terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Ai de mim? Ai de mim!!

Sacerdote de YHVH
Meus caros amigos, temos ouvido e lido sempre coisas contrárias a lógica e a verdade expressa na Torá al kitab (a Torá escrita pelo profeta Musa, de abençoada memória) e aparentemente distorcida ao longo dos milênios pelos vencedores, desde a queda do beit sheni ( segundo templo).

Com a queda do beit sheni em 70 E.C., o caminho ficou aberto para implantação de uma nova lei e mudança inclusive do calendário de YHVH, assim como diz no sefer do al Nabi Dani'el, 7:25:
"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos, e a lei; e "eles" serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade dum tempo."
Eu, ben Adam, não me arrogo no direito de interpretar tal dito do profeta para outros, mas para mim mesmo, penso que pode ter relação com nossa queda, exílio e perseguição por um tempo, e tempos e metade de um tempo.

No Talmud da Babilônia Masekhet Pesakhim 57a está dito:
עליהם ועל כיוצא בהם אמר אבא שאול בן בטנית משום אבא יוסף בן חנין
אוי לי מבית בייתוס אוי לי מאלתן
אוי לי מבית חנין אוי לי מלחישת 
אוי לי מבית קתרוס אוי לי מקולמוסן
אוי לי מבית ישמעאל בן פיאכי אוי לי מאגרופן
שהם כהנים גדולים ובניהן גיזברין וחתניהם
"Um ensinamento de José Barranan , sobre "eles" [os saduceus, seguidores da torá al kitab] transmitido pelo sábio fariseu Aba Shaul ben Batnit( que aparentava por suas palavras odiar os sacerdotes):"
“Ai de mim, pela casa de Boethus; Ai de mim, pelas suas varas!
"Ai de mim, pela casa de Hanan; Ai de mim, pelos seus sussurros!
“Ai de mim, pela casa de Kantheras;Ai de mim por suas canetas!
“Ai de mim, pela casa de Ismael ben Fiabi; Ai de mim pelo seu punho! 
“Porque eles são kohanim gadolim, e seus filhos são tesoureiros(أمين صندوق); seus genros são os oficiais do templo, e seus servos espancam o povo com suas varas ”

O que dá a entender, é que os sacerdotes de YHVH, eram muito malvados e precisavam ser substituídos pelos santos rabinos fariseus, ou seja os mocinhos da história da carochinha. Depois que o beit shení caiu, o que vemos foi a desolação do povo de Israel, e podemos dizer agora nestes 2 milênios de poder completo dos fariseus:
"Ai de mim, pelos beisdim (as cortes) dos rabinos fariseus!
"Ai de mim, quando falam que nossos sacerdotes eram malvados!
"Ai de mim, pelos seus novos mandamentos (Sheva Mitzvot LeHaRabanim)!
"Ai de mim, pelos seus murros e dureza de sua nova lei(talmud)!
O "ai de mim" deles, foi completo, pois veja o que aconteceu com a Casa de Boethos, Hanan, Kantheras e de Fiabi:

BOETHUS:
Foram assassinados pelos sicari; pois os sacerdotes participaram ativamente ao lado dos nacionalistas para impedir a entrada dos romanos na cidade de Jerusalém, infelizmente foram derrotados. Aqueles que incitaram a confusão e destruição de Israel naqueles tempos, se juntaram ao acampamento dos romanos em Yavneh e passaram para a história como os heróis.  Todos os conhecem e os veem por aí.

ISHMAEL BEN PHABI (Piabi) II

Qohen Gadol sob Agripa II - Ismael foi um digno sucessor do sumo sacerdote Finéias. Ele foi nomeado para o cargo por Agripa no ano de 59 e desfrutou da simpatia do povo. Ele era muito rico. sua mãe fez para ele, para o Dia da Expiação, uma túnica sacerdotal que custou 100 minas. Ismael a princípio seguiu o método saduceu de queimar a novilha vermelha sacrificial, mas finalmente [coagido] autorizou o procedimento de acordo com os ensinamentos farisaicos. Sendo um dos dez principais cidadãos de Jerusalém enviados em uma embaixada ao imperador Nero, ele foi detido pela imperatriz em Roma como refém. 

