quinta-feira, 18 de junho de 2020

Xacxuca ou cabeça de galo?




Meu avô, que era um vaqueiro do de'sertão do RN, me dizia repetidas vezes: "Me diga o que você come que eu te digo quem tú é!." Quem come comida fraca é fraco também. Para um cabra sarará "esquentar a natureza", nada como uma boa cabeça-de-galo.

Os ingredientes principais são: ovos, tomatecebola e pimentão fritos em óleo, colorau e pimenta do reino.Para engrossar poe um pouco de farinha.

Cabeça de Galo de'Sertão Nordestino (Brasil)

Veja aqui um vídeo com a receita de cebeça-de-galo.

https://www.youtube.com/watch?v=7iH9fkqERDs

Muitos dizem que esta receita veio com os colonos, e como por aqui ficaram os que aparentemente tinham costumes comuns aos berberes, maleses e aos israelitas ibéricos(cristãos novos), eu fico tendente a acreditar, pois ví, comi e gostei desta iguaria tão comum por aqui.

Lá no al Magrebi, também existe um prato que guarda semelhança com a nossa "cabeça-de -galo".  No deserto de lá deram o nome a este prato de xacxuca ou shakshuka, (شكشوكة‎), que ficou popular em Israel é um prato da culinária do Oriente Médio.

Xacxuca do Magrebi
O xacxuca é uma espécie de sopa grossa, normalmente coberta com ovos, considerada o prato nacional das ilhas do Mazghanna (Argélia), embora seja popular também nos países vizinhos, enquanto que os judeus que saíram do al Magreb para Medinat Israel fizeram desta iguaria um prato muito popular para lanche. 

Os ingredientes principais são: ovos, tomate, cebola e pimentão fritos em azeite de oliva.

Será que temos algo em comum? vai negar?

Boa noite.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Vivemos em uma "distopia"!


Imaginem se uma seita evangélica do teteté dijá [somente um exemplo], tivesse chegado a Israel há 70 anos atrás e tivesse se declarado os judeus autênticos e Israel de Deus. Hoje eles seriam os oficialmente aceitos e nós os bnei Israel no exílio, juntamente com os atuais donos de Israel que impedem nosso retorno, os judeus ortodoxos e demais seitas, seríamos os filhos da abominação. Uma segunda distopia, já que os fariseus fizeram a primeira distopia.

Para esta distopia envolvendo como exemplo os fiéis do teteté dijá, há garantias textuais em seu livro santo, o chamado novo testamento; veja:
"Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo."

Apocalipse 3:9
"E a todos quantos andarem conforme esta regra(evangelho de Paulo), paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus.
Gálatas 6:16
Algum adestrado, diz assim: " Os fariseus salvaram Israel!" Melhor seria se Balaão ben B'Or tivesse nos salvado; talvez, mas brando seria conosco.

Isto os fariseus fizeram: Em 70 e 135 EC, derribando o templo, destruído o sacerdócio saduceu, implantando um nova lei e....para depois serem expulsos pelos seus camaradas romanos.

Porém a sanha dos fariseus em obscurecer os bnei Israel e o sacerdócio de Zadoki não esmaeceu nos séculos depois. No post anterior vemos que o célebre convertido ao cristianismo e convertido ao islamismo e depois revertido ao farisaísmo (alguns dizem)  sem um certificado de conversão, o homem de Abendanana fez duros diatribes aos nada menos que os descendentes dos kohanim de al Zirbi, no norte d'África, chamando de ignorantes e até de burros.

Alguém pode aparecer e ensaboar dizendo que ele estava falando de alguma seita de musilim, mas a história diz que os fariseus morrem de medo dos musilim, ademais em suas próprias terras e está documentado que Abendanana nutria o ódio clássico que os fariseus tem pelos saduceus.

Voltando a distopia:

Então se um judeu quisesse subir como olim para maorar em Israel (nesta distopia), ele deveria primeiro cumprir a halakah de  Israel:

"Deve ser considerado Israel de Deus, ou judeu verdadeiro: Aquele que vem de família e tem mãe crente em Jesus, ou tenha se convertido e batizado nas águas por algum pastor reconhecido por Israel."

Não foi isso que os fariseus fizeram e infelizmente alguns que se dizem caraítas seguem?

Daí por diante, penso que não seria dizer mais nada, pois os fariseus e os nozimim, tem crenças parecidas e podem muito bem ser intercambiáveis, essa seria a 2ª distopia, sendo a primeira, a que vivemos nesses 1950 anos, debaixo do pesadelo criado pelos fariseus.

