sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Desata este nó Bartó!

Carne de Sol com Queijo e Arroz de Leite, típico de Caicó RN - Comida de saduceu

Dizem que os termos "sarid" e "serid", seriam oriundos do hebraico, que significaria "sobrevivente" ou "o que escapou". Ou ainda "she'erit" no sentido de "refúgio Dele" ou "refúgio de Deus".
Para o nome da região geográfica "Seridó", existe o fato bem conhecido de que os colonizadores ibéricos ou andaluzes desta região eram cristãos-novos, filhos forçados de judeus rabínicos da mais alta fé farisaica e observantes em extremo da cashrut rabínica, que tem como pilar principal não comer carne com leite (Mixena khulin 8.1) nem misturar os derivados, ou ao menos olhar para eles enquanto come em uma mesa posta ( ערכת שולחן ).

Marcas ortodoxas rabínicas da culinária do Seridó?

A Culinária do Seridó, também conhecida como Culinária Seridoense ou Culinária do Sertão, trata-se da gastronomia tipicamente praticada na região do Seridó.

Partindo do princípio da regra rabínica de não comer carne com leite temos, aproveitamos e apresentamos um restaurante de comidas típicas desta região.

Vemos as guloseimas do " Restaurante Brilhante", que recomendo por sua excelência na gastronomia de comidas regionais do seridó - Restaurante Brilhante, Rua Joel Damasceno, 833 -Caicó RN Tel: (84) 3417-3866"
A capital do seridó é Caicó, um município brasileiro do interior do estado do Rio Grande do Norte, principal cidade da região do Seridó, localizada a 256 km da capital estadual, Natal.

Caicó possui uma rica identidade gastronômica devido produção de leite, carne-de-sol e do queijos de manteiga e de coalho. Possui pratos típicos como o arroz-de-leite, munguzá, farofa d’água, paçoca de carne de sol, carne-de-sol-assada, umbuzada, filhós de mel e suco de cajarana.
Arroz de leite com carne de sol - Delícias do restaurante Brilhante em caicó -RN
"Além dos pratos típicos da culinária regional, é possível encontrar também uma culinária contemporânea criada pelo talentoso chefe Sandro Medeiros, do restaurante Brilhante que, a parti dos produtos encontrados na região, cria seu próprio menu, utilizando-se da criatividade e conhecimento, capta toda a essência dos sabores locais combinando técnicas regionais e contemporâneas, criando pratos que transmitem toda a riqueza da região.

Sua Rosineide Medeiros, que é seu braço direito para suas inspirações, auxilia na elaboração das preparações, uma delas é o caviar de caju, que o casal prepara a receita cortando caju em cubinhos e cozinhando com tomate, cebola roxa, pimentão, alho, azeitonas, alcaparras, vinagre balsâmico e molho shoyo.
O Casal nota 10! 
Sandro, além do dom para cozinha, carrega consigo também o sobrenome que herdou do antepassado Jesuíno Brilhante (Jesuino Al'Ves de Melo Qal'ado), considerado o primeiro cangaceiro do RN.
Cangaceiro Jesuino Brilhante

Brilhante tem em seu cardápio pratos como o rondelli de macaxeira com carne de sol, o kibe de carne de sol recheado com queijo de manteiga, o tortellini de macaxeira também com carne de sol e queijo e até a Bruschetta do Seridó, feita com batata doce, manteiga de garrafa, carne de sol e queijo coalho ralado.

A fusão desses ingredientes combinados pelo chef são extremamente harmônicas, quando mesclados com caju, uma de suas iguarias mais exploradas, Sandro procura ameniza o amargor do cajú e manter vivo o leve gosto do doce que possui. Para servir o caviar de caju, Sandro desenvolveu ainda um biscoito de macaxeira, feito com a própria macaxeira, queijo de coalho e farinha de trigo sem fermento."

