente bem na fita diante de YHVH (mea culpa) e manter os saduceus sob os pés dos rabinos fariseus; pois, quem tem poder de converter mantém o poder sobre o convertido. E a regra dos saduceus jamais retornará,ou seja a Torá al kitab de Musa ha Nabi, nunca será colocada como regra.

Há muitos anos atrás li um post sobre um "rabino" marrano do Nordeste, que fez sucesso e muitos aficionados discípulos entre os anusim do RN, Pb e Pe. Ele [o rabino]  tinha como máxima a expressão:

" O anusi, já é filho de Israel, não deve se converter como gói" 

Passados 10 eras, a história mudou e as palavras dele declinaram; e agora está acontecendo conversões por aí, nos que outrora se declararam anusim, com a complacência dele. Mas o que se pode esperar de um fariseu?

Para saber mais sobre os marranos do RN, e dos seus ativistas de outrora, veja o vídeo "A estrela oculta do Sertão".

Link abaixo:

Depois, de estragarem as gentes, vem a  "mensagem" recente de um R. para os "c.o.n.v.e.r.t.i.d.o.s" com o R. Amsalem no Brasil! Link abaixo: Para uns, creem que é uma benção, para mim penso que foi uma maldição para os anusim - bnei Israel. O rabino Haim Amsalem é um político israelense e ex-membro do Knesset. Após uma briga entre ele e seu ex-partido Shas, ele estabeleceu o partido Am Shalem para concorrer às eleições de 2013 do Knesset, mas não conseguiu conquistar nenhum assento.

Mensagem do Rabino Abergel para os convertidos com o deputado e Rabino Am'Salém no Brasil!
Reflita e tenha uma Shabua Tob.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Exílio das crianças de Andalus no Nordeste Brasileiro

Hégira Al-Andaluz NE Setentrional do Brazil


Exílio das crianças de Andalus no Nordeste


"Im memoriam" dos reshaim, meshumadim, anusim, renegados (conversos) e cripto-karaós imigrantes forçados de gharb al-ʼandalus - غرب الأندلس que foram exilados para Nordeste Setentrional do Brasil, e também suas gerações (depois destes) nesta terra d’além Mar.

Garbe Alandalus, em árabe: غرب الأندلس; transliterado.: gharb al-ʼandalus, era a parte mais ocidental do Alandalus, que corresponde a parte do actual território português. Em 711, as tropas muçulmanas atravessaram o estreito de Gibraltar e deram início à conquista da Península Ibérica, o Alandalus; ao domínio muçulmano escapou somente uma pequena comunidade cristã, que se refugiou nas Astúrias.

O ocidente peninsular de influência mediterrânica, o Algarbe Al andalus — corresponde aproximadamente aos limites da antiga Lusitânia — embora intensamente islamizado, não assumiu o protagonismo de outras regiões do Alandalus, resistindo sempre aos processos de centralização de Córdova, ou posteriormente de Sevilha.

O Garbe incluía cinco territórios principais correspondentes ao termo de Coimbra, ao estuário do Tejo, ao Alto Alentejo, ao Baixo Alentejo e ao Algarve. Estes territórios estendiam-se ainda para as atuais Estremadura espanhola e Andaluzia Ocidental. Destacavam-se as cidades de Coimbra, Lisboa, Santarém, Silves, Mértola, Faro, Mérida e Badajoz.

Al-Ândalus em árabe: الأندلس; foi o nome dado à Península Ibérica (com a Septimânia) no século VIII, a partir do domínio do Califado Omíada, tendo o nome sido utilizado para se referir à Península independentemente do território politicamente controlado pelas forças islâmicas. Contudo, hoje utiliza-se o termo para referir os territórios que se diferenciam dos reinos cristãos.

Al-Andalus foi o único território europeu continental a participar na Idade de Ouro Islâmica, passando por vários períodos políticos. Era inicialmente um emirado integrado na província norte-africana do Califado Omíada, tendo sido também Califado de Córdova, diversas Taifas, província Almorávida, Califado Almóada e na sua última fase Reino Nasrida de Granada.

A região ocidental da Península era denominada Gharb al-Andalus ("o ocidente do al-Andalus") e incluía o atual território português. De uma maneira geral, o Gharb al-Andalus foi uma região periférica em relação à vida econômica, social e cultural de Córdova e Granada.

No Nordeste setentrional, estavam durante a conquista e estadia dos holandeses marranos, anusim, judeus velhos, conversos, cripto judeus desterrados, por medo da famigerada inquisição ou por usura mesmo. Quando os cristãos portugueses retomaram o poder e enquanto a maioria dos que não puderam fugir foram assassinados, alguns que escaparam das matanças ficaram no Brasil seguiram a praticar o judaísmo em secreto como criptojudeus.

Estas comunidades de cristãos-novos refugiaram-se nos sertões, interior do Nordeste Setentrional Brasileiro, território afastado e fora do controle das autoridades do Clero. 

Dedicados a atividades de criação de gado e pastoril, colonizaram a região Cariri, paragens Potiguares, sertão; adentro, Seridó, topônimo que em hebraico significaria "sobrevivente" ou "o que escapou" - זה ששרד.

Duas décadas após a saída dos holandeses a Inquisição foi muito repressora dos cristãos-novos ( conversos, anusim, marranos) que retornaram ao judaísmo durante a ocupação holandesa. 

Na segunda metade do século 17 e durante o século 18, chegaram muitas histórias e relatos da Inquisição de Lisboa, relativos à existência clandestina de rituais judaicos nessas paragens.

A política portuguesa seguida no século 18, permitiu que os cristãos-novos se misturassem com o resto da população, até que desaparecesse suas tradições judaicas devido à sua completa assimilação, apesar disto; algumas famílias parecem terem se esforçado por as manter, isolando-se e praticando casamentos endógenos.

Em 1655 os portugueses fecharam o maior símbolo da judiaria brasileira; a sinagoga de Kahal Zur e a Rua dos Judeus, como noutros locais da cristandade reconquistados, foi rebatizada como Rua da Cruz (hoje Bom Jesus).