E onde estão os saduceus? Em perpétua fuga, num exílio sem fim!
"Como dente podre...
ou pé desmentido...
é a confiança no hipócrita... 
na hora da dificuldade."  
Provérbios 25:19

Boa quarta feira!

 

terça-feira, 16 de junho de 2020

Em Djerba há esperança?


Por ora em lockdown, ou semi-lockdown por causa do bichinho que adoeceu muita gente no meu estado do RN e derredores, nos concentramos em pesquisar sobre os caminhos que traçaram os sadiqim depois das caídas de Jerusalém, e me deparei com Djerba, a cidade dos kohanim. 

O convertido/anusi (segundo alguns), Abū ʿImran Mūsā ibn Maymūn ibn 'Ubayd Allāh Al-Qurtubi (1138-1204) nos deixou a sua impressão ou um retrato da comunidade de Djerba: é o único testemunho da cultura desses israelitas na Idade Média. Dirigindo-se ao filho, ele diz::
"Esteja avisado sobre certas pessoas que vivem na região do al Magrebi chamada al-Zirbi, nas terras da Berberia, porque são estúpidas e rudes [...] Deus é minha testemunha e julgo que elas me parecem semelhantes aos karaítas(saduceus) que contestam a lei oral. Lhes falta clareza de espírito, seja lidando com a miqra'ot e o Talmude ou expondo as aggadot e halakhot. Alguns deles são juízes(shofetim), mas suas crenças e atos em matéria de impureza ritual são como as dos filhos da abominação(saduceus), que são uma nação entre as nações que peregrinam nas terras dos ismaelitas. Recusam-se a ver a mulher ritualmente impura, não olham para o rosto nem para as roupas, não falam com ela e não pisam no chão em que pisou. Eles não comem a parte traseira do animais abatidos. " [ fonte site: tunisie-geneologie.com- les juifes de Djerba]
Que maravilha!(iofi) saduceus em pleno século 12, e ainda por cima descendentes dos antigos kohanim sadoquitas. Isto me fez ter arrepios e ficar muito contente.

Segundo se diz; há uma tradição que a minoria(saduceus) israelita de Djerba diz que, no ano 586 aEC, alguns dos sacerdotes israelitas do templo que conseguiram escapar da destruição de Jerusalém e do templo de lá se estabeleceram em Djerba; até hoje, uma porcentagem incomumente alta de judeus na ilha mantém o status familiar da casta sacerdotal e um vínculo genético foi confirmado por testes de DNA.

Essa comunidade é única na diáspora judaica por sua porcentagem incomumente alta de quhanim (hebraico; a casta sacerdotal judaica), descendentes "PATRILINEARES" diretos de Arão, o primeiro sumo sacerdote dos tempos mosaicos.

Os judeus foram assentados em duas comunidades principais: o Hara Kabira; "o grande bairro" identificado com Sefarad e Marrocos e o Hara Saghira, "o pequeno bairro", identificado com Israel. 

domingo, 14 de junho de 2020

Baobás no RN, quem plantou?


Estes dias estive, passeando virtualmente; já que no RN, há muitas cidades que o povo está em prisão domiciliar; digo; confinamento, nome bonito para lockdown, tudo por culpa do descontrole de um certo "bichinho", que por infelicidade se soltou no oriente e fez várias vítimas no ocidente e ainda vai causar muita confusão por estas bandas.

Mas, não quero tratar disto. Quero trazer a vocês que descobri, que há no meu estado uma localidade, que para minha surpresa e alegria histórica, tem uns poucos pés de Baobás que segundo alguns foram plantados no século 17, em pleno funcionamento do "slave trade", que segundo alguns autores, cambou para cá, mais de cinco milhões(5.000.000) de abduzidos do oeste da África; quase se igualando ao número do shoá.

Muito rashá foi feliz com o infortúnio dos "outros (acher)", e não teve nenhuma piedade dos forçados naqueles idos e aparenta ainda não ter.

Para ver um comentário "ensaboado" sobre "rasha", veja no link abaixo
 
Os baobás:
O gênero agrupa nove espécies validamente descritas, das quais seis têm distribuição natural restrita à ilha de Madagascar, uma ao continente africano e Médio Oriente e outra à Austrália. 
Também Leo Africanus, que entre 1511 e 1517 viajou pelo Norte de África conheceu e descreveu a árvore; aquele que escreveu sobre israelitas no Bilad el Sudan.