Como se vê por aqui no Seridó se come bem e se come carne com leite. Corroborando o rabino marrano (hoje jubilado) da congregação judaica rabínica ortodoxa Braz Palatinik, em Natal RN, que dizia há 30 anos atrás que o anusim do Seridó era descendente dos judeus ibéricos e não precisava de converter como goi, adiciono que de fato e direito o são, mas muitos são aparentemente descendentes dos antigos saduceus de Andaluzia(dado os costumes gastronômicos), que estavam presentes e ativos na península ibérica  e na Polônia, misturados com os caraítas, e pela ação dos portugueses viram parar aqui nas costas do atlântico oriental.
O jeito é jurar de pés juntos, que é descendente da fé dos rabínicos, mesmo comendo uma deliciosa carne de sol com leite, para receber uma carta de alforria rabínica e poder fazer a imigração para o país dos rabinos, a atual república de Israel.

A gastronomia dá o seu testemunho a favor ou contra. Se crê em YHVH e nas suas santas Escrituras, deve conhecer e por em prática o mandamento:


אתה לא תישא עדות שקר נגד השכן שלך 

"Não darás falso testemunho ...."


Que tenha um shabbat shalom!













quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Morado, mouro e marrano de Al'Land'Galut!


Al: Diversas palavras de origem árabes são iniciadas com al-, um artigo invariável na língua árabe, correspondente aos artigos definidos o, a, os, as.
Land:a terra (substrantivo) land, earth, ground, soil, homeland, clay
גלות galut:  "exílio"

O site da BBC, reza em um post com o título: "Família nordestina (Rio Grande do Norte) guardou séculos de romances medievais de mais de 700 anos na memória" por Josi Gonçalves; Natal para a BBC Brasil, em 17/02/2018.

Essa família era a família de dona Militana, que morreu em 2010. Já a última guardiã de uma família que manteve viva a cultura mouro-ibérica, passa boa parte do dia deitada numa rede no al'pendre da casa que mora recordando histórias galantes de amores, aventuras e tragédias.

"Todo o saber de Militana é o mesmo de Benedita. Ela canta o que cantava Dona Militana e o pai: histórias luso-brasileiras. De amor, de poder, de grandes brigas, de cristão com os mouros e assim por diante".

reportagem da BBC no link abaixo:

Sabemos que a primeira conquista árabe da Península Ibérica estabeleceu o estado muslim Al-Andalus ( Al land galut), na Espanha e em Portugal. Os europeus cristãos nunca abandonaram uma luta de séculos pela independência, mas foram ocupados e governaram por mais de 700 anos, do século 8 até a expulsão final em 1492. Todas essas gerações de misturas raciais escureceram para sempre os perfis espanhol e português, por isto é que poucos dos nordestinos, descendentes de ibéricos mais brancos têm cabelos loiros ou olhos azuis.

Durante a reconquista muitos mouros e maranos foram torturados se não passassem no teste de fé. Muitas pessoas hoje concluem que a Igreja católica foi culpada, na melhor das hipóteses, de intolerância radical e, na pior hipótese, de uma sádica propensão à tortura. No entanto, o contexto histórico não pode ser esquecido.

A Inquisição começou após 700 anos de ocupação pelos muçulmanos. Não esperar uma reação é contra-intuitivo. O curioso, para não dizer maquiavélico, é que Cristobus Colombus descobriu as Américas Vespucianas no mesmo ano em que os espanhóis finalmente expulsaram os mouros e marranos, já que os rabinos e os homens de posse já haviam se mudado para lugares mais seguros, deixando a sua própria sorte as famílias pobres de origem israelita ou muslim pobres para serem escravizadas ou forçadas a trabalhos ou imigração, como foi o caso da exemplar da cidade de Mazagão (ou os ricos eram sócios da maldade ou ainda faziam parte da nobreza reinante).
Ancião de El Jadida no Marrocos 
Faz me lembrar, meus amigos, que curiosamente o dono de uma das grandes mídias brasileiras, o milionário S. Barbanel, enricou vendendo "canetas azuis" e engraxando sapatos, ele é descendente direto do milionário banqueiro medieval Don Isaac Barbanel, que saiu para Salônica depois do édito de 1492; o estranho é que, segundo o próprio apresentador o Barbanel o banqueiro financiou as expedições dos espanhóis, na pessoa de Colombo em outubro de 1492. Como se vê há algo de muito encriptado no reino da Tasmânia. Enquanto os ricos viajam os pobres sofrem as conseqüências e se você possuir um pouco de curiosidade, pesquise pela lista de rabinos mortos na inquisição ou no Shoá, você poderá se surpreender com os números.
Don Issac Barbanel - Banqueiro Judeu medieval Ibérico
O Vendedor de canetas descendente de Barbanel 

