terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Ai de mim? Ai de mim!!

Sacerdote de YHVH
Meus caros amigos, temos ouvido e lido sempre coisas contrárias a lógica e a verdade expressa na Torá al kitab (a Torá escrita pelo profeta Musa, de abençoada memória) e aparentemente distorcida ao longo dos milênios pelos vencedores, desde a queda do beit sheni ( segundo templo).

Com a queda do beit sheni em 70 E.C., o caminho ficou aberto para implantação de uma nova lei e mudança inclusive do calendário de YHVH, assim como diz no sefer do al Nabi Dani'el, 7:25:
"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos, e a lei; e "eles" serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade dum tempo."
Eu, ben Adam, não me arrogo no direito de interpretar tal dito do profeta para outros, mas para mim mesmo, penso que pode ter relação com nossa queda, exílio e perseguição por um tempo, e tempos e metade de um tempo.

No Talmud da Babilônia Masekhet Pesakhim 57a está dito:
עליהם ועל כיוצא בהם אמר אבא שאול בן בטנית משום אבא יוסף בן חנין
אוי לי מבית בייתוס אוי לי מאלתן
אוי לי מבית חנין אוי לי מלחישת 
אוי לי מבית קתרוס אוי לי מקולמוסן
אוי לי מבית ישמעאל בן פיאכי אוי לי מאגרופן
שהם כהנים גדולים ובניהן גיזברין וחתניהם
"Um ensinamento de José Barranan , sobre "eles" [os saduceus, seguidores da torá al kitab] transmitido pelo sábio fariseu Aba Shaul ben Batnit( que aparentava por suas palavras odiar os sacerdotes):"
“Ai de mim, pela casa de Boethus; Ai de mim, pelas suas varas!
"Ai de mim, pela casa de Hanan; Ai de mim, pelos seus sussurros!
“Ai de mim, pela casa de Kantheras;Ai de mim por suas canetas!
“Ai de mim, pela casa de Ismael ben Fiabi; Ai de mim pelo seu punho! 
“Porque eles são kohanim gadolim, e seus filhos são tesoureiros(أمين صندوق); seus genros são os oficiais do templo, e seus servos espancam o povo com suas varas ”

O que dá a entender, é que os sacerdotes de YHVH, eram muito malvados e precisavam ser substituídos pelos santos rabinos fariseus, ou seja os mocinhos da história da carochinha. Depois que o beit shení caiu, o que vemos foi a desolação do povo de Israel, e podemos dizer agora nestes 2 milênios de poder completo dos fariseus:
"Ai de mim, pelos beisdim (as cortes) dos rabinos fariseus!
"Ai de mim, quando falam que nossos sacerdotes eram malvados!
"Ai de mim, pelos seus novos mandamentos (Sheva Mitzvot LeHaRabanim)!
"Ai de mim, pelos seus murros e dureza de sua nova lei(talmud)!
O "ai de mim" deles, foi completo, pois veja o que aconteceu com a Casa de Boethos, Hanan, Kantheras e de Fiabi:

BOETHUS:
Foram assassinados pelos sicari; pois os sacerdotes participaram ativamente ao lado dos nacionalistas para impedir a entrada dos romanos na cidade de Jerusalém, infelizmente foram derrotados. Aqueles que incitaram a confusão e destruição de Israel naqueles tempos, se juntaram ao acampamento dos romanos em Yavneh e passaram para a história como os heróis.  Todos os conhecem e os veem por aí.

ISHMAEL BEN PHABI (Piabi) II

Qohen Gadol sob Agripa II - Ismael foi um digno sucessor do sumo sacerdote Finéias. Ele foi nomeado para o cargo por Agripa no ano de 59 e desfrutou da simpatia do povo. Ele era muito rico. sua mãe fez para ele, para o Dia da Expiação, uma túnica sacerdotal que custou 100 minas. Ismael a princípio seguiu o método saduceu de queimar a novilha vermelha sacrificial, mas finalmente [coagido] autorizou o procedimento de acordo com os ensinamentos farisaicos. Sendo um dos dez principais cidadãos de Jerusalém enviados em uma embaixada ao imperador Nero, ele foi detido pela imperatriz em Roma como refém. 

Diz-se também que durante o Grande Levante contra Roma, foi morto Ismael; sua cabeça foi decapitada em Kyrenia . Não se sabe se sua execução ocorreu no início do levante, como vingança ou após a destruição do beit sheni , durante a perseguição aos judeus de Kirini. Aparentemente, seu assassinato foi o premeditado, sendo esta a causa da morte do rabino Ishmael haQohen.