Leia aqui para compreender melhor:

A Adansonia digitata, conhecida por imbondeiro ou baobá, é a única espécie de Adansonia que ocorre no continente Africano.

Pode ser encontrada nas savanas quentes e secas da África subsariana. Aparece também em zonas de cultivo e em áreas povoadas. O limite norte da sua distribuição no continente africano está associada aos padrões da chuva, restrita ao litoral Atlântico. No Sudão, ocorre naturalmente no Sael, mas a sua ocorrência é muito limitada no resto da região saheliana da África Central. Na África oriental as árvores crescem em aglomerados e também no litoral. Em Angola, os imbondeiros crescem em florestas e nas regiões costeiras e são comuns nas savanas, como também é o caso na Namíbia e no Botsuana e o resto da África Austral. Também se encontra em Dofar na região de Omã e no Iêmen na Península Arábica. O nome digitata, surge do formato da folha que se parece com os cinco dedos da mão.

Baobás aqui no RN-Brasil
Confira no link da Prefeitura do Assú-RN

Como temos dito por aqui e acolá em alguns palimpsestos de um velho, sem apoio quaisquer, pois os homens e mulheres que são descendentes dos israelitas leitores, não tem forças para levantar a cabeça e jogar a cangalha dos rabinos e pastores fora...contudo não se pode negar que:

Comemos carne com leite;
Que israelitas de Sefarad foram para cá enviados;
Que judeus de Amisterdam estiveram por aqui;
Que temos costumes e culinária próxima ao árabes e islâmicos;
Que houveram cripto Caraítas em Castela;
Que sempre houve brutal perseguição com os nossos acherim;
e...Baobás, será que foram plantados por pessoas jupiterianas? (Os da África trouxeram sementes e aqui plantaram, é óbvio)Digo isto, porquê se provar-mos 100%, nossa origem como bnei Israel ainda aparecerá um "filho duma égua" para tentar desacreditar o nosso esforço e ainda oferece um certificado de conversão para a religião deles.. Nós somos israelitas e não queremos nenhuma conversão para a religião de Edom.

Abaixo segue uma esquema para você analisar e pensar se tudo isto ainda tem uma solução.


Boa semana!

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Vai negar nossas origens? Vai dizer que somos de Marte!

Homenagem a Ezz el Menoufy - Rei do Fest Food Egípcio

Estes dias estive num sítio de um amigo saduceu que mora na região do  "al Magribe do RN" (Região Oeste do RN), nas adjacências da cidade de "Vem-chaver", ou seja Venhaver-RN, e passando o dia de shabat, ele resolveu nos agraciar com refeição de criação, que ele cria em seu próprio sítio. 
Venhaver-RN
Leia mais sobre Venhaver  links abaixo:


Ele escolheu uma ovelha, cevada, não prenhe (não temos costume de matar animais prenhe), malhou a ovelha, pois as orelhas do animal por sobre os olhos, levantou o queixo e mas que rapidamente desferiu um golpe certeiro com sua afiada quicé de 12 polegadas, sua companheira que vive presa nos seus quartos, enfiada numa bainha.  

De repente o animal esmoreceu, vertendo o sangue sobre a terra, que logo em seguida foi enterrado ( o sangue).

Uns minutos mais ele esfolou o animal, abriu e retirou as vísceras. Examinou o coração, fígados, pulmão e intestinos a caça de "coisas", que nos impedisse de comer o animal.

Neste domingo comemos de tudo.

Carne assada;
Fressura cozida com arroz da terra;
Buchada;

Tripa recheada com arroz, bem temperada com alho e cominho;

Cérebro, e cabaça cozida...

Por estas bandas do Norte se aproveita tudo do animal, até o estrume que vira adubo. Não comemos o sangue nem o sebo.

Para não negar nossas origens e nossa proximidade com nossos irmãos de língua e costumes árabes, deixo abaixo um link de um vídeo de uma senhora brasileira que é casada com um egípcio e vive em Mitzaim. Ele fala de uns pratos que para ela são intragáveis e estranhos, mas para nós, os descendentes dos Israelitas Qaraítas do al Andaluz; literalmente não. Estes pratos não são nem de longe estranhos.

Link:

Boa semana a todos.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Shabuot, sempre será num domingo!