Inquisição cresceu junto com a colonização da América espanhola. Portugal tem um museu chamado de Torre do Tombo, que trata da Inquisição. Durante a Inquisição, judeus e protestantes foram convertidos em massa ao catolicismo. Os jesuítas também suportaram o peso do expurgo.

Kibbeh e Sfiha são para o Brasil como tacos são para os Estados Unidos, ou curry para a Inglaterra.
Kibe
Arquitetura brasileira e nordestina tem a influência mourisca, Os arcos das casas antigas e igrejas parecem que deveriam estar em algum lugar de um deserto do Magrebi.

A mais velhas senhoras de antigamente, sertões a fora, cobriam a cabeça com um lenço. Os véus eram populares entre as mulheres como sinal de recato, enquanto andavam pela cidade, o que remete o véu de burca ou ao hijab islâmico.
D. Militana de lenço
Segundo noticia os historiadores, a população ibérica de origem [israelita ou moura] pobre foi subjugada ao trabalho escravo nas províncias distantes, enquanto as cortes eram habitadas apenas por ricos ibéricos,traficantes de escravos, religiosos ricos, xeleléus e crioulos serventes.

E vosmincê, quem é?

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Rastros do transporte de lá para cá! MAZAGÃO.

Como temos sempre escrito que, os de cá são os antigos de lá, e foram transportados "marrados" deixando os rastros nos costumes, arquitetura, musicalidade e muita fé...e além é claro de uma cidade inteira transportada e instalada aqui no litoral do Brasil.

Esta é a cidade de Mazagão-Amapá e El Jadida no Marrocos, uma mesma cidade em dois continentes, marcando o degredo de Al Andaluz.
Se segue alguns materiais sobre esta saga do Exílio dos nossos de Al Andaluz, Al Gharb e Magrebi com destino ao Brasil, que infelizmente tem sido negligenciado por nossos irmãos do establishment qaréo, e quiçá um dia talvez haja interesse e tenhamos um trabalho nesta área feita pela universidade de Jerusalém ou da Universidade Ben Gurion do Negev.

Não estamos sozinhos; nossos antepassados deixaram marcas de seu caminho!

https://sicnoticias.pt/programas/reportagemespecial/2019-12-21-As-marcas-da-presenca-portuguesa-em-Marrocos


e ainda:


MAZAGÃO, A CIDADE TRANSPLANTADA - EDUARDO BUENO

יום שלישי

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Perspectiva !!!


Todos tomam a liberdade de falarem mal dos saduceus, curioso é que esta seita mal falada, era o partido dos justos de Jerusalém, mas nossos algozes nos pintaram como desolados, hereges, epicureus, qofer torá, helenistas, demônios, macacos, suínos, gentios completos, idiotas, rudes, imbecis, sem fé e outros miríades de diatribes.
Mas vale lembrar umas passagens de muitas no miqra'ot (santas Escrituras):
Para os sadiqim(saduceus-justos) nasce luz nas trevas; Salmos 112:4
O caminho do sadiq(saduceu-justo) é todo plano; tu retamente pesas o andar do sadiq. Isaías 26:7
Os sadiqim(saduceus-justos) o vêem, e se alegram, e o incauto escarnece deles.Jó 22:19
Esta é a porta de YHVH, pela qual os sadiqim entrarão.Salmos 118:20
Os sadiqim herdarão a terra e habitarão nela para sempre.Salmos 37:29

Boa semana.



sábado, 14 de dezembro de 2019

Série: Remanescentes dos saduceus - Al Haniyah

Os membros da seita israelita chamada "Al-Yudghaniyyah", em homenagem ao nome de seu fundador, Judá de Hamadan, um discípulo de Isaac ibn Iaakob Abdias Abu Isa Al Isfahani.