FONTE: Enciclopédia Judaica
Josephus, Ant. xx. 8. §§ 8, 11;idem, BJ vi. 2; § 2;Schürer, Gesch. ii. 219; Büchler, Das Synedrion em Jerusalém, pp. 67, 96, Viena, 1902.


CASA DE KANTHROS

Mão decepada e queimada!
Era shomer Torá, e continuou a observar os mandamentos de YHVH, mesmo com a rebelião. Foi encontrado um certa casa de Katros em Jerusalém, encontraram moedas produzidas na Judéia (67 - 69 , antes do Grande Levante), e os restos de um braço de uma mulher e cerca de 25, indicando que na destruição do beit sheni, os destruidores deceparam a mão de uma mulher. As pedras da casa foram queimadas em fogo feroz, deixadas em toras carbonizadas, bem como camadas de cinza e fuligem, indicando a grande destruição que acompanhou a ocupação da cidade alta pelos romanos, que invadiram a cidade quando os rebeldes saduceus estavam desesperados para protegê-la, e os romanos massacraram a cidade, incendiando suas casas, quando a cidade estava inundada de sangue, os cadáveres enchiam todos os becos e o fogo estava aceso a noite toda. Hoje, o local é conhecido como Burnt House , ou Katros House , e faz parte de um museu de arqueologia chamado subúrbio de Herodian.

Enfim...

"Quem vive da mentira, tem medo da verdade!"

Boa terça feira!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Sebastião Marinho - "Árabes, Europeus, Nordeste e Repente"


Vi, um curioso vídeo do Youtube, "Pé-de-parede O Filme", que é um "bônus do documentário Pé-de-parede, o poeta-repentista Sebastião Marinho nos conta como a arte do Repente chegou ao Nordeste, passando pelo mundo árabe, a França e a península ibérica [al Andaluz ou Sefarad]"

Vale a pena conferir este "עדות" testemunho curioso.

"[...] o povo do deserto que pra quem não sabe..... quando os colonizadores passaram a difundir a trabalhar aqui no Brasil junto com aquelas levas que veio ao brasil no grupo com ele trazia com eles muito muita gente da linha Árabe da minha área guiné, povo árabe... eles não tem como ficar em São Paulo ficou em RJ, não ficaram na região de Salvador porque é litoral, eles se embrenharam e ficaram no nordeste, porque porque o nordeste se identifica muito com aridez do deserto naquele meio que eles fugindo da perseguição e problemas políticos; as perseguições no Brasil ..Souza, Silva, Lima, Pereira, Ferreira..tudo é gentede tradição árabe...então essa cultura da cacimba é completamente da área que se encontra no nordeste, é cultura árabe, não é cultura indígena!"

Boa perscrutação!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Porque aplaudem o mal e defenestram o justo?

"Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda darás testemunho, acompanhando a maioria, para perverteres a justiça" Ex.23:2
Por aí temos lido inúmeros relatos em livros e outras literaturas, onde os saduceus são massacrados, usurpados dos seus direitos como filhos legítimos de linhagem patriarcal de Israel, principalmente por a seguirem a torá al Kitab (lei escrita) de Musa ha Nabi; Rabbenu, Ebed HaYa, Abul haNabim zya"a, são rotulados chamados de gentios e "minim" pelos fariseus filhos de Edom, cuja lei de paternidade baseia-se em genealogias femininas, similar aos desígnios da wicca e sua valorização a linhagem das mulheres.

O saduceus são chamados de idiotas, sem direito ao suposto "olam rabá", dignos de morte, de livros impuros, comida impura, casamentos inválidos, guias de cegos e blá e blá. Se eu for escrever e referenciar como os livros da lei da babilônia e outros muitos escritos, perderia um bom tempo de minha curta vida. 

Já vi gente em uma crise de histeria, ou como se fala aqui na minha terra natal:" dando uma piloura", quando se fala em certos assuntos que, ferem frontalmente a farsa sofista, de bater nos outros e em seguida fingir choro ou fragilidade. O mesmo acontece com "eles", que agridem os saduceus e depois fingem serem os "pisiguidos".
Sofisma: argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.
Nós, os saduquim, ou os seus filhos que restaram, perdemos tudo por amor a Torá al Kitab de Musa  Rabbenu, Ebed HaYa, Abul haNabiim zya"a. Somos semitas, israelitas, monoteístas, submissos a YHVH somente, mas não somos judeus da torá oral (talmud), definitivamente; NÃO! E dessa forma eles impedem nosso direito- Israel beitenu! E isto sim é um antissemitismo velado.