Diz-se também que durante o Grande Levante contra Roma, foi morto Ismael; sua cabeça foi decapitada em Kyrenia . Não se sabe se sua execução ocorreu no início do levante, como vingança ou após a destruição do beit sheni , durante a perseguição aos judeus de Kirini. Aparentemente, seu assassinato foi o premeditado, sendo esta a causa da morte do rabino Ishmael haQohen.

FONTE: Enciclopédia Judaica
Josephus, Ant. xx. 8. §§ 8, 11;idem, BJ vi. 2; § 2;Schürer, Gesch. ii. 219; Büchler, Das Synedrion em Jerusalém, pp. 67, 96, Viena, 1902.


CASA DE KANTHROS

Mão decepada e queimada!
Era shomer Torá, e continuou a observar os mandamentos de YHVH, mesmo com a rebelião. Foi encontrado um certa casa de Katros em Jerusalém, encontraram moedas produzidas na Judéia (67 - 69 , antes do Grande Levante), e os restos de um braço de uma mulher e cerca de 25, indicando que na destruição do beit sheni, os destruidores deceparam a mão de uma mulher. As pedras da casa foram queimadas em fogo feroz, deixadas em toras carbonizadas, bem como camadas de cinza e fuligem, indicando a grande destruição que acompanhou a ocupação da cidade alta pelos romanos, que invadiram a cidade quando os rebeldes saduceus estavam desesperados para protegê-la, e os romanos massacraram a cidade, incendiando suas casas, quando a cidade estava inundada de sangue, os cadáveres enchiam todos os becos e o fogo estava aceso a noite toda. Hoje, o local é conhecido como Burnt House , ou Katros House , e faz parte de um museu de arqueologia chamado subúrbio de Herodian.

Enfim...

"Quem vive da mentira, tem medo da verdade!"

Boa terça feira!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Sebastião Marinho - "Árabes, Europeus, Nordeste e Repente"


Vi, um curioso vídeo do Youtube, "Pé-de-parede O Filme", que é um "bônus do documentário Pé-de-parede, o poeta-repentista Sebastião Marinho nos conta como a arte do Repente chegou ao Nordeste, passando pelo mundo árabe, a França e a península ibérica [al Andaluz ou Sefarad]"

Vale a pena conferir este "עדות" testemunho curioso.

"[...] o povo do deserto que pra quem não sabe..... quando os colonizadores passaram a difundir a trabalhar aqui no Brasil junto com aquelas levas que veio ao brasil no grupo com ele trazia com eles muito muita gente da linha Árabe da minha área guiné, povo árabe... eles não tem como ficar em São Paulo ficou em RJ, não ficaram na região de Salvador porque é litoral, eles se embrenharam e ficaram no nordeste, porque porque o nordeste se identifica muito com aridez do deserto naquele meio que eles fugindo da perseguição e problemas políticos; as perseguições no Brasil ..Souza, Silva, Lima, Pereira, Ferreira..tudo é gentede tradição árabe...então essa cultura da cacimba é completamente da área que se encontra no nordeste, é cultura árabe, não é cultura indígena!"

Boa perscrutação!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Porque aplaudem o mal e defenestram o justo?

"Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda darás testemunho, acompanhando a maioria, para perverteres a justiça" Ex.23:2
Por aí temos lido inúmeros relatos em livros e outras literaturas, onde os saduceus são massacrados, usurpados dos seus direitos como filhos legítimos de linhagem patriarcal de Israel, principalmente por a seguirem a torá al Kitab (lei escrita) de Musa ha Nabi; Rabbenu, Ebed HaYa, Abul haNabim zya"a, são rotulados chamados de gentios e "minim" pelos fariseus filhos de Edom, cuja lei de paternidade baseia-se em genealogias femininas, similar aos desígnios da wicca e sua valorização a linhagem das mulheres.

O saduceus são chamados de idiotas, sem direito ao suposto "olam rabá", dignos de morte, de livros impuros, comida impura, casamentos inválidos, guias de cegos e blá e blá. Se eu for escrever e referenciar como os livros da lei da babilônia e outros muitos escritos, perderia um bom tempo de minha curta vida. 