Logo após a derrota de Abu al Isfahani e seus seguidores, os isawitas, em Rai (a antiga Rhagæ), no início do século VIII, Judahan concebeu o projeto de formar uma nova seita a partir dos seguidores dispersos de seu mestre.
Al Isfahani; fundador persa de uma seita judaica e "arauto do Messias"; viveu na época do Ommiad calif 'Abd al-Malik ibn Marwan (684-705). Ele era de origem humilde, "um alfaiate comum"; e seus seguidores relatam que "embora ele não pudesse ler nem escrever, ainda assim ele escreveu livros sem qualquer ajuda" ("JQR" vii. 705).
Túmulo de Ester e Mordeqai - Cidade de Hamadan - Irã
Mais prudente que o fundador da seita isawita, Juda de Hamadan não mencionou ter sido nomeado por Deus com a missão de libertar os judeus do domínio dos gentios e de torná-los politicamente independentes, mas confinou-se ao papel de profeta e professor, assumindo o sobrenome de "al-Ra'i"(الراعي); "o pastor"; não "al-Da'i", como dado erroneamente por Shahrastani em seu "Kitab al-Milal wal-Niḥal.



Influência do sufismo.


Influenciado pelas doutrinas do sufismo, que naquele tempo começou a se espalhar entre os maometanos na terra dos Magos e segundo dizem, Juda de Hamadan deixou de lado o significado literal das palavras da Torá como os saduceus em favor de uma interpretação cabalística (mística) ou espiritual, como era de costume na terra dos magos.
Mago

Como os sufis, ele ensinou que todas as crenças religiosas, como as relacionadas ao paraíso, inferno etc., são alegorias; mas, por outro lado, ele se opôs à doutrina sufista da predestinação e declarou que o homem é absolutamente livre na escolha do bem e do mal e, portanto, é responsável por suas ações. 

Entre os princípios dos isawitas, Juda de Hamadan manteve a proibição de vinho e carne animal, e provavelmente também a instituição de sete orações diárias em vez das três rabínicas. 

Em oposição à visão tradicional antiga, segundo a qual os relatos bíblicos das ações e pensamentos de Deus devem ser tomados literalmente, ele afirmou: 

"isto é , antropomorficamente." 

Judá de Hamadan deu mais importância à oração e ao jejum do que à observância das leis cerimoniais. Ele sustentou que as leis relativas ao shabbat e os hagim não eram vinculativas na Galut(exílio), mas eram observadas apenas como uma lembrança das coisas passadas. 

"Al-Mushkaniyyah". 


Como AI Isfahani, Judá de Hamadan declarou que o rabino Ieshua v Natzarat e Mohamed eram profetas e que cada um foi enviado como missionário à sua nação. 


Segundo o hakham caraíta ʾAbū Yūsuf Yaʿqūb al-Qirqisānī, Abu al Isfahani e Judá de Hamadan adotaram essa atitude por razões diplomáticas; pois, se não tivessem reconhecido os profetas pós-bíblicos, sua própria reivindicação de inspiração profética provavelmente teria sido contestada.

Judá de Hamadan teve muitos seguidores, que mantiveram suas crenças muito depois da morte de seu rabino. Sua fé nele era tão grande que eles declararam que ele não havia morrido, mas voltariam a aparecer para trazer uma nova doutrina com ele.

Shahrastani relata que após a morte de Judá de Hamadan, um seguidor chamado Mushka fundou uma nova seita chamada "Al-Mushkaniyyah". Os princípios da nova seita eram os mesmos dos yudghanitas, com a adição única de uma liminar para impor à força as doutrinas de Yudghan sobre todos os judeus. 

Mushka saiu de Hamadan com uma tropa de seguidores, mas todos foram mortos nas proximidades de Koom (leste de Hamadan e sudoeste de Teerã).