Para clarear um pouco a mente, veja você mesmo alguns termos: 
Antissemitismo é o preconceito, hostilidade ou discriminação contra semitas baseada em ódio contra seu histórico étnico, cultural e/ou religioso. A pessoa que defende este ponto de vista é chamada de "antissemita". O antissemitismo é geralmente considerado uma forma de racismo. 
Nem todo praticante de judaísmo é etnicamente semita e nem todo islâmico é não semita. Você poderá ter por exemplo cristãos ou islâmicos geneticamente semitas e judeus geneticamente Alemães, sem um pingo de traço semita, dado as conversões k'halakha.
Semita: O termo semita tem como principal conjunto linguístico composto por uma família de vários povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus (israelitas), que compartilham as mesmas origens culturais. A origem da palavra semita vem de uma expressão em Bereshit e referia-se a linhagem de descendentes de Shem, ben Noakh.
Antijudaísmo é uma oposição ou hostilidade ao judaísmo e seus praticantes. Ele é diferente do antissemitismo por ser baseado no repúdio, religioso ou de outro motivo, a práticas ou crenças da religião judaica, e não em supostos fatores raciais.
Um islão pode ser anti-judeu, um judeu pode ser anti cristão, um cristão pode ser anti-islão, um comunista deve ser anti-liberal, um monarquista deve ser anti-republicano e cada um defende o seu partido.

Segundo dr. Luke Timothy Johnson, a difamação mútua entre seitas concorrentes (fariseus, nazarenos, essênios e saduceus) era bastante forte no período do beit sheni, e segundo ele as obras dos nazarenos e outros foram obras  compostas[ ou nasceu a idéia] neste ambiente. 
Luke Timothy Johnson é um estudioso do Novo Testamento americano e historiador do início do cristianismo. Ele é o professor do Robert W. Woodruff de origens cristãs do Novo Testamento e da Candler School of Theology e membro sênior do Centro de Estudos de Direito e Religião da Universidade de Emory.
"Com a destruição proposital do beit sheni, o sacerdócio judeu e, portanto, a classe dos saduceus foi massacrada e, portanto, deixou de existir. Foi massacrada devido ao seu papel de luta e resistência na primeira Guerra Israelita-Romana". Pasmem, os fariseus dizem que somos helenistas e reformadores, porém eles é que se aliaram a Edom( Roma) no tempo de Hircanus II, para tramar a destruição de Israel e do beit sheni ie como efeito colateral destruir também os sacerdotes e levitas, pondo fim no governo dos saduceus; ademais "eles" foram morar no assentamento dos romanos em Eres Israili, Jamnia.

Abu Imran Musā bin Maimun ibn Abdullah al-Kurtubi al-Israili, no seu tratado para Pirkei Abot , mostra os saduceus como (Gonvei Da'at) ladrões do conhecimento de Klal Iehudah quando, negam intencionalmente a interpretação dos sábios da tradição hazal da torá she b' al pé - Maimun Abot, cap.II. Da mesma forma, no seu tratado de Mishné torá, Abu Imran Musā bin Maimun ibn Abdullah al-Kurtubi al-Israili define os saduceus como "prejudicando Israel e fazendo com que a nação se desvie de seguir a HShem" - H. Abodá Zará 10: 2.

Yosse ben Yoezer de Zeredah, presumidamente saduceu foi chamado pelos fariseus de Sheraya – o leniente, demasiadamente permissivo, condescendente, que não demonstra reação.

Qohen Gadol João Hircano - Foi chamado filho de uma prostituta por 'eles".

Qohem Gadol Alexandre Janeu - Impuro e sanguinário, foi inclusive atacado com limões etrog, uma fruta chinesa, por não obedecer aos fariseus.

Nasi Iehudah ibn Tabai, acusado pelos fariseus de condenar um inocente e não saber julgar. era mui amado pelo povo.

Rav Shemaiah, foi dito que era um gentio convertido;

R. Shamai ha Zaqen, era chamado de mestre da escola do ódio;

Eliezer filho de Yossi, o Galileu, opositor à Aqiba, dizia que galinhas não tem leite;

Eliezer ben Hyrcanus, por seguir a Shamai, por fim foi excomungado;

Akabya ben Mahalalel, por não concordar com os fariseus; foi excomungado; ele disse: "Os teus próprios feitos te farão bem, ou os teus próprios feitos te tornarão desagradável".

Enfim, há tantos que depois traremos à luz.

Ereb tob!
