Feijão de corda nordestino

(Haj ha-Bikkurim)

Mantemos nosso testemunho e fé em YHVH, através de princípios antigos expressos na Torá al Kitab, dada ao profeta Moshé como uma característica distintiva entre "nós" os bnei Israili no exílio e "eles" os fariseus convertidos de Edom que adoram muitos poderes nos céus. De acordo com a religião israelita dos tempos do beit sheni (II templo), este festival não está relacionado a nenhum evento histórico, pois ninguém contesta que não havia nenhum evento naquela época. Não há razão para inventar um significado já que YHVH não disse. 

Este festival é uma recordação da Aliança que YHVH Deus jurou por Abraão, Isaac e Jacó, e com todo o Israili. É também um festival que nos torna extremamente conscientes de que todo ser vivo pertence a YHVH. Observá-lo dessa maneira tem o efeito que YHVH, nosso Deus, pretendia - ver nosso verdadeiro lugar no esquema das coisas, que dependemos de YHVH para nos prover, mesmo que não vivamos em Eretz Yisra'il (Israel Beitenu).

O haj das Primícias (haj ha-Bikkurim) também é conhecido como haj ha-Shabuot, a Festa das Semanas, e Chag ha-Qatsir , a Festa da Colheita (das Primeiras Frutas do nosso trabalho). 

O farisaísmo(Edom) moderno e os messiânicos que os seguem no erro, celebram 50 dias após a Páscoa, mas a maioria dos israelitas nos tempos antigos festejava o haj de acordo com os saduceus, que entendiam conforme Levítico 23:15-16, "no dia seguinte ao sétimo sábado após a Páscoa. Sete semanas completas serão! Para nós saduceus, karaitas e samaritanos, o Festival das Primeiros Frutos / Semanas é, e sempre será no domingo.

Novamente, o farisaísmo (Edom) moderno o comemora como um memorial da entrega da Torá no Har Sinai , mas esse é o significado que os rabinos só inventaram depois que o beit sheni foi destruído juntamente com os saduceus e sacerdotes, defensores da torá escrita e defensores de shabuot num domingo.

No Israel antigo , houve três grandes festivais, três festivais que os israelitas concordaram em celebrar como parte da nossa aliança eterna com YHVH. 

O maior e comumente o mais ruidoso foi o haj de Sukkot, o haj das cabanas em setembro- outubro. Depois, hamasot - Pão Asmo , em março- abril. O terceiro era Shabuot . 

Depois que o beit sheni foi destruído, os dois primeiros ainda tiveram significado, mas houve um problema com Shabuot , pois nenhum significado é realmente atribuído abertamente ao festival na Torá.

O farisaísmo de Edom moderno vê o festival como a entrega da Torá no Sinai. Os mestres de Edom que se juntaram em Yavneh no século I EC decidiram que baseariam seu novo significado em Êx 19: 1, que diz: 

"No terceiro mês depois que os israelitas deixaram o Egito - no mesmo dia - chegaram ao deserto de Sinai"

A passagem prossegue dizendo que foi nesse ponto que a revelação de YHVH no Har Sinai ocorreu.

A Revelação do Sinai poderia ter coincidido com Shabuot?

Vamos ver se qualquer um dos métodos pode fazer a revelação do Sinai coincidir com Shabuot - seja da maneira israelita ou rabínica de Edom. 

Os israelitas deixaram o Egito no dia seguinte ao sacrifício da Páscoa - 15 de Nisan (Êx 12:51). Se Ex 19: 1 significa que eles chegaram ao Sinai durante o terceiro mês, no mesmo dia do mês em que deixaram o Egito, isso significa que a data da revelação e da entrega da Torá teria sido o 15º Sivan. No entanto, o intervalo de datas para Shabuot é sempre do 7º ao 13º Sivan - o que significa que, por este acerto de contas, a entrega da Torá é tarde demais para Shabuot, e mesmo esse cálculo supõe que a Lua Nova seja vista pontualmente todos os meses.

Mesmo se você seguir a prática rabínica de calcular Shabuot 50 dias após a própria Pesakh, então você só chegará ao 4º de Sivan - ou ao 6º no máximo - o que significa que a revelação do Sinai era muito cedo para Shabuot. 

Portanto, a revelação do Sinai não pode ter ocorrido em Shabu'ot. Qual era então o significado bíblico original do festival pretendido por YHVH?

O verdadeiro significado bíblico do festival:

A nossa alJama,  lê a Torá em um ciclo de 3 anos, em vez de 1 ano. O ciclo é tão ordenado e dividido, que cada festival se alinha com uma leitura apropriada na Torá.

Se você observar as três leituras dadas para Shabuot, isso deve nos dar uma idéia do que o festival significou para o povo judeu na época do beit sheni e e dos saduceus, antes da traição dos convertidos de Edom.