Já vi gente em uma crise de histeria, ou como se fala aqui na minha terra natal:" dando uma piloura", quando se fala em certos assuntos que, ferem frontalmente a farsa sofista, de bater nos outros e em seguida fingir choro ou fragilidade. O mesmo acontece com "eles", que agridem os saduceus e depois fingem serem os "pisiguidos".
Sofisma: argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.
Nós, os saduquim, ou os seus filhos que restaram, perdemos tudo por amor a Torá al Kitab de Musa  Rabbenu, Ebed HaYa, Abul haNabiim zya"a. Somos semitas, israelitas, monoteístas, submissos a YHVH somente, mas não somos judeus da torá oral (talmud), definitivamente; NÃO! E dessa forma eles impedem nosso direito- Israel beitenu! E isto sim é um antissemitismo velado.

Para clarear um pouco a mente, veja você mesmo alguns termos: 
Antissemitismo é o preconceito, hostilidade ou discriminação contra semitas baseada em ódio contra seu histórico étnico, cultural e/ou religioso. A pessoa que defende este ponto de vista é chamada de "antissemita". O antissemitismo é geralmente considerado uma forma de racismo. 
Nem todo praticante de judaísmo é etnicamente semita e nem todo islâmico é não semita. Você poderá ter por exemplo cristãos ou islâmicos geneticamente semitas e judeus geneticamente Alemães, sem um pingo de traço semita, dado as conversões k'halakha.
Semita: O termo semita tem como principal conjunto linguístico composto por uma família de vários povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus (israelitas), que compartilham as mesmas origens culturais. A origem da palavra semita vem de uma expressão em Bereshit e referia-se a linhagem de descendentes de Shem, ben Noakh.
Antijudaísmo é uma oposição ou hostilidade ao judaísmo e seus praticantes. Ele é diferente do antissemitismo por ser baseado no repúdio, religioso ou de outro motivo, a práticas ou crenças da religião judaica, e não em supostos fatores raciais.
Um islão pode ser anti-judeu, um judeu pode ser anti cristão, um cristão pode ser anti-islão, um comunista deve ser anti-liberal, um monarquista deve ser anti-republicano e cada um defende o seu partido.

Segundo dr. Luke Timothy Johnson, a difamação mútua entre seitas concorrentes (fariseus, nazarenos, essênios e saduceus) era bastante forte no período do beit sheni, e segundo ele as obras dos nazarenos e outros foram obras  compostas[ ou nasceu a idéia] neste ambiente. 
Luke Timothy Johnson é um estudioso do Novo Testamento americano e historiador do início do cristianismo. Ele é o professor do Robert W. Woodruff de origens cristãs do Novo Testamento e da Candler School of Theology e membro sênior do Centro de Estudos de Direito e Religião da Universidade de Emory.
"Com a destruição proposital do beit sheni, o sacerdócio judeu e, portanto, a classe dos saduceus foi massacrada e, portanto, deixou de existir. Foi massacrada devido ao seu papel de luta e resistência na primeira Guerra Israelita-Romana". Pasmem, os fariseus dizem que somos helenistas e reformadores, porém eles é que se aliaram a Edom( Roma) no tempo de Hircanus II, para tramar a destruição de Israel e do beit sheni ie como efeito colateral destruir também os sacerdotes e levitas, pondo fim no governo dos saduceus; ademais "eles" foram morar no assentamento dos romanos em Eres Israili, Jamnia.

Abu Imran Musā bin Maimun ibn Abdullah al-Kurtubi al-Israili, no seu tratado para Pirkei Abot , mostra os saduceus como (Gonvei Da'at) ladrões do conhecimento de Klal Iehudah quando, negam intencionalmente a interpretação dos sábios da tradição hazal da torá she b' al pé - Maimun Abot, cap.II. Da mesma forma, no seu tratado de Mishné torá, Abu Imran Musā bin Maimun ibn Abdullah al-Kurtubi al-Israili define os saduceus como "prejudicando Israel e fazendo com que a nação se desvie de seguir a HShem" - H. Abodá Zará 10: 2.

Yosse ben Yoezer de Zeredah, presumidamente saduceu foi chamado pelos fariseus de Sheraya – o leniente, demasiadamente permissivo, condescendente, que não demonstra reação.