A Berbéria esteve por aqui!

Desgraçadamente, com a introdução dos navios à vela e das técnicas europeias de navegação, a partir de meados do século 17, os piratas da Berberia começaram a chegar regularmente às ilhas e às costas europeias do Atlântico, ameaçando a navegação em todo o Atlântico Nordeste.

Para nós, contamos depois da caída do beit sheni:
  • Exílio como servos dos romanos para Sefarad..
  • Anos de relativa paz e prosperidade nas terras dos Godos
  • Chegam os fariseus em Sefarad...
  • Retoma-se a disputa das casas de Shamai e Hilel..
  • Chegam os Islâmicos...
  • Anos de impostos altos [dihimi], e relativa paz....
  • Conversões..
  • A reconquista Cristã
  • Expulsões..
  • Conversões...
  • Servos de novo...
  • Exílio para mais oeste..Novo Mundo.
Nordeste Setentrional do Brasil

Em 1617, piratas de al-Jazā’ir  e Salé lançaram um poderoso ataque ao litoral cantábrico e galego, saqueando e destruindo Bouzas, Cangas e as igrejas de Moaña na Galiza e Darbo., mas uma tentativa de tomada de Vigo foi repelida pela guarnição da cidade.

Mesmo regiões relativamente distantes do Mediterrâneo não estavam a salvo. Na Islândia, em 1627 o pirata Murat Reis almirante corsário albanês islâmico otomano, considerado um dos mais importantes corsários bárbaros, saqueou várias povoações costeiras, incluindo as ilhas Vestmannaeyjar no sul da Islândia, levando consigo 242 prisioneiros, a maioria dos quais morreria em cativeiro. Entre os cativos de Vestmannaeyjar estava o ministro cristão luterano Oluf Eigilsson, que foi libertado contra o pagamento de um resgate e que escreveu em 1628 um detalhado relato da sua experiência. Em Junho de 1631, o mesmo Murat Reis, com piratas de al-Jazā’ir e tropas otomanas, tomou a vila irlandesa de Baltimore, no condado de Cork, capturando a maioria dos habitantes brancos, os quais foram vendidos como escravos no al Magrebi.
ISBN1-84603-240-7

E o que isso tem a ver com israelis qaréos ( saduceus justos)? Tem muito a ver! Pois, muitos de nós foram reduzidos novamente a servidão depois de al Hambra(1492) e para aqueles que duvidam, existe o registo de "cativos brasileiros", entre os islâmicos,  como uma certa Maria, resgatada ao fim de 12 anos com sua filha, ou o padre Romão Furtado de Mendonça ( Livro Os Piratas Da Somália !pg98 - Maria Helena Guedes), ambos regatados junto com outros 365 cristãos pelos frades da Ordo Sanctissimae Trinitatis redemptionis captivorum [Trinitários]. A escravidão e lucro não escolhiam cor da pele, apenas o lucro interessava.
"No primeiro resgate, em 1720, os frades trinitários tentaram resgatar todos os cristãos cativos, mas não o conseguiram, deixando para trás pelo menos 40, que não estavam em al-Jazā’ir  por se encontrarem obrigados a atividades de corso ou simplesmente porque o "bei" não tinha autorizado.
Entre os 365 cristãos resgatados estavam os “brasileiros” padre Romão Furtado de Mendonça, natural do Rio de Janeiro, de 27 anos, Miguel de Sequeira, homem negro, marinheiro, natural do Grão Pará, de 57 anos; Esperança, mulher negra, natural do Maranhão, de 25 anos; e Manuel Tapuia, natural do Grão Pará, de 14 anos, todos eles com um ano de cativeiro.
Possivelmente viajavam num navio charrua – veleiro lento, com grandes porões e armamento reduzido – do Maranhão, que fora aprisionada perto da costa brasileira, e da qual o próprio contramestre, Agostinho de Medeiros e Paiva, de 29 anos, natural da Ilha de São Miguel, nos Açores, também fora resgatado. Houve ainda a libertação de uma certa Maria, mulher preta, natural de Pernambuco, de 26 anos e já com 12 anos de cativeiro. Foi resgatada juntamente com sua filha Josefa, de dois anos, nascida em al-Jazā’ir ."
 "Em 1731 foram resgatados e libertados 193 cativos, dos quais 7 foram trocados por islâmicos. Por falta de dinheiro, os frades deixaram de resgatar outros 24. Neste resgate, entre os cativos provenientes de terras brasileiras estavam o padre Francisco da Rocha Lima, cônego da Sé de Grão Pará, natural de Ponte de Lima, de 42 anos e três de cativeiro. Custou este cativo, em moeda de al-Jazā’ir ,1.771,00 patacas, que correspondia a 1.328$250réis. Inácio Machado, mestre em calafetação, homem preto, filho de Ventura Rodrigues, natural de Sergipe de El Rei, de 23 anos e cinco anos de cativeiro, custou 857 patacas, ou seja, 642$750 réis."
"O último resgate geral do reinado de D. João V ocorreu em 1739 e libertou 178 cativos portugueses, 11 por troca com "mouros" servos perpétuos das galés.
Entre os resgatados do Brasil estava Luísa Maria, mulher negra, natural da Bahia, com 21 anos de idade e dois de cativeiro, e Antônio Fernandes da Silva, marinheiro, natural de Pernambuco, filho de Silvestre Fernandes de Silva, de 27 anos de idade e quatro de cativeiro."
"Entre quase 1.000 cativos resgatados de al-Jazā’ir nesse período, encontramos portugueses da metrópole provenientes das ilhas atlânticas, da costa do al Gharb (sul de Portugal), das cidades de Setúbal, Lisboa, Peniche e outras zonas portuárias portuguesas."
Mas surgiram também cativos já nascidos no Brasil, prova de que saques e atividades dos corsários da Berberia eram realizados em pleno Atlântico e fica claro, que também na costa brasileira, onde havia forte movimentação do "Slave Atlantic Sea" operados pelas cia(s) de navegação, e navios das mais variadas classes, tais como o "Orion", saim dos porto de Guiné, e também do Nordeste Setentrional brasileiro para a Africa. Como se diz, infortunadamente a "mercadoria-escravizados" ia e vinha de uma margem para a outra do atlântico, com fluxo maior as saídas da Africa.