Portanto, estas são as 3 partes para cada ano do ciclo:

Gênesis 12: 1 - 13:18 (Deus jura uma aliança com Abraão)

Êxodo 24: 1-18 (a Aliança com Israel é afirmada;

o festival também é mencionado anteriormente em 23:16)

Números 17:16 - 18:24 / Núm 17: 1-18: 24 nas Bíblias Comuns


(As primícias e as ofertas aos levitas)

Das três partes lidas em Shabuot, pode-se concluir ( pesquise você mesmo, não confie em minha opinião) que o tema geral é realmente a Aliança juramentada entre Deus e a Assembléia (Aljama) de todos os Bnei Israili . A parte do 1º ano refere-se ao juramento original da aliança, a parte do 2º ano narra a afirmação da Aliança, e a leitura do 3 º ano refere-se aos primeiros frutos dessa Aliança, uma vez na estando na Terra de Israili. ( Nosso antigo lar)

Durante os tempos do templo, não houve nenhuma tentativa de conectar o festival a nenhum evento histórico. O quadro geral nos ajuda a perceber que isso ocorre porque o juramento da Aliança entre Deus e Israel não está conectado a um único evento.

Em termos práticos, como sadiqim, nós o observamos como um festival de Primícias - os frutos da Aliança que Deus jurou com nossos antepassados sadiqim. O nome alternativo do festival nos diz que este é o nosso próprio festival de ação de graças, de lembrar que tudo o que criamos, produzimos, crescemos e comemos pertence a YHVH.

Neste momento, somos extremamente lembrados de que tudo neste planeta inteiro pertence a YHVH - toda planta, todo animal, todo pedaço de terra e todo ben Adam. Em certo sentido, somos inquilinos neste mundo e pagamos a Deus "aluguel" por tudo que nós usamos. Portanto, no Festival das Primícias, nos tempos antigos, o primeiro de tudo o que chegava até nós era oferecido no Templo. Das nossas colheitas, os antigos israelitas deram as primeiras roldanas de trigo, bem como as primeiras maturas de todos os seus frutos. Algumas das coisas mencionadas no Miqra como sendo oferecidas foram: grãos, pão, vinho, frutas, mel, lã, óleo e assim por diante. Dos animais qasher (halal), os cordeiros primogênitos, bezerros etc. foram oferecidos no templo.

No entanto, a Torá nos lembra que os primogênitos de animais, mesmo que não sejam "halal" pertencem a Deus, e a Aliança nos lembra que mesmo o primogênito que abre o útero (seja homem ou mulher), também pertence a Deus.

Alguns costumes sadiqim no haj:

Não temos mais um Santo Templo para oferecer ofertas a YHVH Deus, mas ainda podemos dar graças por nossas primícias. Podemos agradecer por nossos filhos mais velhos, o primogênito de nossos animais de estimação, até o primeiro salário de nosso ano ou os primeiros produtos de nossos preciosos dons intelectuais - os primeiros frutos da criatividade humana deste ano; quando usamos nossa imaginação humana, a oportunidade de agradecer a Deus é interminável.

Shabuot foi proclamado como um dia de descanso. Como o dia anterior sempre foi um sábado, as pessoas acabavam tendo um período de descanso de dois dias - Shabat , imediatamente seguido por Shabuot . Algumas pessoas em nossa comunidade gostam de comemorar decorando suas casas com vegetação e flores de jardim, e fazendo uma tabela mostrando a generosidade de seus alimentos. Dois pequenos pães são simbolicamente acenados em graças a Deus e deixados em uma cesta (veja Lev 23:17; originalmente os pães eram assados ​​a partir dos grãos das primeiras espigas de trigo).

Em Deuteronômio 16:10, somos instados a dar uma oferta voluntária na proporção das bênçãos que Deus nos deu. O templo não está mais de pé( Edom derribou), então temos que olhar para isso de uma maneira diferente. Por metáfora, podemos examinar e lembrar de todas as nossas bênçãos no ano passado e fazer algo para retribuir às comunidades em que vivemos. Algumas pessoas gostam de fazer sedaqá neste dia ou dar um presente de forma anônima.

É acima de tudo um festival suprema da Presença de Deus. Israelitas antigos foram lembrados naquele tempo que tudo - plantas, animais e o ben Adam - pertenciam a Deus. No Festival das Primícias, lembramos das bênçãos que recebemos de Deus e agradecemos.

Haj Sameakh!