Qohen Gadol João Hircano - Foi chamado filho de uma prostituta por 'eles".

Qohem Gadol Alexandre Janeu - Impuro e sanguinário, foi inclusive atacado com limões etrog, uma fruta chinesa, por não obedecer aos fariseus.

Nasi Iehudah ibn Tabai, acusado pelos fariseus de condenar um inocente e não saber julgar. era mui amado pelo povo.

Rav Shemaiah, foi dito que era um gentio convertido;

R. Shamai ha Zaqen, era chamado de mestre da escola do ódio;

Eliezer filho de Yossi, o Galileu, opositor à Aqiba, dizia que galinhas não tem leite;

Eliezer ben Hyrcanus, por seguir a Shamai, por fim foi excomungado;

Akabya ben Mahalalel, por não concordar com os fariseus; foi excomungado; ele disse: "Os teus próprios feitos te farão bem, ou os teus próprios feitos te tornarão desagradável".

Enfim, há tantos que depois traremos à luz.

Ereb tob!
















A Berbéria esteve por aqui!

Desgraçadamente, com a introdução dos navios à vela e das técnicas europeias de navegação, a partir de meados do século 17, os piratas da Berberia começaram a chegar regularmente às ilhas e às costas europeias do Atlântico, ameaçando a navegação em todo o Atlântico Nordeste.

Para nós, contamos depois da caída do beit sheni:
  • Exílio como servos dos romanos para Sefarad..
  • Anos de relativa paz e prosperidade nas terras dos Godos
  • Chegam os fariseus em Sefarad...
  • Retoma-se a disputa das casas de Shamai e Hilel..
  • Chegam os Islâmicos...
  • Anos de impostos altos [dihimi], e relativa paz....
  • Conversões..
  • A reconquista Cristã
  • Expulsões..
  • Conversões...
  • Servos de novo...
  • Exílio para mais oeste..Novo Mundo.
Nordeste Setentrional do Brasil

Em 1617, piratas de al-Jazā’ir  e Salé lançaram um poderoso ataque ao litoral cantábrico e galego, saqueando e destruindo Bouzas, Cangas e as igrejas de Moaña na Galiza e Darbo., mas uma tentativa de tomada de Vigo foi repelida pela guarnição da cidade.

Mesmo regiões relativamente distantes do Mediterrâneo não estavam a salvo. Na Islândia, em 1627 o pirata Murat Reis almirante corsário albanês islâmico otomano, considerado um dos mais importantes corsários bárbaros, saqueou várias povoações costeiras, incluindo as ilhas Vestmannaeyjar no sul da Islândia, levando consigo 242 prisioneiros, a maioria dos quais morreria em cativeiro. Entre os cativos de Vestmannaeyjar estava o ministro cristão luterano Oluf Eigilsson, que foi libertado contra o pagamento de um resgate e que escreveu em 1628 um detalhado relato da sua experiência. Em Junho de 1631, o mesmo Murat Reis, com piratas de al-Jazā’ir e tropas otomanas, tomou a vila irlandesa de Baltimore, no condado de Cork, capturando a maioria dos habitantes brancos, os quais foram vendidos como escravos no al Magrebi.
ISBN1-84603-240-7