Inglaterra reclamando...
"O comércio de escravos no Atlântico transferiu escravos africanos da África para colônias no Novo Mundo. Grande parte do comércio de escravos seguia uma rota triangular : os escravos eram transportados da África para o Caribe, o açúcar de lá para a América do Norte ou Europa e os produtos manufaturados de lá para a África. Judeus [rabinicos] e descendentes de judeus[rabinicos] participaram do comércio de escravos nos dois lados do Atlântico, na Holanda, Espanha e Portugal no lado oriental, e no Brasil, Caribe e América do Norte no lado oeste." -Wiznitzer, Arnold, Judeus no Brasil Colonial , Columbia University Press.

Hoje, alguns tentam tapar a sujeira(barro na parede) da história, e tentar reescrever com tons mais rosa, mas o que foi feito, foi feito, o que se pode fazer é perdoar.

"Quem vive da mentira deve temer a verdade!"
(Friedrich Christian, Príncipe de Schaumburg Lippe)

No próximo post, falaremos sobre os Barbosas! 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Judaísmo Monoteísta - Qaréo?

Estive estes dias, fazendo coisas de velho, lendo jornais e passeando pelas páginas da "internet", lí um artigo muito curioso da "al Jazira", que é a maior emissora de televisão jornalística do Qatar e a mais importante rede de televisão do mundo árabe. Sediada em Doha, transmite em língua árabe e inglês. Curiosamente a palavra Al Jazira, significa "península".
Que os leitores possam me perdoar por algum erro, pois é uma tradução livre para a língua portuguesa, e pode conter imprecisões e até anacronismos de minha parte.
 A média traz umas informações interessantes, falando dos israelitas [Judeus] do Levante: 
 Syria:
"Os israelitas da Síria são dois grupos, o primeiro veio do Al Andaluz e se estabeleceu nas principais cidades da Síria, e logo se converteu em árabe."
Como assim, israelitas se tornando árabes? Julgo que estes israelitas eram o que na também península ibérica, os seus detratores os chamavam de hereges saduceus....julgo que sejam, pois o judaísmo dos saduqim, tem cores parecidas com a religião monoteísta da submissão a Deus.
"Com o surgimento do sistema de concessões estrangeiras no Império Otomano, outro grupo djudeus europeus entrou  e formou metade dos judeus de Damasco e Alepo, e no final do século IX (na época dos Qaréos da Ibéria), as diferenças entre os dois grupos na Síria se dissolveram."
Humm, o que terá acontecido?