De acordo com alguns estudiosos, Saadia, ao criticar em seu "Emunot we-De'ot" a crença na metempsicose dos "chamados Yehudim" , tinha referência aos Yudghanitas, que ainda existiam em seu tempo.


Embora isso não seja impossível, como afirma Rapoport (introdução ao "Hegyon ha-Nefesh" de Abraham bar Ḥiyya, p. Lii.), É altamente improvável, já que Shahrastani ou Qirqisani não mencionam essa crença entre os princípios dos yudghanitas. É mais provável que Saadia não se referisse a uma seita judaica especial, mas a todos aqueles, entre os karaitas ou os rabanitas, que mantinham a doutrina dos saduceus e ou para difamar chamando-os de crenças de Pitágoras de Semos, o heleno.

Fonte de pesquisa: Enciclopédia judaica.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Jesus era do nosso partido saduceu?

Cena do filme Jesus, de Mel Gibson
A principal divindade aceita pelos cristãos, conhecido entre os judeus como o rabino Ieshua Nazareno, atacou os perushim (interpretes da "lei") e os al hakim (Sábios do khazal), desqualificou e zombou daqueles que deram gezer'ot (decretos negativos), " takan'ot " (decretos positivos) e " minhag'ot " (costumes), que se impuseram a força por decreto dos fariseus sobre os ombros do povo de Israel em todos os lugares em que viveram durante o tempo de Beit Sheni (Segundo Templo).

O hakham qaréo ʾAbū Yūsuf Yaʿqūb al-Qirqisānī, que viveu na primeira metade do século X, na qual ela menciona que Ieshua era um bom judeu, de acordo com os ensinamentos dos fundadores da seita Caraita, como Tzadok e Anan , onde se lê:
“Alguns karaitas dizem que Ieshua era um saduceu (justo) e que ele seguiu os caminhos de Zadok e Anan, e outros; [ e que os rabanitas conspiraram contra ele e o mataram da mesma maneira que tentaram matar Anan, mas sem sucesso ] ”
Essa apreciação fez eco no caraita Yehudah Hadassi de Constantinopla em meados do século XII, que diz em seu livro Eshkol HaKofer pg142 o seguinte:
“Os que conhecem a Torá que os caraítas usam ( miqra'ot ) dizem que Ieshua era um homem correto , hakham  e saduq que, em suas palavras, começou a ser honesto. E [ que ele ficou do lado ] do caminho da tzadokim (saduceus) e betusim , em cujo coração estava determinado a proibir o abandono das esposas (divorcios), tais como saduceus proibiam".
Al jabbar
"Abd al-Jabbar ibn Ahmad ibn Abd al-Jabbar al-Hamadani al-Asadabadi, Abu Abul-Hasan era um teólogo mu'tazilita, seguidor da escola Shafi‘i. Abd al-Jabbar significa "servo dos poderosos". Ele nasceu em Asadabad, perto de Hamadan, no Irã."

Abdel Al Jabar no livro tatbir ( تطبير é uma forma de derramamento de sangue ritual, praticada como um ato de luto pelos muçulmanos xiitas , na pág. 142, ele fala sobre uma seita judaica que acreditava que Ieshua era um dos tzadukim(justos), até negar seu messianismo, de acordo com a seita, eles dizem que Ieshua foi executado sem culpa acredita-se que Abdel Al-Jabar refere-se ao que disse o caraíta disse Abū Yūsuf Yaʿqūb al-Qirqisānī.

Tatbir
Segundo isto, tal crença na "justiça" de Ieshua é testemunhada por Abū Yūsuf Yaʿqūb al-Qirqisānī sobre o caso de Anás. Ele diz que, Anás pensou que Ieshua não havia rejeitado a Torá escrita de Musa ha Nabi, mas seguiu por este caminho e, portanto, os judeus do khazal precisavam matá-lo. 
Um ponto curioso que Abū Yūsuf Yaʿqūb al-Qirqisānī traz para o judaísmo é que ele considera Ieshua como uma espécie de libertador messianico, como ele escreve:

Os evangelhos não são revelações divinas, e "Ieshua não é um deus, mas seu messianismo deve ser aceito". 