E o que isso tem a ver com israelis qaréos ( saduceus justos)? Tem muito a ver! Pois, muitos de nós foram reduzidos novamente a servidão depois de al Hambra(1492) e para aqueles que duvidam, existe o registo de "cativos brasileiros", entre os islâmicos,  como uma certa Maria, resgatada ao fim de 12 anos com sua filha, ou o padre Romão Furtado de Mendonça ( Livro Os Piratas Da Somália !pg98 - Maria Helena Guedes), ambos regatados junto com outros 365 cristãos pelos frades da Ordo Sanctissimae Trinitatis redemptionis captivorum [Trinitários]. A escravidão e lucro não escolhiam cor da pele, apenas o lucro interessava.
"No primeiro resgate, em 1720, os frades trinitários tentaram resgatar todos os cristãos cativos, mas não o conseguiram, deixando para trás pelo menos 40, que não estavam em al-Jazā’ir  por se encontrarem obrigados a atividades de corso ou simplesmente porque o "bei" não tinha autorizado.
Entre os 365 cristãos resgatados estavam os “brasileiros” padre Romão Furtado de Mendonça, natural do Rio de Janeiro, de 27 anos, Miguel de Sequeira, homem negro, marinheiro, natural do Grão Pará, de 57 anos; Esperança, mulher negra, natural do Maranhão, de 25 anos; e Manuel Tapuia, natural do Grão Pará, de 14 anos, todos eles com um ano de cativeiro.
Possivelmente viajavam num navio charrua – veleiro lento, com grandes porões e armamento reduzido – do Maranhão, que fora aprisionada perto da costa brasileira, e da qual o próprio contramestre, Agostinho de Medeiros e Paiva, de 29 anos, natural da Ilha de São Miguel, nos Açores, também fora resgatado. Houve ainda a libertação de uma certa Maria, mulher preta, natural de Pernambuco, de 26 anos e já com 12 anos de cativeiro. Foi resgatada juntamente com sua filha Josefa, de dois anos, nascida em al-Jazā’ir ."
 "Em 1731 foram resgatados e libertados 193 cativos, dos quais 7 foram trocados por islâmicos. Por falta de dinheiro, os frades deixaram de resgatar outros 24. Neste resgate, entre os cativos provenientes de terras brasileiras estavam o padre Francisco da Rocha Lima, cônego da Sé de Grão Pará, natural de Ponte de Lima, de 42 anos e três de cativeiro. Custou este cativo, em moeda de al-Jazā’ir ,1.771,00 patacas, que correspondia a 1.328$250réis. Inácio Machado, mestre em calafetação, homem preto, filho de Ventura Rodrigues, natural de Sergipe de El Rei, de 23 anos e cinco anos de cativeiro, custou 857 patacas, ou seja, 642$750 réis."
"O último resgate geral do reinado de D. João V ocorreu em 1739 e libertou 178 cativos portugueses, 11 por troca com "mouros" servos perpétuos das galés.
Entre os resgatados do Brasil estava Luísa Maria, mulher negra, natural da Bahia, com 21 anos de idade e dois de cativeiro, e Antônio Fernandes da Silva, marinheiro, natural de Pernambuco, filho de Silvestre Fernandes de Silva, de 27 anos de idade e quatro de cativeiro."
"Entre quase 1.000 cativos resgatados de al-Jazā’ir nesse período, encontramos portugueses da metrópole provenientes das ilhas atlânticas, da costa do al Gharb (sul de Portugal), das cidades de Setúbal, Lisboa, Peniche e outras zonas portuárias portuguesas."
Mas surgiram também cativos já nascidos no Brasil, prova de que saques e atividades dos corsários da Berberia eram realizados em pleno Atlântico e fica claro, que também na costa brasileira, onde havia forte movimentação do "Slave Atlantic Sea" operados pelas cia(s) de navegação, e navios das mais variadas classes, tais como o "Orion", saim dos porto de Guiné, e também do Nordeste Setentrional brasileiro para a Africa. Como se diz, infortunadamente a "mercadoria-escravizados" ia e vinha de uma margem para a outra do atlântico, com fluxo maior as saídas da Africa.

Inglaterra reclamando...
"O comércio de escravos no Atlântico transferiu escravos africanos da África para colônias no Novo Mundo. Grande parte do comércio de escravos seguia uma rota triangular : os escravos eram transportados da África para o Caribe, o açúcar de lá para a América do Norte ou Europa e os produtos manufaturados de lá para a África. Judeus [rabinicos] e descendentes de judeus[rabinicos] participaram do comércio de escravos nos dois lados do Atlântico, na Holanda, Espanha e Portugal no lado oriental, e no Brasil, Caribe e América do Norte no lado oeste." -Wiznitzer, Arnold, Judeus no Brasil Colonial , Columbia University Press.

Hoje, alguns tentam tapar a sujeira(barro na parede) da história, e tentar reescrever com tons mais rosa, mas o que foi feito, foi feito, o que se pode fazer é perdoar.

"Quem vive da mentira deve temer a verdade!"
(Friedrich Christian, Príncipe de Schaumburg Lippe)

No próximo post, falaremos sobre os Barbosas!