Líbano:

"Os judeus do Líbano, a maioria deles veio de Al Andaluz (Espanha) no final do século XV e início do século XVI ( devem ser alguns que escaparam depois do decreto de 1492 - al Hambra), e viviam em áreas montanhosas e altas, como Deir El Qamar e Al Mukhtara, Ain Zhalta, Rashaya e Jazzin."
Os judeus da Andaluzia:
"Os judeus [rabínicos] não tinham um grande número no Al Andaluz, mas se beneficiaram da conquista islâmica e fortaleceram sua presença nela. O estado era dominado por judeus [rabínicos], e logo que as coisas voltaram à sua normalidade, e também com a ascensão da família Al Mohada em 1146, quando os judeus [rabínicos] não tinham mais esse status excelente. A presença judaica andaluza estava concentrada em cidades como Córdoba, Toledo[ havia muitos caraítas aqui] , Sevilha e Saragoça, dependendo da situação distinta que adquiriram. E altas posições no aparato estatal que eles ocupavam."
Mundo do Islã
"Os judeus do mundo islâmico, com o início da Idade Média no Ocidente, constituíam mais da metade dos judeus do mundo, e diminuíram ...razão:
Muitos judeus rabínicos se converteram ao judaísmo monoteísta influenciado pelo Islã, cujo desaparecimento é difícil de explicar sem considerar a conversão ao Islã [forçada] como a principal razão para isso."
Muitos judeus rabínicos se converteram ao judaísmo monoteísta!!!, então há um judaísmo não monoteísta que acredita em muitas divindades no Céu e um judaísmo monoteísta, que não acredita em anjos, demônios e outas divindades no céu, exceto YHVH al Malik ha Shamaym. Estes últimos seriam os israelitas do partido dos justos, os saduceus, karaitas, karéos, bnei mikra ou outro nome que se dê aos israelitas submissos a YHVH somente.

Estes que segundo a mídia se converteram, talvez fossem saduceus, que em uma terra de suposta liberdade retiraram a coberta e se revelaram monoteístas novamente.

"Inshallah", que o nosso partido dos justos, volte a sua posição que tinha antes do malévolo Shimon ibn Shetakh aparecer e derribar o Sinédrio.  

Para quem desejar, ler a matéria completa do Al Jazira, veja no link abaixo.



sábado, 25 de janeiro de 2020

Quem somos nós?

Vemos a Congregação dos Justos (Aljama Sadiqim) como os descendentes físicos e espirituais dos primeiros "cristãos-novos qaréos" de Alandaluz (israelitas saduceus, mouros e sudaneses); que foram exilados ou transportados como "servos", dos e'Dom do novo mundo. 

Não usamos o termo "Judeu Caraíta", pois esse termo foi descartado devido a possíveis equívocos que poderiam ser transmitidos ou brigas  por essa nomenclatura, já que a maioria dos judeus caraítas atuais são em sua maioria ex-fariseus e muitos advém de uma outra realidade, diferente da nossa (nossa herança é andaluz e não da khazaria, slava ou saxônia); ademais o que importa é "o que somos", não o que temos.

Não nos importamos se temos ou não temos direito a ser rotulado, ou direito de receber um tiket(aliá) de passagem para a casa dos estranhos residentes, que estão empossados por estes tempos em nosso antigo lar (Israel Beitenu).

Somos uma "Assembléia dos Justos"; dos filhos dos Israelitas da Ibéria, Berbéria e Sahara (Oeste da Africa do norte), independente de organizações já estabelecidas como senhoras de am Israili no exílio.

Esperamos na profecia de Abdullah ha Nabi 1.20 - " Os exilados de Jerusalém que estão em Sefarad; RETORNARÃO.", que passe 10.000 anos, mas por fim retornarão.

"Os judeus sempre estão voltando, os b'nei Israel; Não!"
(parece estranho?)

Acreditamos que os remanescentes de al Andaluz, se levantam do pó da história, para reclamar seu direito de herança entre todas as tribos Israili e assim como os profetas permaneceram fieis aos ideais e princípios da fé israelita e, portanto, nunca se imaginaram uma religião que não fosse a religião israelita, como um núcleo fundamental de sua teologia, fundada no preceito escrito (al kitab) que YHVH deu a Musa ha Nabi; ao contrário "deles", que tem sua lei e preceitos baseados na opinião de homens, assim como todas as religiões dos pagãos, evidenciado claramente, já que na sua lei de boca, não há a fórmula "YHVH disse". Suponho que o deus "deles" seja Enki, o deus dos sumérios. Nosso Deus YHVH ao contrário dos deuses das religiões pagãs é um Deus santo, e é diferente e distinto de todos os deuses pagãos. E a nossa submissão é só para YHVH e não para homens falhos e passageiros neste olam hazé.