Segundo o historiador egípcio Al-Maqrizi (1364 - 1442) Anás, o caraíta acreditava no messianismo de Ieshua e acreditava que Maomé havia recebido uma revelação divina, que os árabes eram obrigados a observar, mas essa revelação não anulou a Torá de Musa.

Nos comentários de Abū Yūsuf Yaʿqūb al-Qirqisānī sobre um dos livros da caraítas, vê-se que acreditavam que Ieshua, era um herege (min) dos tzadukim (saduceus), e negavam seu messianismo, e pensavam, que havia uma proximidade entre a doutrina de Ieshua e a doutrina de Tzadok e Anan. 

Nehemia Gordón, comenta que os Tzdukim (saduceus) eram a versão primitiva das caraitas , porque " todos os saduceus eram unânimes em sua devoção à Torá e em sua rejeição às inovações farisaicas " (Gordon Nehemia, The Yeshua Hebrew x o Grego Jesus, p. 72), ele também menciona que Abū Yūsuf Yaʿqūb al-Qirqisānī também comparou Ieshua com a Anás o caraíta, porque ambos "se opunham às leis artificiais dos rabinos e tentavam devolver o povo à Torá escrita de Musa Ha Nabi".

Tal hipótese é baseada no que é lido neste capítulo do Evangelho Hebraico de Mateus, sobre o assunto da proibição de seguir Taqanot e Ma'asim , e é por isso que os caraítas durante a Idade Média viam Ieshua como um o velho tzadoki(saduceu), ou um antigo "caraíta", que se opunha aos ancestrais dos rabinos; reforçando assim o ponto de vista do judaísmo rabínico,acrescentando mais um elemento nos diatribes rabínicos, no qual Ieshua poderia ser tipificado como sendo um kofer-Torá (desviado de Tradições judaicas chazalíticas - כופר), semelhantes aos tzadukim e beitosim.

Há outra fonte antiga que nos fornece algumas informações com a o que elimina a hipótese caraíta para Jesus. Ieshua não aparece como um bom saduceu (predecessor das caraítas), pelo contrário, ele também ataca os kohanim tzadukim (sacerdotes saduceus). 

Esse documento é chamado ' Tathbit Dala'il Nubuwwat Sayyidina ' ( تثبيت دلائل النبوة ) cuja autoria corresponde a ' Abd Al-Jabbar AlHammani correspondente aos “Os procedimentos da Academia de Ciências e Humanidades de Israel II, No.13 ”Com o título de:
 היהודים-הנוצרים במאות הראשונות של הנצרות על פי מקור חדש  
Em tal versão, é lido que Ieshu realizou certas desqualificações em relação aos rabinos e aos kohanim(tzdukim-saduceus), conforme lidas na fl144, II 2: 4: هو في [إنجيل] أن يسوع قال لأصحابه: ".. إن الكهنة والحاخامات يجلس على مقعد من موسى واتخاذ القرارات القانونية بالنسبة لك تقبل قرارات الشرعية الدولية ولكن لا تتصرف وفقا لأفعالهم لأنهم يتحدثون لكنها لا تفعل"

" Está no [ o evangelho ] que Ieshua disse a seus companheiros:" Os kohanim [saduceus] e rabinos sentam na cátedra  de Musa ha Nabi e tomam decisões legais, você deve aceitar as suas decisões judiciais, mas [eles]não agem de acordo com suas obras. Eles falam, mas não fazem. "

É importante destacar isso, porque neste caso Ieshua não era apenas parcial contra os Tanaim e os hakim, mas também atacou os Tzadukim (saduceus) que eram os kohanim da época.

Ou seja, pouco ou nada se aproveita.

Shabbat shalom.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Só 1%?, se houverem só 10 qaréos,destruirás?


Durante vários séculos, judeus, cristãos e muçulmanos conviveram na Península Ibérica, depois de alhambra em 1492, e descoberta do Brasil, uma população numerosa de portugueses descendentes de judeus se estabeleceu no Brasil colonial, eles foram chamados de porcos, cripto judeus, marranos e anusim.