O saduceísmo, israelitas leitores, biblistas, quase-caraíta, pseudo-caraíta, bnei mikrá, ; ou seja, os seguidores da bíblia hebraica  (al kitab) escrita - ibn qaréos al Andaluz, não são messiânicos por natureza - não acreditamos que seja um messias que nos salvará; cremos porém que é YHVH quem vai nos salvar e redimir, e qualquer messias que apareça será apenas um sinal de que Deus está agindo na história da humanidade. Pois o YHVH de Israel é tão poderoso que, pelo poder de Seu amor, misericórdia e compaixão para com todos os ben Adam(בן אדם); é capaz de perdoar nossas transgressões, e pelo seu fogo purificador da glória de Deus expiar e restaurar nossas nesham'ot (almas).
Esteja certamente ciente de que também, nós não seguimos práticas supersticiosas, como a Caba'ala, gematria judaica; macumba, wica, cartomancia, quiromancia, ilusionismo ou reteté de jeová em vez disso, valorizamos os mistérios israelitas (kabod penimi), que se concentram na glória ou 'esplendor divino' de YHVH (O Pai da Luzes), assim como os profetas de YHVH receberam vários dons, tais como dom de visão, interpretação e profecias. Lembre-se que o profeta mercenário Balaão Benbe'ór recebeu dons!
Benbe'Or
O que é Kabod penimi?

Em termos simples, é uma "glória interior" (Kavod Penimi) que é concebida como sendo idêntica à Shekhinah e ao espírito santo e como não tendo forma, mas uma voz. Enquanto o homem não pode se comunicar diretamente com Deus, ele pode "se conectar com a glória". O ponto enfatizado aqui é que no "Livro da Vida", um documento escrito por volta de 1200 EC, o Kabod é realmente definido como a vontade divina, o "espírito santo", a palavra de YHVH, e concebido como inerente a todos os ben Adam(בן אדם).

Além disso, esteja ciente de que somos uma comunidade não-rabínica , pois não seguimos os ensinamentos dos antigos rabinos fariseus do Talmude (Lei Oral) e também não somos de forma alguma islâmica, muito menos; cristã.

Nota: Há na literatura talmudica vários nomes de sábios sadiqim(nossos), que figuram como fariseus apenas para servir de escárnio e dar sumiço nos rastros da antiga halaká dos saduceus. Dentre estes sábios figuram: José ha Tzadik, Iosef ha Gilili, Antigonos, Shamai o velho, Tabai, Roni, Acabia ben Mahalalel, Acher, entre muitos outros.

Bom semana!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Tropeço diante do cego! (Lv.19.14*)

O halaqá (lei de boca dos fariseus), às vezes é empregada pelos rabinos como "tradição dos anciãos", como por exemplo, quando diziam: "se isso é halacá (ou seja, tradição) nós acataremos, mas se for um "din" (ou seja, um juízo) questionaremos.

(דִּין) Din ; conforme: juizo, julgamento; justiça; lei;

Tenham em mente o que está escrito em Ezequiel 44: 
"44.23 "A meu povo ensinarão(os qohanim) a distinguir entre o santo e o profano e o farão discernir entre o imundo e o limpo." 44:24. “Eles devem julgar (דִּינִים) qualquer disputa e julgar de acordo com as minhas leis [Torá al kitab - Lei Escrita]. E os meus ensinamentos e a minha Torá (lei), e todos os "moedim" determinados guardarão("zakhor ve'shamor"), e santificarão os meus sábados."
"eles" os separatistas, não aceitam a lei de YHVH, nem seus juízos!

Veja o que diz em Sanhedrin 11:3
"Há maior rigor quanto aos ensinamentos dos escribas do que à Torá: [assim,] se [um ancião rebelde] disser, não há mandamento de tefilin, para que uma lei bíblica possa ser transgredida, ele é isento . [Mas se ele decide que o tefilin deve conter] cinco compartimentos, acrescentando assim às palavras dos escribas, ele é culpado. "

Em relação a Israel, visto como são citados os qohanim constantemente  relacionados ao culto a YHVH, é certo que os levitas e os sacerdotes, assim como as leis mosaicas, que defendiam, perderam a sua influência sobre o povo e a nobreza pela ação dos separatistas fariseus na época do "beit sheni", culminando com a expulsão dos justos (saduceus) do sinédrio no 28 de Tebet de 3680D.A. (depois de Adão) pelo fariseu e grão vizir Simeon ben Shetach, o mesmo que no inicio da tomada do sinédrio em um caso significativo de uma caça às bruxas , mandou em um único dia a corte de Simeon ben Shetach;  à morte 80 mulheres em Ashkelon, acusadas de feitiçaria.