A Ibéria era um lugar único na Europa onde o hibridismo criou uma sociedade culturalmente rica. Segundo se conta judeus chegaram à Península muito antes dos islâmicos invadiram alAndaluz no ano de 711, deflagrando uma maciça imigração proveniente do al Magrebi, de mouros.
O termo degredado, etimologicamente 'decretado', do Latim decretum é um termo tradicional legal português usado para se referir a qualquer um que estava sujeito a restrições legais ao seu movimento, fala ou de trabalho. Exílio é uma das várias formas de pena legal. Mas com o desenvolvimento do sistema português de transporte penal, o termo degredado tornou-se sinônimo de um condenado ao exílio, em si referido como degredo.
Há estimativas que mais de 100.000 destes portugueses foram forçados a colonizar o Brasil de 1500 a 1800. Se apenas 1% destes fossem descendentes dos israelitas que comem carne com leite [1%=1000 qaréos], que chegaram ao Nordeste setentrional do Brasil; teri-a-mos 1.000 almas gerando filhos por 20 gerações, talvez nós pudéssemos ter 200.000 a 300.000 almas.
Veja; no nordeste setentrional, subtraídos os 15.000.000 de baianos e 7.000.000 de maranhenses, a população estimada ficaria em torno de 30.000.000 de habitantes e 1% disto seria 300.000 almas. Uma grande quantidade de pessoas que talvez tenham sua origem na semente de Jacó (Zerá Israel).
Agora, se você deduzir que apenas 0,1% desses homens e mulheres nortistas, forem descendentes daqueles israelitas, como as 50 famílias de marranos portugueses que segundo o abade H. Gregorie, durante o século 17 pediram as autoridades batavas(Holandesas) para fundar uma aljama qaréo, independente dos rabinos (infelizmente sem sucesso), e outros como Spinoza, Uriel da Costa e outros muitos saduceus que viviam misturados com os caraítas  na Polonha, então ainda assim teremos 30.000 pessoas. Se conhecesse eu 30.000 amigos que se declarem israelitas qaréos, seria uma imensa comunidade de servos de YHVH.
Me faz lembrar a música "Triste Partida", de autoria do poeta cearense Patativa do Assaré que diz: "Faz pena  o nortista, tão forte e tão bravo, viver como escravo nas terras do Sul".
Mas ao contrário disto, vemos por aí apenas 15 ou 20 pessoas que assim se declaram seguidores da torá escrita; não messiânicos, e a situação anda fica mais complicada quando não há khaveruta com os Hakhmim,(não retiro a razão deles), pois no Brasil de vez em quando aparece certas "pantrolas", que se auto intitulam  de "mor", "cabalistas", "príncipe sudanês" e por aí se metamorfoseia o delirium esquizofrênico e delirium tremens.
Esquizofrenia: termo geral que designa um conjunto de psicoses endógenas cujos sintomas fundamentais apontam a existência de uma dissociação da ação e do pensamento, expressa em uma sintomatologia variada, como delírios persecutórios, alucinações, esp. auditivas, labilidade afetiva etc.
Delirium tremens (DT): é um estado confusional breve, acompanhado de perturbações somáticas, que usualmente acomete usuários de álcool gravemente dependentes em abstinência absoluta ou relativa. Esse quadro geralmente ocorre 3 dias após o início dos sintomas de abstinência e pode durar vários dias.
Agora, uma coisa é certa. "Não confunda foucinho de porco com tomada elétrica", pois nem todo homem ou mulher que se declara marrano e tem interesse a abraçar a torá escrita de Musa ha Nabi, não participa ou apoia este tipo de excrescência.
Então Abraão disse ainda: “Não te ires, Senhor, mas permite-me falar só mais uma vez. E se apenas dez forem encontrados?”Ele respondeu: “Por amor aos dez não a destruirei”.Tendo acabado de falar com Abraão, o Senhor partiu, e Abraão voltou para casa. Gn.18:32,33  
Boa segunda feira!

domingo, 1 de dezembro de 2019

Em nome de YHVH venceremos; Transliteração fonética Ibérica.!

Em Breve teremos sidur transliterado para fonética Ibérica

Atualmente, a maioria das pessoas não está familiarizada com a ideia de oração ordenada. O Israelismo, por mais de 2 milênios, usou a ordenação para a saláh, isto é, a oração que foi estabelecida em uma ordem específica para satisfazer uma necessidade específica. Muitos zombam deste ditado, "Estas são vãs repetições!", citando você - sabe - quem. Outros amam isto porque na saláh ordenada, há compilações de várias partes do tanakh que são recitadas que combinam exatamente como aquele adorador se sente.

Até os fariseus aprenderam, e registraram no talmude..
"Rabi Lazar dizia: “Três coisas anulam um decreto severo: Tefilá (Saláh/Oração), Zadacá (justiça) e Teshubá (Arrependimento)”- Talmud de jerusalém, Taanit 9b."

A saláh ordenada na religião israelita aparentemente veio a existir após a destruição do Iº Templo. A reza estruturada permitia que o qhal louvasse ou pedisse a YHVH em grupo.

Isto realmente levou a “aljama-judaísmo" que existe até hoje. A partir desta ideia surgiu a ideia de um quórum (ou "minyan") como é chamado pelos fariseus rabínicos( não confunda com minim), que um certo número de pessoas devem estar presentes para realizar determinadas rezas. 

Originalmente, a saláh (tefilah) era para o indivíduo – bendizendo e louvando a YHVH como ele achava correto, além de pedir a YHVH uma boa colheita, saúde, proteção ou qualquer outra coisa. Uma das primeiras orações dos Bnei Israel não era uma oração, mas sim uma declaração: 

"Ouvi Israel, YHWH é o nosso Deus, YHWH é um!"
שְׁמַע יִשְׂרָאֵל יְהוָה אֱלֹהֵינוּ יְהוָה אֶחָד.
اِعْلَمْ يَا إِسْرَائِيلَ إِنَّ اللهَ رَبُّنَا اللهُ ٱلوَاحِدُ

Esta foi a oração israelita por muitos séculos, agora existe como um SIDUR - que significa "ordem [de oração]". Alguns de vocês amantes de palavras podem reconhecer que a palavra SIDUR está próxima da palavra SEDER ou saláh do árabe - como em um Seder de Pessach. Bem, você está certo! Ambos SIDDUR e SEDER significam a mesma coisa (para duas coisas diferentes, é claro). SEDER refere-se à "ordem" em que a história da Páscoa é contada. 

No entanto, a oração ordenada não foi amplamente escrita em livros de reza (ou sidurim) até algum tempo após a destruição do II Templo. Até que a tecnologia permitiu que todos tivessem um sidur ou pelo menos compartilhassem um, as pessoas tinham que memorizar orações ou simplesmente responder ao hazzan da aljama (aquele que liderava as orações) dizendo "Amen" ou "Ken y'hi ratzon". As pessoas também tinham que saber ler hebraico ou aramaico, razão pela qual os israelitas sempre foram inflexíveis que seus filhos sejam educados tanto na língua hebraica como na língua da terra em que viviam, no nosso caso o português, espanhol ou o árabe. 

Quando os ibn Qaréos, herdeiros dos saduceus (justos), não podiam aceitar a filosofia de Babel (Confusão) da seita fariseu - rabínica, eles criaram um sidur próprio, não que a filosofia ibn Qaréo, precise usar um sidur para a saláh, mas a oração pode ser espontânea. 

No entanto, você deve ser lembrado que, uma vez que não existe Templo e dízimos hoje, nossas confissões de pecados pessoais e nacionais, juntamente com recitações de certas seções da Torá que coincidem com as antigas ofertas diárias são incentivadas. 

No Sidur dos ibn Qaréos, também são recitados vários Salmos que louvam e exaltam a YHVH como Criador, Valente, Salvador e Perdoador.