Ou estou muito enganado, ou isso me faz lembrar do malvado Tomaz de Torquemada (que se apague seu nome), mandando queimar pessoas inocentes na idade média; em Sefarad.

"Diziam os antigos: Um sinédrio malvado, condena a morte em 70 anos apenas uma alma". O que se diria do sinédrio dos fariseus?

A queda dos levitas como classe sacerdotal tornou-se evidente com o surgimento de sinagogas dos separatistas fariseus, onde outras leis e os costumes, bem como as normas de conduta de um sacerdote de acordo com o pensamento de uma separatista, eram ensinados a todos entre o povo simples e humildes na grande comunidade de Israel, e não mais exclusivas àqueles designados para tal pela Torá al kitab ( Lei escrita) de Musa ha nabi; os levitas e qohanim.

Privando a tribo de Levi de servir ao povo através de seus deveres religiosos particulares e responsabilidades políticas também.

Tudo ficou pior, quando o Imperador roimano, Adriano levou os cativos de Jerusalém, exilando-os em Sefarad, aí tornou-se certo o pensamento que:" O homem anulado pela escravidão está em estado semelhante ao pó da terra, "inanimado", semelhante ao morto;"- os "ossos secos de Nabi Ezequiel".

A Lei Oral, ou a lei de Boca, como dizia o saduceu de Amsterdã (Der Sadduzäer von Amsterdam - 1834); o célebre marrano Uriel D'acosta, foi colocada na mente dos israelitas menos instruídos, o que garantiu aos separatistas fariseus a "massa de manobra" para atacar os ocupantes do beit sheni, que era o grande entrave para implantar a "revolução" parecida com a revolução "made in aiatolá" dos fariseus, ou "bolchevique", que derrubou a monarquia russa, para implantar a comuna; ou ainda a nossa "revolução tupiniquim", que derrubou o nosso D. Pedro II, homem justo e sábio, para implantar a república, na qual somos conhecedores dos seus efeitos. 

Um outro fator ao qual teremos motivos para nos referir é que, pela tradição dos chachamim; os professores fariseus sustentavam que "Deus havia falado com eles" de duas maneiras. 

Primeiramente, através daquilo que Moisés e os profetas foram instruídos no miqra'ot, pelos quais se comprometerem a escrever e, em segundo lugar, através de uma lei que foi entregue "secretamente" a Moisés, mas mantida pela tradição oral dos fariseus, que os levitas e qohanim não conheciam até que finalmente o príncipe e rabino santo (Rabbenu HaQadosh) se comprometeu a escrever no Talmude após a destruição do beit sheni.

"Moisés recebeu a Torá no Sinai e a entregou a Josué; Josué aos anciãos; os anciãos aos profetas; e os profetas a entregaram aos homens da Grande Sinagoga". (Ética dos Pais 1: 1)

Assim "eles" alegam que uma outra lei foi dada a Moisés que nunca foi escrita, mas foi passada de boca em boca do rabino ao discípulo. 

Como dissemos no início, nos tempos do beit sheni, essa "lei oral" era conhecida como "a tradição dos anciãos" e, no ano 200 E.C, um rabino, Judá, o príncipe e rabino santo, reuniu esse corpo de tradição e a compilou.


Depois disso, os fariseus nas ieshibot consideraram cada frase, cada linha e cada palavra desses ensinamentos e acrescentaram seus comentários. 


Estes escritos aos quais os fariseus acrescentaram seus comentários pessoais, chamou-se "Mishnah", que significa simplesmente "repetição", uma referência à maneira como foi transmitida por meio de ensino repetitivo.

Curiosamente a frase, usada para disseminar mentiras pelo ministro de propaganda do famigerado e assassino, que seu nome deve ser esquecido, Joseph Goebbels, foi:
"Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade". 

A segunda parte, que consiste em comentários dos fariseus, chamamos Gemara. Juntos, Mishnah e Gemara compõem o Talmud, que consiste em cerca de 63 tratados em 7 volumes. 

Essa insistência em uma 2ª lei dada supostamente por "Deus" deveria, necessariamente, influenciar os filhos deIsrael em sua atitude em relação à palavra escrita (torá al kitab) de YHVH Deus, e acredito que ela constitui a principal causa de tropeço para os ibn Israeli, desde o beit sheni que continua até os dias de hoje.

Não ponha um tropeço diante de um cego! Lv. 19.14*

Shabbat shalom a todos os yiedidim!